28/02/2018

THE RISE AND FALL OF ZIGGY STARDUST, A MELHOR OBRA-PRIMA DE DAVID BOWIE

 
 
O mais famoso álbum de David Bowie é, não resta dúvida, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, lançado em 1972.
Expoente máximo do glam rock, Ziggy Stardust (o título simplificado) provocou um impacto avassalador no cenário pop dos anos 70. A faixa mais famosa é Starman, música regravada por diversos artistas nas décadas seguintes. Com o detalhe de que ganhou um versão brasileira feita pelo grupo Nenhum de Nós com o título Astronauta de Mármore.
Quinto álbum da carreira de Bowie, Ziggy Stardust conta a jornada de um rock star que age como emissário de extraterrestres. Bissexual e com figurino andrógino, ele discute temas como o uso de drogas e a sexualidade humana. O próprio Bowie assumiu o visual do personagem – levando em conta que Ziggy é, na verdade, o alter ego de Bowie.
Ziggy Stardust foi o único álbum do glam rock a resistir à passagem do tempo. Continua sendo na opinião de muitos críticos, um dos discos essenciais da carreira de Bowie, ao lado de Alladin Sane, lançado em 1973.
Não foi apenas a crítica que se esbaldou com Ziggy, o público também. Chegou a ser um dos discos mais vendidos no Reino Unido na época do seu lançamento. A recomendação da contracapa (To be player at maximum volume, “para ser tocado no volume máximo”) foi levado ao pé da letra pelos velhos e novos fãs de Bowie.
Além de Starman, vale a pena dedicar maior atenção a faixas como Five Years, Ziggy Stardust, Suffragette City e Rock’N’Roll Suicide. Com quase cinco minutos de duração, Five Years abre o álbum com classe.
Ziggy Stardust foi diversas vezes considerados um dos 100 melhores álbuns de todos os tempos pela revista Rolling Stone. A revista Q o elegeu como um dos 25 melhores. Foi também incluído no livro 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer.
Em tempo, Ziggy foi lançado na mesma em que surgiram outros discos essenciais para o rock/pop dos anos 70: Vol. 4 (da banda de heavy metal Black Sabbath), Slayed (Slade), Transformer (Lou Reed), The Eagles (Eagles), Exile on Main St. (Rolling Stones) e School’s Out (Alice Cooper).
Uma curiosidade: Spiders of Mars era a banda que acompanhava David Bowie na época.

27/02/2018

UM TIRA DA PESADA E O AUGE DA CARREIRA DE EDDIE MURPHY


 
O norte-americano Eddie Murphy tornou-se conhecido dos brasileiros como ator e comediante, mas é bem mais do que isso. Além de ator, ele é dublador, músico, roteirista, diretor e produtor de cinema.
Eddie Murphy nasceu Edward Regan Murphy na cidade de Nova York, em 1961. Tornou-se conhecido entre os norte-americanos no início dos anos 1980, quando passou a integrar a equipe do humorístico Saturday Night Live (detalhe: ele tinha apenas 19 anos na época).
Com o sucesso na TV, Murphy resolveu investir na carreira cinematográfica. Não demorou muito e estrelou o primeiro filme da série Beverly Hills Cop, conhecida por aqui como Um Tira da Pesada. A acolhida do público foi surpreendente, transformando Murphy num dos atores mais bem sucedidos dos anos 80 e 90.
O auge da carreira de Eddie Murphy ocorreu justamente na época de lançamento de Um Tira da Pesada. Entre os filmes por ele lançados entre 1984 e 1994, convém lembrar de O Rapto do Menino Dourado, Um Príncipe em Nova York e Um Distinto Cavalheiro. Vale lembrar também de dois filmes que vieram depois: O Professor Aloprado e Dr. Dolittle (ambos remakes de produções estreladas por Hollywood).
Eddie Murphy dublou personagens de desenhos como Shrek e fez diversos trabalhos de stand up, mas será para sempre lembrado pelos três filmes da série Um Tira da Pesada.
Em tempo: Murphy influenciou figuras notáveis do cinema como Will Smith, Chris Rock e Kevin Hart.

26/02/2018

CARGA PESADA E A ROTINA DOS CAMINHONEIROS PELAS ESTRADAS DO BRASIL

 
Entre o final dos anos 70 e início dos 80, a Globo investiu maciçamente em minisséries e séries nacionais. Entre as minisséries, vale lembrar de Quem Ama Não Mata e Lampião e Maria Bonita. Dos seriados, vale Malu Mulher, Plantão de Polícia, Amizade Colorida, O Bem-Amado, Obrigado Doutor e Carga Pesada.
Protagonizada pelos caminhoneiros Pedro (Antônio Fagundes) e Bino (Stênio Garcia), Carga Pesada foi uma das mais bem sucedidas produções daquele período. Estreou em maio de 1979 e durou três temporadas, exibidas sempre nos finais de noite.
Carga Pesada contava a rotina de dois caminhoneiros que após comprarem um caminhão em sociedade, rodam o Brasil de norte a sul transportando cargas pesadas. Eles enfrentam tempestades, estradas lamacentas e bandidos. Vivem também experiências surreais, que envolvem de prováveis santos milagreiros a prostitutas.
Parte do seriado foi patrocinado pela fabricante de caminhões Scania, mais tarde substituída pela Chrysler (lembrando que esta produziu veículos pesados no Brasil com a marca Dodge).
O detalhe é que Carga Pesada foi inspirada num episódio de Caso Especial, uma série de teleteatro exibida pela Globo nos anos 70. Chamada Jorge, um Brasileiro, ele foi dirigida por Paulo José, que sugeriu a criação de uma série sobre o dia a dia dos caminhoneiros.
Carga Pesada fez sucesso sobretudo entre os caminhoneiros, que escreviam para a emissora elogiando a série e muitas vezes contavam as suas histórias pelas estradas do país.
Um remake foi produzido no início dos anos 2000 com Pedro e Bino retomando a rotina de caminhoneiros 22 anos depois.


25/02/2018

SOM POP, O PROGRAMA DE VIDEOCLIPES MAIS DEMOCRÁTICO DA TV BRASILEIRA

 
A TV Cultura produziu ao longo das últimas décadas programas que entraram para a história da TV brasileira, entre os quais Vitrine, Roda Viva, Castelo Rá-Tim-Bum, Metrópole e Som Pop.
O Som Pop estreou numa época em que, provavelmente motivadas pela popularização da emissora norte-americana MTV, diversas emissoras passaram a exibir programas de videoclipes. A Globo, por exemplo, arriscou um programa chamado Clip Clip.
Na verdade, o Som Pop foi uma remodelação de um programa chamado Pop Show, exibido pela Cultura nos anos 70. Estreou como Som Pop em 1981, com uma linguagem totalmente voltada para os videoclipes.
O auge do Som Pop ocorreu entre 1989 e 1993, quando foi comandado pelo saudoso Kid Vinil. Além de apresentar os grupos/cantores cujos clipes seriam mostrados, o programa exibia no último bloco um especial com determinadas bandas ou cantores. Ele podia ser totalmente dedicado ao Iron Maiden, Deff Leppard e outros grupos.
Por sinal, o Som Pop fazia bastante sucesso entre os chamados headbangers por exibir clipes de grupos de rock pesado. Ele dava o mesmo espaço a Ronnie James Dio, Phil Collins e Michael Jackson. O último bloco podia ser exclusivo do new wave The Cure ou do metaleiro Black Sabbath.
Durante um tempo, o programa girou em torno de um único tema. Os clipes eram exibidos tendo em vista somente esse assunto.
Muitos jovens chegavam a gravar os clipes em fitas VHS para assisti-los depois. Mas é pena que o Som Pop tenha saído da grade da emissora durante os anos 90. Deixou muitas saudades, principalmente para quem realmente gostava do bom e velho rock’n’roll.

24/02/2018

A DIVERTIDA VERSÃO DA FAMÍLIA ADDAMS PRODUZIDA PELA HANNA-BARBERA


Criada pelo cartunista norte-americano Charles Addams, A Família Addams surgiu em 1937 na célebre revista The New Yorker. A galeria de personagens exóticos, além do humor irresistível transformou com o decorrer do tempo os Addams num dos maiores sucessos da cultura pop do século XX.
As histórias com Gomez, Mortícia, Tio Chico, Wandinha, Feioso e demais personagens de Addams chegaram aos quadrinhos, cinema, televisão e teatro. Até um musical da Broadway foi montado.
Uma das adaptações para a TV foi o desenho animado dos estúdios de Hanna-Barbera, exibido durante anos no Brasil por diversas emissoras. Lançada em 1973, ela teve 3 temporadas que somaram 55 episódios (o que é surpreendente, visto que muitos desenhos com a marca HB sequer chegaram na segunda temporada).
A Família Addam foi exibida por algum tempo no programa infantil Globo Cor Especial, transmitido pela Globo no horário de almoço.
A versão de Hanna-Barbera tinha uma família que vivia numa espécie de mansão mal-assombrada sobre rodas. Com ela, Gomez, Mortícia e parentes percorriam os Estados Unidos de norte a sul, fazendo amigos e muitos e assustados inimigos. Os episódios eram hilários, principalmente por conta de personagens como a Mãozinha.
Outra versão de A Família Addams, bem parecida com o desenho dos anos 70, foi produzida no início da década de 90.

22/02/2018

5 BALADAS INESQUECÍVEIS DE UMA DAS BANDAS DE ROCK MAIS QUERIDAS DE TODOS OS TEMPOS: NAZARETH

 
Surgido no início dos anos 1960 na cidade escocesa de Dunfermline, o grupo Nazareth tornou-se conhecido no Brasil por baladas como Love Hurts, Where Are You Now, Dream On e Sunshine, entre outras.
Formado originariamente por Dan McCafferthy, Manny Charlton, Pete Agnew e Darrel Sweet, a banda passou por várias formações ao longo das últimas cinco décadas. Uma das mudanças mais radicais ocorreu no começo dos anos 2010, quando McCafferthy anunciou a sua saída em virtude de problemas de saúde.
Com mais de 20 discos de estúdio gravados, o Nazareth fez sucesso principalmente na década de 1970 e início dos anos 80.
Confira algumas músicas dessa que é uma das mais queridas bandas de rock britânicas de todos os tempos.






21/02/2018

O IMPACTO DA NOVELA O DIREITO DE NASCER NA TELEVISÃO BRASILEIRA


Exibida pela TV Tupi em 1964, a novela O Direito de Nascer é considerada ainda nos dias atuais um dos folhetins eletrônicos de maior impacto na história da televisão brasileira. Razões não faltam, e nós vamos enumerá-las nas próximas linhas.
Temos que lembrar que a história original foi escrita em 1948 pelo cubano Félix Caignet, mais tarde adaptada em vários países. Vale lembrar também que O Direito de Nascer fez um grande sucesso no rádio brasileiro no início da década de 1950.
Os responsáveis pela primeira adaptação de O Direito de Nascer para a televisão brasileira foram Thalma de Oliveira e Teixeira Filho. Com capítulos de cerca de 30 minutos, ela entrou no ar em 7 de dezembro de 1964. Detalhe: entre os diretores estava o hoje consagrado ator Lima Duarte.
O Direito de Nascer contou com atores como Nathalia Timberg, Amilton Fernandes, Isaura Bruno, Guy Loup, José Parisi, Rolando Boldrin, Marcos Plonka e Oswaldo Loureiro, entre outros, no elenco.
O enredo girava em torno de Albertinho Limonta (Amilton Fernandes), um homem criado por uma madrasta negra que tenta descobrir as suas verdadeiras origens. Envergonhada por ter um filho bastardo, a verdadeira mãe resolve ingressar num convento e se tornar freira. O pai desaparece sem que ninguém tenha notícias dele. Albertinho só descobre a sua origem, obviamente, nos derradeiros capítulos.
Mas porque o folhetim de Caignet causou tanto impacto?
O Direito de Nascer foi a primeira produção desse tipo a conquistar um público cativo. Dizem que até a utilização da rede sanitária caia durante a sua exibição. Em outras palavras, podemos dizer que foi graças a ela que a telenovela se tornou uma mania nacional.
A audiência foi tão impressionante que todo o elenco percorreu em carro aberto da sede dos Diários Associados até o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. No Rio de Janeiro, a festa ocorreu no Maracanãzinho.
O Direito de Nascer teve outras duas outras adaptações, a primeira exibida em 1978 pela mesma TV Tupi, com Eva Wilma e Carlos Augusto Strazzer; e em 1997, pelo SBT, com Guilhermina Guinle e Jorge Pontual. Atualmente, a versão do SBT está sendo exibida pela TV Aparecida.
Além da exibição em rádio e TV, a história foi transformada em livro e fotonovela (lembrando que as fotonovelas fizeram muito sucesso durante os anos 60). Matérias sobre o desenrolar da trama e notícias sobre o elenco costumavam ser veiculadas na imprensa, principalmente nas revistas especializadas em celebridades.
Não é difícil entender como O Direito de Nascer influenciou a televisão brasileira. Embora as telenovelas tenham se tornado parte da rotina dos brasileiros, impacto igual só voltaria a se repetir com Beto Rockfeller, em 1969, e Selva de Pedra, em 1972.

19/02/2018

O QUE ACONTECEU COM EDNARDO, CANTOR DE PAVÃO MYSTERIOSO


Todas as pessoas com mais de 50 anos devem lembrar da abertura da novela Saramandaia, levada ao ar em 1976 pela Rede Globo. Ela tinha como música tema Pavão Mysterioso, do cearense Ednardo.
José Ednardo Soares Costa Sousa nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1945. Iniciou a carreira artística no início dos anos 1970, ao lado de outros reconhecidos músicos nordestinos: Fagner, Amelinha e Amelinha. Sua fama explodiu justamente com a novela Saramandaia, um grande sucesso do horário das 22h.
Além de Pavão Mysterioso, gravou sucessos como Ingazeiras, Terral, A Manga Rosa, Enquanto Engoma a Calça, Lagoa de Aluá e Longarinas, distribuídas em 14 álbuns de estúdio. Chamado justamente de O Mistério do Pavão Mysterioso, seu primeiro álbum foi lançado em 1974 (o primeiro disco foi um compacto gravado com Eliana Pittman, em 1972).
Além de discos próprios, Ednardo fez gravações para diversos filmes e peças de teatro. Possui ainda músicas gravadas por astros como Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Vâniea Abreu Amelinha, Belchior e Fagner.
Apesar de estar fora da mídia nacional, Ednardo continua fazendo shows em todo o Brasil. Possui um público cativo, que sempre lota cada casa de espetáculo onde se apresenta.

18/02/2018

DESCUBRA O QUE ESTEVE EM MODA E QUEM DEU O QUE FALAR EM 1978


Uma das principais notícias de 1978 foi o curto pontificado do papa João Paulo I. Ele assumiu o posto em substituição a Paulo VI, mas acabou morrendo um mês depois. O seu substituto foi o papa João Paulo II.

Outra notícia que deu muito o que falar foi o nascimento do primeiro bebê de proveta do mundo, a britânica Louise Brown. A nova técnica de inseminação em proveta permitiu que milhões de casais estéreis ao redor do mundo pudessem ter filhos.

Uma das personalidades mais populares de 1978 foi a atriz Sônia Braga. O sucesso da novela Gabriela, exibida em 1976, e de filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos e A Dama do Lotação fizeram de Sônia uma verdadeira estrela. Com o filme O Beijo da Mulher-Aranha, exibido na década seguinte, Sônia ingressou na carreira internacional.

Quem também deu muito assunto para conversa foi o bailarino e ator norte-americano John Travolta. Os filmes Grease – Nos Tempos da Brilhantina e Os Embalos de Sábado à Noite fizeram de Travolta o maior ídolo daquele final de década.

O filme Os Embalos de Sábado a Noite impulsionou a moda das discotecas entre os brasileiros. Inspiradas na casa novaiorquina Studio 51, diversas casas parecidas foram inauguradas no Brasil. Os músicos de maior sucesso da onda disco foram Village People, Donna Summer, Chic e Bee Gees. Com Sônia Braga no papel principal, a novela Dancin´Days tinha uma discoteca como um dos seus cenários.

Vários músicos brasileiros ingressaram na moda das discotecas. Um deles foi um grupo formado apenas por mulheres chamado As Frenéticas. A música tema da novela Dancin´Days era cantada pelas meninas. Mas houveram outros grupos e cantores: Harmony Cats, Lady Zu e Regina Shakti, que se apresentava na TV brasileira como cover na britânica D. D. Jackson.

O cantor Sidney Magal foi talvez o principal ídolo da música brasileira daquele ano. Com músicas como Sandra Rosa Madalena e O Meu Sangue Ferve por Você, ele tomou as paradas de sucesso. Durante as suas apresentações, Magal encarnava um cigano cantor.

Surgido simultaneamente no Reino Unido e Estados Unidos, o movimento punk começa a tomar a Europa e os Estados Unidos. O grupo que mais deu o que falar nessa época foi o britânico Sex Pistols. Com figurino, atitudes e muita música pesada, os punks desafiaram o status quo da época. Não seria exagero dizer que marcaram toda uma geração. No Brasil, o punk viveu o seu auge a partir de 1979. Os principais grupos brasileiros foram Cólera, Olho Seco, Aborto Elétrico, Detrito Federal e Ratos de Porão.

Embora a TV por assinatura ainda fosse uma realidade distante, os brasileiros já assistiam seriados norte-americanos quase o tempo todo. Planeta dos Macacos, S.W.A.T, Vegas, Kojak, O Homem de Seis Milhões de Dólares, Mulher-Maravilha, A Mulher-Biônica e As Panteras foram alguns desses seriados. Com o sucesso de As Panteras, a atriz norte-americana Farrah Fawcett se transformou em sí mbolo sexual em diversas partes do mundo (ela posou nua para a Playboy de seu país).

Além de Dancin´Days, os brasileiros assistiram as novelas O Pulo do Gato, Maria Maria, A Sucessora, Pecado Rasgado, Gina, Sinal de Alerta e Te Contei?.

Lançado em 1977, o filme Guerra nas Estrelas continuou fazendo sucesso ao longo do ano anterior. Mas as pessoas também assistiram Os Embalos de Sábado à Noite, Grease – Nos Tempos da Brilhantina (imagem acima), Amargo Regresso, A Dama do Lotação, O Franco-Atirador e Super-Homem. Com o ator norte-americano no papel do herói, Super-Homem geraria mais duas continuações.

Os escritores mais lidos entre os anos de 1977 e 1978 foram Agatha Christie, Morris West, J. M. Simmel, Harold Robbins, Jorge Amado e Erick von Däniken. Seus livros sobre supostas visitas de alienígenas tornaram Däniken muito popular.

Nas bancas de jornais brasileiras, saiu a primeira edição da revista Playboy. As crianças conheceram diversos novos personagens do desenhista Maurício de Souza: Pelezinho, Neusinha, Cana Brava, Bonga… O gibi do Pelezinho foi um sucesso. O gibi com a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo também, lançado no encalço da novelinha da Rede Globo com os personagens de Monteiro Lobato, teve vendas bastante satisfatórias.

Entre os modismos de 1978 estão as figurinhas para transferir (espécie de decalques onde bastava raspar para colá-los onde as crianças desejassem), canetas do tipo “Julieta” para pendurar no pescoço, tampinhas da Coca-Cola com os personagens Disney, bonequinhas em miniaturas Fofolete, boneco Falcon (uma espécie de mercenário de barba lançado pela Estrela), aparelhos de TVs portáteis com visual colorido (pareciam bastante com o IMac colorido lançado anos depois pela Apple) e calças jeans USTop. Tudo isso sem esquecer a mania da corrida, o que meses depois seria chamada de cooper.

As crianças chupavam drops Dulcora, os garotos se divertiam com o Telojogo Philco (o pai do Atari, do Playstation e todos os videogames que viriam depois), as jovens usavam meias luréx, as famílias adquiriam geladeiras com água na porta, as donas de casa colocavam congelados Findus no carrinho de supermercado e os homens se perfumavam com as colônias da Atkinson.

Fonte: Mais Que Curiosidades

17/02/2018

O GORDO, PATRÍCIA, CACÁ E OUTROS PERSONAGENS INESQUECÍVEIS DE ELY BARBOSA


A imagem acima é do gibi O Gordo, publicado pela Editora Abril entre 1987 e 1992. Com ele, também foram publicadas as revistas em quadrinhos das personagens Patrícia e Fofura.
O Gordo, Patrícia, Fofura e Cacá e sua Turma foram criados pelo publicitário e desenhista Ely Barbosa. Vale lembrar que ele também é criador dos personagens Incríveis Amendoins.
Cacá e seus amiguinhos ficaram nacionalmente famosos durante os anos 70, quando protagonizaram uma série de história infantis narradas por ninguém menos que Silvio Santos. Eram histórias em que o cãozinho Cacá vivia aventuras com Branca de Neve, Joãozinho (aquele do pé de feijão) e outros. Elas eram gravadas em disquinhos coloridos distribuídos pelo Baú da Felicidade (detalhe: eles foram relançados em 2002).
Mas ele não ficou apenas nos quadrinhos, chegando a produzir séries animadas e programas infantis. Um desses programas foi o TV Tutti-Frutti, produzido pela Band no começo da década de 1980. Os personagens eram frutas falantes, como a João Banana, o Jerimun e o Melâncio.
Além de personagens próprios, Ely desenhou quadrinhos para o gibi dos Trapalhões para a Bloch Editores, e Hanna-Barbera, para a Rio Gráfica e Editora. Fez ainda comerciais para a TV, como a saudosa propaganda do DDDrin, exibida durante muito tempo e ainda lembrada por mais de uma geração (“A pulguinha dançando iê-iê-iê/O pernilongo mordendo o nenê...”)
Ely Barbosa nasceu na cidade paulista de Vera Cruz, em 1939, e faleceu em São Paulo, em 2007.

16/02/2018

5 CAPAS PARA VOCÊ LEMBRAR DA REVISTA FATOS E FOTOS

 
A primeira edição da revista Fatos & Fotos, da Bloch Editores, foi lançada em janeiro de 1961. Desde então, ela tem acompanhado os fatos mais importantes da história do Brasil e do mundo, como a chegada do primeiro homem à Lua, a vitória da seleção brasileira na Copa do México, em 1970, e a morte de Ayrton Senna.
Fatos & Fotos costumava também lançar edições especiais sobre os grandes acontecimentos que sacudiram o Brasil e o mundo, como no caso da morte dos integrantes da banda Mamonas Assassinas, cuja carreira foi abordada numa edição especial tamanho gigante.
A Fatos & Fotos costumava aproveitar o excesso de matérias feitas para a revista Manchete, também do grupo Bloch.
Segue abaixo reproduções de algumas capas dessa importante revista, que deixou de circular com a falência da Bloch Editores.





15/02/2018

A BREVE HISTÓRIA DO BANCO REAL OU COMO ELE FOI ABSORVIDO PELO SANTANDER

 
Com mais de 85 anos de história, o Banco Real foi aos poucos absorvido pelo Santander, sumindo definitivamente de cena. A troca do nome real para Santander iniciou-se em 2010.
O Banco Real foi fundado em 1925 por Clemente Faria como Banco da Lavoura de Minas. Mudou de nome apenas em 1971, quando a família Faria resolveu chamá-lo de Banco Real. A partir de então, teve um crescimento expressivo, passando a abrir agências em todas as unidades da federação.
No início dos anos 2000, foi adquirido pelo holandês ABN Amro que, por sua vez, foi adquirido por um consórcio formado pelo belgo-holandês Fortis, britânico Royal Bank of Scotland e espanhol Santander. Uma vez que o Santander ficou com as operações na América Latina, acabou assumindo o controle do Real.
Quando foi comprado pelo ABN Amro mudou o logotipo para que ficasse mais parecido com o logo do novo proprietário. Fachadas e produtos como cheques e cartões também absorveram o verde e amarelo do banco holandês. No momento em que o Santander assumiu o controle das suas operações manteve a mesma identidade, mas somada ao visual do banco espanhol.
De início, o banco passou a se chamar Real Santander, mas mudou apenas para Santander. Cabe lembrar que o banco de capital espanhol tinha anteriormente adquirido o Sudameris e o Banespa.
O Real tinha um faturamento de 14,7 milhões de reais em 2007, além de 33 mil funcionários.
Entre os seus slogans estavam “O melhor está no Real” e “O banco da sua vida”.

14/02/2018

RÁDIO PIRATA AO VIVO, O DISCO QUE MARCOU O AUGE DA CARREIRA DO RPM



Podemos seguramente afirmar que os anos entre 1981 e 1990 foram os anos do rock brasileiro, cujas influências iam da new wave ao punk.
Foram nos anos 80 que surgiram grupos inesquecíveis como Titãs, Barão Vermelho, Legião Urbana, Ratos de Porão, Blitz e RPM. As duas últimas se transformaram em verdadeiros modismos. Formado por Paulo Ricardo, Luiz Schiavon, Fernado Deluqui e Paulo Pagni, o RPM atraiu multidões para seus concertos. E curiosamente, o seu disco de maior vendagem foi gravado ao vivo.
Cabe aqui lembrar que o Rotações Por Minuto (significado da sigla RPM) lançou apenas quatro álbuns de estúdio, sendo dois durante o seu apogeu. Entre um disco e outro, a banda lançou em 1986 o álbum Rádio Pirata ao Vivo, um trabalho que ainda hoje é um dos mais vendidos da história do rock brasileiro, com 3 milhões de cópias.
O Rádio Pirata ao Vivo foi gravado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, entre os dias 26 e 27 de maio de 1986. Esse show foi dirigido por ninguém menos que Ney Matogrosso. Entre as músicas apresentadas estão Rádio Pirata (até então, o maior sucesso do RPM), Olhar 43, Alvorada Voraz, Flores Astrais e London, London. Curiosamente, essas duas últimas são covers do Secos & Molhados e Caetano Veloso. Graças ao disco, ambas foram tocadas à exaustão nas emissoras rádios da época.
Rádio Pirata ao Vivo contém somente nove músicas. São canções que remetem aos anos 60 aos 80, dão uma pequena ideia da qualidade da música brasileira produzida nesse período. Rádio Pirata mantém o mesmo ritmo da música de estúdio. Flores Astrais possui uma batida de bateria irresistível. Podemos dizer que até Caetano Veloso se rendeu à beleza de London London.
Assim como Cabeça Dinossauro, do Titãs, e As Aventuras da Blitz, da Blitz, Rádio Pirata ao Vivo é super-recomendado para quem pretende formar uma discoteca básica dos anos 80. Você certamente não se arrependerá.
Em tempo: Rádio Pirata é o nome do primeiro disco do RPM.

13/02/2018

OS CAÇADORES DA ARCA PERDIDA E A PRIMEIRA AVENTURA DE INDIANA JONES


Três personagens marcaram para sempre o ator norte-americano Harrison Ford: Han Solo (Star Wars), Rick Deckard (Blade Runner) e Indiana Jones (Os Caçadores da Arca) perdida. O detalhe é que todos apareceram em mais de uma produção, sendo Os Caçadores da Arca Perdida o filme que teve maior número de sequências.
Em virtude do sucesso de Os Caçadores da Arca Perdida, os produtores lançaram mais três sequências: Indiana Jones e o Templo da Perdição, Indiana Jones e a Última Cruzada e Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal. Espera-se um quinto filme para 2019.
Os Caçadores da Arca Perdida conta a aventura do arqueólogo especializado em relíquias Indiana Jones na busca pela Arca da Aliança. O problema é que os nazistas também estavam atrás da arca, talvez na intenção de aumentar o poder dos seus exércitos. De início, Indiana mostra-se um cético em relação ao poder do objeto, mas muda de ideia quanto testemunha os anjos da morte destruindo os nazistas. Apesar de resgatada pelo herói, a ara acaba num depósito do governo dos Estados Unidos, guardada numa caixa em meio a inúmeras outras parecidas.
Dirigido por Steven Spielberg, Os Caçadores da Arca Perdida tem Harrison Ford, Karen Allen, Paul Freeman e Alfred Molina no elenco. Foi lançado em junho de 1981, com grande êxito nos Estados Unidos. O roteiro foi desenvolvido por George Star Wars Lucas e escrito por Lawrence Kasdan.
Os Caçadores da Arca Perdida tornou-se um grande êxito, atraindo milhões de pessoas aos cinema. Mas não foi apenas isso. Foram lançados álbuns de figurinhas, histórias em quadrinhos e outros produtos sobre o filme, além de bonecos do tipo live action de Indiana Jones. A quadrinização do filme foi lançada pela Marvel Comics, com arte de John Buscema.
Com uma arrecadação de US$ 384 milhões, Os Caçadores da Arca Perdida foi o filme mais lucrativo de 1981. Além de receber elogios rasgados da crítica, acabou sendo indicado a 9 Oscar, ganhando cinco.
Os Caçadores da Arca Perdida estreou no Brasil seis meses depois da primeira exibição nos Estados Unidos (isso era muito comum naquela época). Mas fez por aqui o mesmo sucesso que em qualquer outro lugar. Chegou a ser um dos filmes mais vistos da passagem 1981/1982, mas aí lançaram um filme sobre um extraterrestre perdido na Terra... outro filme de Steven Spielberg. A partir daí, não precisam contar o que aconteceu.

11/02/2018

AS ESTRIPULIAS E CONFUSÕES DE UM ALIENÍGENA BEM-HUMORADO EM ALF, O ETEIMOSO


Num episódio da série Os Simpsons, aparecem diversos alienígenas do cinema e seriados de TV, entre os quais Chewbacca, Marvin Marciano (Looney Tunes) e Alf, conhecido entre nós como o ETeimoso.
A série de comédia Alf – O ETeimoso estreou na rede de TV norte-americana NBC em 1986. Teve quatro temporadas, que somaram 102 episódios, encerradas em 1990.
Alf – o ETeimoso contava as estripulias de Gordon Shumway, um alienígena que à procura de um sinal vindo da Terra, acaba pousando desastradamente na garagem dos Tanner, uma típica família dos subúrbios norte-americanos. Willie Tanner e seus familiares acham por bem esconder o ET, a quem chamam de Alf até ele conseguir reparar a espaçonave e retornar para o seu planeta. Além de protegê-lo das forças de segurança, eles tem que mantê-lo afastado dos vizinhos mexeriqueiros. O problema é que o desinibido Alf é excêntrico, tagarela, brincalhão e louco para comer o gato da família.
A série rendeu ótimas gargalhadas para o público norte-americano e dos demais países onde foi transmitida. Alf se tornou tão popular entre os  jovens que logo virou uma mania mundial. No Brasil, a editora Globo chegou a lançar uma revista em quadrinhos com o personagem. A fabricantes de brinquedos Mimo produziu um boneco.
No Brasil, a série foi inicialmente transmitida pela Rede Globo, sendo reprisada nos anos seguintes por outras emissoras. Além de ser lançada em DVD, ela deu origem a um desenho animado de mesmo nome. Infelizmente, o desenho não alcançou o mesmo sucesso da produção original.
Uma curiosidade: ALF é a sigla de Alien Life Form (Forma de Vida Alienígena, em português).

10/02/2018

X-TUDO, O SAUDOSO PROGRAMA DE VARIEDADES INFANTIL DA TV CULTURA

 
O X-Tudo foi um programa infantil exibido pela TV Cultura entre abril de 1992 e novembro de 2002. Apesar do caráter educativo, tinha um formato dinâmico, que permitia abordar quadros como ciência e literatura. As dicas de livros eram dadas por Raquel Barcha, que interpretava uma “gênia” chamada Sherazade.
Os fãs do X-Tudo acompanhavam com interesse os quadros com curiosidades científicas de Marcelo Mansfield, além das dicas de culinária de Rafael Barioni. Ele ensinava a fazer sucos diferentes, pratos divertidos e lanches rápidos. Rafael assumia também a função de repórter-mirim do programa.
Quando estreou, o X-Tudo era comandado por Gerson de Abreu ao lado do boneco X. Ele permaneceu até 1995, quando foi convidado para apresentar um programa infantil na TV Record, o Agente G.
Com a saída de Gerson, o programa passou a ser apresentado por Márcio Ribeiro. Aliás, o X-Tudo teve o seu elenco alterado diversas vezes. Entre o atores e apresentadores que gravaram quadros para o programa, vale lembrar de Norival Rizzo, Joyce Roma, Oscar Simch, Enrique Serrano, Fernando Gomes e Fernanda Souza. Esta última saiu para integrar o elenco da novela infanto-juvenil Chiquititas, no SBT, no papel da menina Mili. No X-Tudo, Fernanda representava com frequência uma repórter mirim.
Tanto Gerson de Abreu quanto Márcio Ribeiro faleceram em virtude de problemas de saúde. Gerson faleceu em 2002 e Márcio, em 2013.
O X-Tudo foi reapresentado na TV Cultura ao longo de 2014 e mais recentemente, na TV Ra-Tim-Bum.