31/01/2018

18 CURIOSIDADES SOBRE O SURGIMENTO, APOGEU E QUEDA DA TV MANCHETE



A Rede Manchete de Televisão surgiu em 5 de junho de 1 983 e desapareceu em 10 de maio de 1 999. Foi fundada pelo empresário Adolpho Boch, proprietário da Bloch Editores.

Fundador da Rede Manchete, o imigrante ucraniano Adolpho Bloch nasceu em 1908 na cidade de Jitomir e faleceu em 1995, no Rio de Janeiro. De família judia, seu nome de nascimento era Avram Yossievitch Bloch.

A Bloch Editores foi durante muito tempo uma das maiores empresas do ramo editorial brasileiro. Suas revistas mais conhecidas foram Pais e Filhos, Fatos e Fotos, Amiga, Sétimo Céu, Revista Geográfica Universal e Manchete. A principal publicação foi a revista semanal Manchete, que deu nome à televisão.

A revista Manchete circulou de 1952 a 2000. Foi a principal concorrente da revista O Cruzeiro nos anos 50 e 60. Com o fim da O Cruzeiro, concorreu quase em pé de igualdade com a revista semanal Veja.

O primeiro programa a entrar no ar pela Rede Manchete foi um show ao vivo chamado Mundo Mágico, com a apresentação de diversos artistas e grupos musicais brasileiros. Em seguida, foi transmitido o primeiro filme: Contatos Imediatos do 3º Grau, de Steven Spielberg.

O primeiro comercial a entrar no ar pela nova Rede Manchete de Televisão foi do lubrificante para automóveis Lubrax 4.

A Manchete foi a primeira emissora a exibir ao vivo os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro direto do recém-inaugurado sambódromo.

As novelas de maior sucesso do canal foram Tocaia Grande, Dona Beija, Kananga do Japão, Xica da Silva, Mandacaru e Pantanal. Exibida entre março e dezembro de 1990, Pantanal chegou a bater a audiência da poderosa Rede Globo.
Uma curiosidade sobre a novela Pantanal: ela foi escrita por um dos principais autores da própria Rede Globo, o novelista Benedito Ruy Barbosa. A direção coube a Jaime Monjardin, também da Globo.

Pantanal foi reprisada 18 anos depois pelo SBT. Detalhe: ela voltou a empatar e, em uma ocasião, a bater a audiência da Vênus Platinada.

Você sabia que o apresentador Silvio Santos fez uma ponta interpretando ele mesmo na novela Carmen?

Xica da Silva não fez sucesso apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. A popularidade da protagonista interpretada pela atriz Thaís Araújo foi tamanha que ela chegou a ser apontada como um dos 50 rostos mais bonitos do mundo em 1997. Thaís também foi convidada para fazer uma ponta na novela colombina Bete, a Feia interpretando ela mesma.

Os maiores fiascos da Manchete foram as novelas Amazônia e Brida. Amazônia tentou repetir a fórmula de Pantanal, mas quase levou a emissora à falência. Baseada na obra de Paulo Coelho, Brida foi repentinamente tirada do ar no capítulo 54. No final daquele capítulo, um narrador contou o final da trama e… “the end”. Pouquíssimo tempo depois, a própria Manchete sairia definitivamente do ar.

A Rede Manchete foi a responsável por lançar a modelo Maria da Graça Meneghel, mais conhecida como Xuxa, como apresentadora de televisão. A estreia aconteceu em 1986 no programa Clube da Criança.

Com a ida de Xuxa para a Rede Globo, onde estreou o Xou da Xuxa, Maria da Graça foi substituída por Angélica.

Apresentado pelo ator Jack Palance, o programa Acredite se Quiser (o nome original é Ripley’s Believe It or Not) chegou a ameaçar a liderança do humorístico Viva o Gordo da Rede Globo.

A Manchete transmitiu diversas séries e desenhos animados japoneses. O desenho de maior sucesso foi Cavaleiros do Zodíaco – uma verdadeira febre entre a garotada na época da sua exibição.

O primeiro slogan da Rede Manchete foi “A Televisão do Ano 2 000”. Ela, no entanto, não sobreviveu até o ano 2 000.

Fontes: Wikipédia, Mais Que Curiosidades.

30/01/2018

6 MOTIVOS PARA VOCÊ OUVIR A TRILHA SONORA DE GREASE - NOS TEMPOS DA BRILHANTINA



Entre os discos recomendados pelo Modas e Manias, vale lembrar de Gita, de Raul Seixas; Arrival, do ABBA; e Secos e Molhados, do grupo de mesmo nome. Eles permitem conhecer a atmosfera dos anos 1970, uma época de intensa criatividade musical.
Temos que lembrar ainda dos excelentes musicais lançados durante esse período. Milhões de pessoas no mundo todo lotaram as salas de cinema para assistir Os Embalos de Sábado à Noite, Hair, Fame, Xanadu e Grease – Nos Tempos da Brilhantina. Nenhum filme é capaz de mostrar/desvendar melhor o que foi a disco music do que Os Embalados de Sábado à Noite. A onda disco tomou o mundo de assalto na segunda metade daquela década.
O principal astro de Os Embalos de Sábado à Noite foi o cantor, bailarino e ator norte-americano John Travolta. Por sinal, ele é também uma das estrelas de outro filme de grande sucesso naqueles anos: Grease – Nos Tempos da Brilhantina. E nós vamos dar bons motivos para você se apaixonar tanto pelo filme quanto pela trilha sonora.
Motivo nº 1 – Grease mostra a atmosfera dos anos 50, quando o rock ainda era novidade.
Motivo nº 2 – Considerada uma das principais estrelas da música pop dos anos 70, a cantora australiana Olivia Newton-John dá um verdadeiro show de interpretação.
Motivo nº 3 – As músicas de Grease se tornaram inesquecíveis, sendo ouvidas ainda hoje. Vale lembrar que faixas como You’re the One that I Want, Summer Nights e Grease conquistaram as paradas de sucesso em plena era disco.
Motivo nº 4 – É um disco delicioso, só comparado a Saturday Night Fever e Flashdance. Temos vontade de ouvi-lo uma, duas, três ou mais vezes seguidas.
Motivo nº 5 – John Travolta pode não ser um cantor de primeira linha, mas convence. A sintonia com Olivia Newton-John em faixas como You’re the One that I Want beira à perfeição.
Motivo nº 6 – Grease apresentou ao público brasileiro o grupo norte-americano Sha Na Na, um grupo de rock que especializado em músicas dos anos 50. Com músicas em estilos como o doo-wop, ele ainda realiza shows com alguns dos seus integrantes originais.
Grease – Nos Tempos da Brilhantina é, vamos assim considerar, um disco essencial em qualquer discoteca. Principalmente para você que quer fugir um bocado das músicas/cantores da moda. Ou apenas pretende conhecer melhor os anos 1950.

29/01/2018

PESADELOS SOMBRIOS E MORTAIS NO CLÁSSICO DE TERROR A HORA DO PESADELO

 
Em matéria de cinema, a década de 1980 foi um prato cheio para o público adolescente. Além de filmes de aventuras ao estilo ET – O Extraterrestre, a garotada contou com uma safra poucas vezes vista de filmes de terror. Por sinal, foi entre o final dos anos 70 e início dos 80 que surgiram franquias de sucesso como Sexta-feira 13, Halloween, Evil Dead e A Hora do Pesadelo.
Dirigido por Wes Craven, A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, no original em inglês) contava a história de uma garota californiana chamada Nancy (Heather Langenkamp), que tinha pesadelos horríveis com um homem com canivetes nas pontas dos dedos. Ao perceber que se tratava de uma entidade maligna que utilizava os sonhos para matar as pessoas, ela tenta a todo custo permanecer acordada. Mas quem disse que obteve sucesso? Ao investigar a origem do sujeito, ela descobre se tratar de Freddy Krueger um psicopata jogado no fogo pela população local depois de identificado como um assassino em série.
Com veteranos como Robert Englund e John Saxon no elenco, A Hora do Pesadelo virou uma autêntica mania entre os adolescentes. O sucesso no cinema repetiu-se em VHS (lembra quando você tinha que devolver a fita rebobinada, senão pagava multa?).
A Hora do Pesadelo teve um impacto bastante significativo no gênero terror. Além de ser bem recebido pelo público, foi razoavelmente elogiado pela crítica. Por sinal, ainda é considerado um dos filmes mais assustadores de todos os tempos. Possui um roteiro visto como original na época em que foi lançado.
Wes Craven nunca simpatizou com a ideia de realizar uma sequência de A Hora do Pesadelo, mas em vão. Hollywood aproveitou a boa aceitação entre o público para lançar mais seis sequências ao longo das décadas de 80 e 90. No início dos anos 2000 foi realizada uma passagem por Sexta-Feira 13 no longa Freddy versus Jason. Até uma série para a televisão foi realizada.
Mesmo com pouca publicidade, A Hora do Pesadelo lucrou quase 10 vezes mais do que o orçamento inicial.
A última vez em que Freddy Krueger apareceu nos cinemas foi em 2010.

28/01/2018

BUCK ROGERS E AS SÉRIES DE FICÇÃO CIENTÍFICA DOS ANOS 60 E 70

 
Se há uma coisa da qual os fãs de ficção dos anos 1960 e 1970 não podem reclamar é da oferta de seriados. Alguns dos maiores “clássicos” surgiram nesse período, a começar por Perdidos no Espaço e Star Trek/Jornada nas Estrelas.
Quem acompanhou a safra lançada a partir de 1963 teve o privilégio de assistir Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, Terra de Gigantes, Galactica, Viagem Fantástica, O Homem de Seis Milhões de Dólares e Buck Rogers. Isso sem contar os seriados japoneses ao estilo Ultrasevem e Ultraman. Devemos lembrar ainda que Star Trek foi uma das séries mais reprisadas durante o período. Mas vamos falar especialmente de Buck Rogers.
Com o título original de Buck Rogers no Século XXV (Buck Rogers in the 25th Century, no original em inglês), essa série de ficção científica foi durante um longo tempo exibida pela Rede Globo. Ela estreou mundialmente na rede de TV norte-americana NBC, em 1979. O detalhe é que teve um piloto homônimo lançado nos cinemas pela Universal Studios.
Buck Rogers é um personagem de ficção científica lançado em 1928 por Philip Francis Nowlan. Surgiu inicialmente como personagem de pulp fiction, e, cinco meses depois, de quadrinhos. Seu nome original é Anthony “Buck” Rogers (na série, era William “Buck” Rogers).
Um pequeno detalhe: a primeira série com Buck Rogers foi gravada em 1951, sendo exibida até o ano seguinte.
A série da década de 70 era ligeiramente diferente das produções anteriores sobre o personagem. Contava as aventuras do astronauta do século XX Buck Rogers que, após um acidente, permanece congelado durante 500 anos. Ele acorda no século XXV, passando a atuar como patrulheiro. Era auxiliado pelo computador Dr. Theopolis e pelo robô Twiki. Galanteador, era cercada de mulheres, sejam amigas ou inimigas.
Com o sucesso dos primeiros episódios, os produtores resolveram lançar uma segunda temporada, mas com algumas alterações significativas. Buck Rogers passou a comandar uma nave espacial, explorava planetas desconhecidos e vivia aventura bem no estilo Star Trek, mas... Ela desagradou público e crítica, além de parte da produção. A série foi assim tirada definitivamente do ar.
Quem interpretou o personagem foi o ator norte-americano Gil Gerard.

26/01/2018

DICAS DE LITERATURA, REPORTAGENS SOBRE ECOLOGIA E DESENHOS ALTERNATIVOS NO GLOBINHO


Ainda haveremos de falar sobre o desenho animado Barbapapa, a apresentadora Paula Saldanha e o programa TV Globinho, levado recentemente ao ar pela Rede Globo. Mas dessa vez falaremos do Globinho.
O Globinho era um programa infantil em formato de telejornal que surgiu em 1972. Era exibido de segunda à sexta-feira. Sua apresentadora mais famosa foi Paula Saldanha. Ele foi o primeiro programa a exibir reportagens de conteúdo ecológico, embora elas não atraíssem tanto as crianças.
Criada por Paula, a sessão sobre literatura abordava os lançamentos de grande escritores infantis. Ela chegava a entrevistar personalidades das letras como Jorge Amado, Ziraldo e outros. O detalhe é que Paula falava sobre a importância da literatura para as crianças e até dava dicas sobre preços e locais onde os livros mencionados podiam ser adquiridos (isso muito antes da internet, é claro).
Com a intenção de aumentar os laços com o público infantil, o programa promoveu diversos eventos, como uma campanha de arborização e um concurso de fotografias.
O que realmente fazia sucesso, no entanto, eram os desenhos animados. Tratavam-se de filmes de animação de vanguarda, com efeitos desconhecidos para muitas crianças da época (detalhe: metade da audiência era de adultos). Entre esses desenhos, vale lembrar do Barbapapa, Mio e Mao (dois gatinhos feitos com massinha), Vermelho e Azul, O Patinho Quá-Quá, A Linha, Dr. Sinuca e Areia.
O Globinho era um programa bastante curto, com apenas 15 minutos de duração. Era exibido no final da tarde, antes do Sítio do Pica-pau Amarelo, e reprisado na manhã do dia seguinte. Permaneceu no ar até 1982, quando saiu definitivamente da grade da emissora.

25/01/2018

MUNDOS PSICODÉLICOS E PERSEGUIÇÕES ELETRIZANTES NO INESQUECÍVEL GRUMP - O FEITICEIRO TRAPALHÃO

 
Antes de explicar quem foi Grump, vamos falar sobre a DePatie-Freleng Enterprises, uma companhia de animação baseada nos Estados Unidos.
A DePatie-Freleng surgiu em 1963, em Hollywood. Recebeu esse nome em virtude em referência a seus fundadores: David DePatie e Fritz Freleng. Durou quase duas décadas, tempo suficiente para deixar desenhos inesquecíveis como A Pantera Cor-de-Rosa, Bombom e Maumau, A Formiga e o Tamanduá, Toro e Pancho, A Cobrinha Azul, O Poderoso Cachorrão e Grump, o Feiticeiro Trapalhão, entre outros.
Foram produzidos 34 episódios de Grump – O Feiticeiro Trapalhão (Here Comes the Grump, no original em inglês), exibido a partir de 1969. No Brasil, eles foram exibidos pela antiga TV Tupi durante os anos 70 e pela Globo algum tempo depois.
Grump – O Feiticeiro Trapalhão contava as aventuras da princesa Aurora e do jovem Terry, que procuravam a Chave de Cristal, escondida num local chamado Gruta das Orquídeas Assobiadeiras, capaz de livrar o reino da princesa de uma maldição. Eles eram o tempo inteiro perseguido pelo bigodudo Grump e Ringo, seu dragão de estimação. Aurora e Terry locomoviam-se numa espécie de dirigível e tinham um animal parecido com um cachorro, cujo nome era Beep. Visitavam lugares fantásticos (alguns totalmente psicodélicos), como a Terra dos Relógios, Terra das Portas etc.
O lado cômico ficava com o próprio Grump, que não conseguia evitar as crises alérgicas de seu dragão. Ringo tinha o péssimo hábito de espirrar fogo e fuligem em cima do dono.
O estilo do desenho seguia o padrão DePatie-Freleng, ou seja bem parecido com o Tamanduá e a Formiga, Toro e Pancho e outros. As histórias eram totalmente psicodélicas e com forte influência de elementos da cultura pop como O Mágido de Oz e a Turma do Pernalonga (Grump foi em grande parte inspirado em Eufrasino, da Warner).

24/01/2018

4 MÚSICAS SABOROSAS E INESQUECÍVEIS DE UM GRANDE ÍDOLO DO PASSADO: PETER FRAMPTON


Embora fosse conhecido dos brasileiros, Peter Frampton fez um sucesso tremendo por aqui no início dos anos 80 graças a uma música em particular: Breaking All the Rules. O curioso é que quem ajudou a impulsionar esse hit foi a marca de cigarros Hollywood, da Souza Cruz. Breaking All the Rules era um das músicas tocadas nos seus comerciais, que associava o tabaco aos esportes.
Mas Frampton era conhecido graças em grande parte do disco Frampton Comes Alive, de 1976. Gravado ao vivo, ele trazia músicas inesquecíveis como Baby I Love your Way.
Seguem abaixo alguns dos mais inesquecíveis hits desse cantor, guitarrista e compositor nascido no Reino Unido.





23/01/2018

A EMOCIONANTE HISTÓRIA DA MATRIARCA LOLA NA NOVELA ÉRAMOS SEIS


Entre os livros da famosa série infanto-juvenil Vagalume, vale lembrar de O Escaravelho do Diabo, A Ilha Perdida, Menino de Asas e Éramos Seis.
Escrito por Maria José Dupré, Éramos Seis, é um verdadeiro campeão de vendas da literatura brasileira. Talvez um dos livros mais populares entre os adolescentes, ao lado de O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos, e O Cortiço, de Aluísio Azevedo.
O detalhe é que Éramos Seis transformou-se numa das novelas de maior sucesso da história da TV brasileira. Ou melhor, em quatro novelas! Ele foi adaptado pela primeira vez pela TV Record em 1958. As outras adaptações ocorreram em 1967, 1977 e 1994.
Dona Lola, a protagonista da história, foi interpretada por Gessy Fonseca, Cleide Yáconis, Nicete Bruno e Irene Ravache. Na última versão para a TV, exibida pelo SBT, Irene Ravache atuou ao lado de Othon Bastos, Paulo Figueiredo, Ana Paula Arósio, Otaviano Costa e Caio Blat.
Éramos Seis conta a história de dona Lola e sua família. Com quatro filhos, ela enfrenta diversas dificuldades, que vão da morte do marido ao envolvimento da filha com um homem casado, que era considerado tabu na época em que se passa a trama. A história possui momentos leves e divertidos, mas também alguns bastante triste. Pudera, Lola acompanha a família até a sua completa dissolução. Carlos, o filho mais apegado a ela, acaba morrendo. Os demais filhos seguem cada um o seu destino.
Além de contar uma história emocionante, Maria José Dupré faz um retrato da São Paulo da primeira metade do século XX. Ambientada em pontos como a avenida Angélica, Éramos Seis trata da Revolução Constitucionalista de 1932, Segunda Guerra Mundial e outros eventos históricos importantes.
Além de ganhar a TV, Éramos Seis foi adaptada para o cinema e teatro. É ainda nos dias atuais um dos livros mais vendidos da série Vagalume.

22/01/2018

(QUASE) TUDO SOBRE A MAIS POPULAR BANDA DE ROCK BRASILEIRO DOS ANOS 60: OS INCRÍVEIS

 
Os Incríveis foi uma banda de rock brasileiro da década de 1960, formada na cidade de São Paulo. Os integrantes originais eram Domingos Orlando, Waldemar Mozema, Antônio Rosas Seixas, Luiz Franco Thomaz e Demerval Teixeira Rodrigues. Detalhe: em 1965, Demerval foi substituído por Lívio Benvenuti.
O primeiro álbum foi O milionário, lançado ainda no começo dos anos 60. Nele, Orlando e amigos dão uma pequena ideia do que é o estilo da banda: uma mistureba que variava do twist à MPB.
No início, eles tocavam apenas twist, um estilo em moda em 1960. A banda se chamava The Clevers, mas teve que adotar outro nome depois de romper com o empresário Antônio Aguilar, que era dono da marca. O nome Os Incríveis foi retirado do disco Os Incríveis The Clevers.
O grupo gravou diversos álbuns até a separação, ocorrida em 1972. O mais famoso foi Para um Garoto que Amava os Beatles e os Rolling Stones, de 1967, que vendeu milhares de cópias em todo o Brasil. Já a música mais polêmica foi Eu te Amo, meu Brasil uma marchinha em ritmo de banda de colégio lançada durante o regime (é isso mesmo que você está pensando: trata-se da famosa música de Dom e Ravel).
Os Incríveis não fizeram sucesso somente no Brasil. Ele tocaram em diversos países da América do Sul, além da Europa, onde foi apadrinhado pela cantora Rita Pavone. Chegaram a ter não apenas um, mas quatro programas de TV – um deles como The Clevers, vale lembrar.
Interessante é que grande parte de seus sucessos eram regravações de músicas cantadas em outras línguas. Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones, por exemplo, era um regravação de uma canção italiana. Outro ponto interessante sobre a carreira da banda diz respeito à marcha Eu te Amo meu Brasil. Ela se tornou tão popular que inspirou o grupo a lançar outras músicas de teor nacionalistas, inclusive gravações do Hino à Bandeira e Hino da Independência. Os integrantes da banda juram até junto que não havia desse papo de “puxar o saco dos milicos”, como dizia a imprensa da época.
Os Incríveis fizeram sucesso em todo o decorrer dos anos 60, inclusive na época da Jovem Guarda, quando se apresentaram no mesmo palco de outros grandes ídolos do movimento (que, na verdade, começou como um programa de TV): Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Martinha, Eduardo Araújo, Os Vips...
Entre os seus álbuns de estúdio, vale citar O Milionário, Os Incríveis, Nesse Mundo Louco e Para um Garoto que Amava os Beatles e os Rolling Stones. Mesmo com a dissolução da banda outros discos foram lançados, inclusive coletâneas.
Os integrantes da banda tocaram com grupos como Casa das Máquinas, Som Nosso de Cada Dia, Camisa de Vênus,  Patrulha do Espaço e outros. Os remanescentes continuam se reunindo para shows esporádicos.

21/01/2018

SAIBA MAIS SOBRE OS FATOS, PESSOAS E MODISMOS QUE MARCARAM O ANO DE 1976



Foi em 1976 que faleceu o líder chinês Mao Tse-Tung. Pouco tempo depois, Deng Xiaoping assumiu o poder.

Foi em 1976 que ocorreram os Jogos Olímpicos de Verão de Montreal, no Canadá. Os países que conquistaram mais medalhas foram as ex-repúblicas da União Soviética e Alemanha Oriental.

Foi em 1976 que o general Jorge Videla encabeçou um golpe militar na Argentina.

Foi em 1976 que surgiu na Polônia o sindicato Solidariedade, um dos principais responsáveis pela queda do regime comunista daquele país nos anos 80.

Foi em 1976 que morreu num acidente de automóvel o ex-presidente Juscelino Kubistchek. Morreram também no mesmo ano o também ex-presidente João Goulart e a estilista Zuzu Angel. Acreditou-se durante muito tempo que os três tinham sido assassinados por agentes do regime militar.

Foi em 1976 que surgiu um aparelho “revolucionário”, que permitiu que as pessoas alugassem o filme que quisessem para assistir em casa: o videocassete.

Foi em 1976 que a Rede Globo levou ao ar a novela A Escrava Isaura, um dos maiores sucessos da história da emissora. Com a atriz Lucélia Santos no papel da protagonista, A Escrava Isaura foi exportada para dezenas de países.

Foi em 1976 que chegou aos cinemas o filme Dona Flor e Seus Dois Maridos, com a atriz Sônia Braga. Ele foi assistido por 10 milhões de pessoas. No auge da carreira, Sônia participou ainda de outro grande sucesso na época: A Dama do Lotação.

Foi em 1976 que Martin Scorsese lançou o filme Taxi Driver, um clássico do cinema. Entre os filmes de maior bilheteria, vale citar Rocky, um Lutador.

Foi em 1976 que foram transmitidas as primeiras versões das novelas Pecado Capital e Saramandaia. Os brasileiros também assistiram as novelas Anjo Mau, O Casarão e Estúpido Cúpido. Exibida no horário das 19h, Estúpido Cúpido reavivou o interesse pelos ídolos musicais dos anos 60, como Celly Campello.

Foi em 1976 que a Abril Cultural lançou o álbum de figurinhas Galeria Walt Disney. Com personagens dos curta e longa-metragens da Disney lançados até então, o Galeria Disney fez grande sucesso entre as crianças.

Foi em 1976 que o livro Araceli, Meu Amor, de José Louzeiro, esteve entre os mais vendidos. Ele contava o caso Araceli, o brutal assassinato de uma criança em 1 973 na cidade capixaba de Serra. Louzeiro escreveu diversos livros e roteiros de cinema sobre casos policiais que tiveram grande repercussão na época.

Foi em 1976 que saiu nas bancas de jornais a revista IstoÉ. Editada pelo jornalista Mino Carta, IstoÉ se transformou numa das principais revistas semanais do Brasil.

Foi em 1976 que o músico Peter Frampton lançou o álbum Frampton Comes Alive!, um grande sucesso daquele período. O grupo sueco ABBA lançou outro clássico da música internacional: Arrival.

Foi em 1976 que o músico cearense Ednardo lançou o álbum Berro, com a música O Romance do Pavão Mysteriozo. Tema de abertura da novela Saramandaia, O Romance… foi uma das músicas mais tocadas naquele ano.

Foi em 1976 que o baiano Raul Seixas lançou Há 10 Mil Anos Atrás, um dos seus principais álbuns. Entre as músicas mais ouvidas desse long play estavam Eu Nasci Há 10 Mil Anos Atrás, Eu Também Vou Reclamar e As Minas do Rei Salomão.

Foi em 1976 que a Rede Globo lançou o programa humorístico Planeta dos Homens. Inspirado na série norte-americana O Planeta dos Macacos (um clássicos dos seriados, com várias versões em quadrinhos e no cinema), o programa foi ao ar até 1982.

Foi em 1976 que o “paranormal” israelense Uri Geller hipnotizou os brasileiros com seus truques na TV. Geller atrasava relógios, entortava garfos e fazia outros truques com o seu (suposto) poder mental em diversos programas. Ele teve dois especiais exibidos pela Rede Globo. Mais tarde, comprovou-se que não passava de um charlatão.

Fontes: Mais Que Curiosidades, Wikipédia, Veja.

20/01/2018

COMO A MARVEL SE TORNOU A MAIOR INDÚSTRIA DE QUADRINHOS DE SUPER-HERÓIS

 
Os quadrinhos da Marvel foram publicados por diferentes editoras no Brasil: Ebal, Bloch, Rio Gráfica/Globo e Abril. Atualmente, chegam às bancas de jornais com o selo Panini.
Mas como surgiu a Marvel? É sobre isso que vamos falar hoje.
A Marvel Comics surgiu nos Estados Unidos em 1939 como Timely Comics. A marca Marvel propriamente dita só veio a aparecer durante os anos 60. O detalhe é que, ao contrário do que muitos pensam, o fundador da Timely não foi Stan Lee, mas Martin Goodman. Lançada em 1939, a primeira revista chamava-se Marvel Mistery Comics, com o super-herói Tocha Humana. Vale lembrar que o Tocha Humana – que, acredite se quiser, não é o mesmo do Quarteto Fantástico – surgiu praticamente ao mesmo tempo que Namor, o príncipe submarino.
O mercado de quadrinhos passou por uma séria crise durante a década de 1950, obrigando Goodman a publicar títulos variados. As revistas saiam da gráfica com o selo Atlas. Mas as coisas começaram a mudar quando a DC Comics ressuscitou com sucesso o gênero super-herói. Além de adotar o nome Marvel, a editora de Goodman começou a publicar personagens criados pelos empregados Jack Kirby, Steve Ditko e Stan Lee. Foi assim que surgiram o Homem-Aranha e o Quarteto Fantástico.
Stan Lee transformou-se no principal roteirista e editor da empresa, tornando-se responsável – normalmente em parceria com um ilustrador, cabe aqui frisar – pelo surgimento de super-heróis como Incrível Hulk, Homem-de-Ferro, Thor, Demolidor, Pantera Negra, X-Men, Homem-Formiga, Doutor Estranho e outros.
Podemos dizer que Lee foi responsável por uma verdadeira revolução na Marvel, tornando os super-heróis mais humanos. Eles ficavam doentes, preocupavam-se em pagar as contas e ainda por cima viviam dramas amorosos incomuns até então para sujeitos como Super-Homem, o maior herói da rival DC.
Martin Goodman faleceu em 1992 aos 84 anos. Antes disso, a empresa passou por várias mãos. Atualmente, pertence ao grupo Disney, o maior conglomerado de entretenimento do mundo.
Um dos períodos de maior crescimento foi a década de 1980, quando a Marvel lançou diversos super-heróis. Chegou a publicar história de Kull, Ka-zar e Conan, o Bárbaro. Personagens como Rom, Nova, Cavaleiro da Lua e Tropa Alfa fizeram sucesso entre os fãs de quadrinhos.
Atualmente, ela não apenas domina o mercado de quadrinhos de super-heróis como leva milhares de pessoas aos cinemas para assistir filmes com Homem-Aranha e outros personagens. Sob a batuta da Disney, novos filmes ainda deverão ser lançados nos próximos anos.
Stan Lee provavelmente chegará aos 100 anos de idade vendo os seus super-heróis fazendo ainda mais sucesso nas bancas e no cinema. Vida longa para a Marvel.
Uma curiosidade interessante: a Marvel já publicou revistas da Poderosa Isis, Transformers, Doctor Who, Frankenstein, Planeta dos Macacos e até do grupo de rock Kiss.

19/01/2018

COMO A VARIG SE TORNOU A MAIOR EMPRESA DE AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA

 
A Varig, ou Viação Aérea Rio-Grandense, foi criada em 1927 na cidade de Porto Alegre pelo imigrante alemão Otto Ernst Meyer. O primeiro funcionário da nova empresa foi Rubem Berta, que se tornou presidente em 1941, permanecendo no cargo até sua morte, em 1966.
A Varig foi a primeira grande companhia aérea brasileira. Começou com um pequeno hidroavião com capacidade para nove passageiros. O primeiro avião com trem de pouso só foi adquirido cinco anos depois da sua fundação. Mas como não parava de crescer, a companhia logo inauguraria a sua primeira ponte aérea internacional, fazendo a rota Porto Alegre-Montevidéu em 1942.
A maior expansão da empresa ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Já na década de 50 era conhecida como a maior empresa aérea brasileira e, nos anos posteriores, como uma das maiores do mundo. Passou a ligar as grandes capitais brasileiras a cidades importantes da América, Europa, África e Ásia.
Ao longo dos anos, a Varig não apenas continuou crescendo como adquirindo outras empresas do setor. Em 1975, adquiriu o controle acionário da Cruzeiro do Sul, passando durante algum tempo a se chamar Varig-Cruzeiro.
Entre os aviões considerados “clássicos” operados pela companhia, vale lembrar dos Electra II, que faziam a ponte aérea Rio-São Paulo. Outra aeronave inesquecível foi o Boeing 747, que operava linhas como São Paulo-Paris.
A Varig continuou dominando os céus do Brasil durante um tempo bastante longo, apesar de possuir concorrentes poderosos, como Transbrasil e Vasp.
A decadência da empresa começou ainda nos anos 1990, se acentuando durante a década de 2000. Com dívidas de mais de 7 bilhões de reais, o sufoco financeiro se tornava cada vez maior. Vale lembrar que a Varig passou a concorrer com duas empresas agressivas na disputa pelo mercado: Tam (atual Latam) e Gol.
O último voo comercial operado pela Varig ocorreu em novembro de 2009. Em 2010, foi decretada a sua falência. A marca foi adquirida pelo Gol, que operou aeronaves sob a bandeira Nova Varig.