20/07/2017

11 CRIMES QUE MOVIMENTARAM A TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA


A primeira novela brasileira a intrigar o público como o “Quem Matou...?” foi o Sheik de Agadir (1966), de Gloria Magadan. Diversos personagens foram assassinados por uma figura misteriosa que usava luvas e era conhecida como o rato. O assassino só foi revelado no finalzinho da trama, quando descobriu-se se tratar de uma mulher, a personagem interpretada por Marieta Severo. Mais tarde, outras novelas voltaram a usar esse recurso narrativo, entre as quais O Astro, de Janete Clair, e Vale Tudo, de Gilberto Braga. Descubra mais nas linhas abaixo.

Escrita por Walter Negrão, a novela Cavalo de Aço (1973) chamou a atenção do público por causa do assassinato do latifundiário Max, personagem de Ziebinski. A identidade do assassino só é descoberta no último capítulo: a vilã Lenita, interpretada por Arlete Sales.

A novela O Astro (1978) tinha uma trama cativante. A audiência ia relativamente bem, mas ficou melhor ainda depois do assassinato do personagem Salomão Hayala, interpretado por Dionisio Azevedo. O milionário é encontrado morto em seu automóvel, deixando a entender que tudo não passou de um acidente. Mais tarde, descobre-se que ele tinha sido morto antes. O assassino era Felipe Cerqueira (Edwin Luisi), amante da esposa de Salomão (Tereza Raquel).

Com roteiro de Gilberto Braga, a novela Vale Tudo (1988) é até hoje lembrada pela maquiavélica personagem Maria de Fátima e pelo assassinato de outra personagem odiada pelo público: Odete Roitman. A madame cheia de “não me toque” foi assassinada na véspera do Natal. O mistério sobre quem foi o autor do crime durou quase duas semanas, deixando todo o Brasil em polvorosa. Até o caldo de galinha Maggi lançou uma promoção em cima do Quem matou Odete Roitman? A autora do crime foi Leila, interpretada por Cássia Kiss, que atirou em Odete pensando ser Maria de Fátima (Glória Pires), amante de seu marido.

Exibida em 1992, a novela Pedra Sobre Pedra foi escrita por Aguinaldo Silva. O “Quem Matou...?” girou em torno da misteriosa morte do fotógrafo Jorge Tadeu, personagem de Fábio Jr. No final, descobriu-se que o assassino era a beata Gioconda (Heloísa Mafalda), que matou o galanteador por ele ter flagrado ela roubando peças valiosas da igreja.

A trama da novela A Próxima Vítima (1995), de Silvio de Abreu, girou em torno de uma série de assassinatos misteriosos. Ao todo, o serial killer matou 10 pessoas: Gigio di Angelis (Carlos Eduardo Dollabela) e mais sete pessoas por queima de arquivo. Outros dois personagens também foram mortos por envolvimento com o assassino. No final, descobriu-se que o serial killer era Adalberto, interpretado por Cecil Thiré. O detalhe é que foram gravados vários finais para a trama. Nem o elenco sabia qual entraria no ar. Numa reprise, o assassino escolhido foi Ulysses (Otávio Augusto).

A explosão do shopping da novela Torre de Babel (1998), de Silvio de Abreu, matou diversos personagens. Era para o edifício explodir pelas mãos do personagem Clementino (Tony Ramos), mas algo deu errado e ele foi pelos ares antes do previsto. O próprio Clementino ficou perplexo com o ocorrido. A revelação sobre quem teria detonado os explosivos no horário de maior movimento só ocorreu no último capítulo, quando a personagem Sandrinha (Adriana Esteves) assumiu o crime. Ela queria se vingar de Clementino pela morte da sua mãe e da família proprietária do shopping por não aceitar seu namoro com o personagem de Marcos Palmeira.

A morte misteriosa de Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana) foi um dos pontos fortes da novela Celebridade (2004), de Gilberto Braga. No final, descobriu-se que a autora do crime tinha sido a vilã Laura, personagem de Cláudia Abreu.

Outra morte misteriosa que deu muito o que falar foi a de Saulo (Werner Schünemann), na novela Passione (2010), de Silvio de Abreu. A assassina foi Clara, personagem interpretada por Maria Ximenes. Mas diversos personagens foram considerados suspeitos, inclusive Fred (Reynaldo Giannechini), cuja faca usada no crime foi encontrada em seu apartamento.

Na trama de Paraíso Tropical (2007), de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a personagem Thaís Grimaldi (Alessandra Negrini) foi assassinada pelo vilão Olavo Novaes (Wagner Moura). A autoria do crime só foi revelada no final da novela.

Na segunda versão de A Escrava Isaura, exibida pela Record em 2004 e escrita por Tiago Santiago e Ana Maria Nunes, o vilão Leôncio (Leopoldo Pacheco) é assassinado. O assassino foi o capataz Chico (Jonas Mello), o que o público só ficou sabendo no último capítulo. Mas como foram gravadas várias versões do final, cada reprise teve um assassino diferente. Numa delas, quem matou Leôncio foi sua esposa traída Malvina (Maria Ribeiro).

Fontes: Guia dos Curiosos, Mofolândia, Wikipédia, Memória Globo.

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