30/09/2017

TIETA, A NOVELA INSPIRADA NO ROMANCE DE JORGE AMADO QUE CATIVOU O PÚBLICO

 
Um dos romances mais conhecidos de Jorge Amado é Tieta do Agreste. Foi baseado nele que o autor Aguinaldo Silva, em parceria com Ana Maria Moretzshon e Ricardo Linhares, escreveu a novela Tieta, em 1989.
Tieta conta a história de uma jovem que é expulsa de casa pelo pai em virtude de seu comportamento considerado libertino. Disposta a se vingar de todos que  a maltrataram, ela volta para sua cidade 25 anos depois, agora como uma mulher rica, poderosa e com forte magnetismo pessoal. Tieta (Betty Faria) vira o centro das atenções na pequena Santana do Agreste, onde é bajulada por quase todos.
A vilã da trama é Perpétua, uma mulher ranzinza e carola que só se veste de preto. Interpretada por Joana Fonn na segunda fase da novela, ela chamou atenção de toda a audiência. Outra personagem que despertou a atenção do público foi Imaculada (Luciana Braga), uma das “rolinhas” do professor Artur da Tapitanga (Ary Fontoura). Tonha (Yoná Magalhães), a sofrida madrasta de Tieta, por sua vez, angariou a simpatia por dar a volta por cima e se tornar uma nova mulher.
Tieta contou com a participação de Reginaldo Faria, Cássio Gabus Mendes, Paulo Betti, Tássia Camargo, José Mayer, José Vasconcelos, Lídia Brondi, Lilia Cabral e Danton Mello, entre outros.
A repercussão da novela foi enorme, inspirando Betty Faria a lançar uma linha de roupas chamada Tieta by Betty Faria. Por sinal, Tieta é a segunda novela de maior audiência desde que o Ibope começou a fazer suas medições. Graças também a todo esse sucesso, a Globo reprisou a novela no Vale a Pena Ver de Novo. Tieta foi ainda relançada em DVD.
Graças a abertura com forte apelo erótico e trilha sonora, Tieta ajudou a projetar a carreira do cantor baiano Luiz Caldas. Os cenários com belas dunas projetou a localidade de Mangue Seco, entre Sergipe e Bahia, para o restante do Brasil.
Uma curiosidade: feita anos depois, a adaptação para o cinema teve Sônia Braga no papel principal.

29/09/2017

COMO O FILME OS EMBALOS DE SÁBADO À NOITE AJUDOU A TORNAR A DISCO NUM FENÔMENO

 
A onda disco varreu o mundo durante os anos 70. Seja no vestuário, nas telenovelas, nos programas de auditório, nos discos e no cinema, ela estava presente em praticamente todos os lugares. Bailes eram animados com o som de Village People, Patrick Hernandez, Sylvelster, As Frenéticas...
Grande parte desse sucesso estrondoso se deve ao filme Saturday Night Live, ou Os Embalos de Sábado à Noite, como ficou conhecido no Brasil. Com trilha sonora impecável do Bee Gees, ele se tornou o 11º filme mais visto nos cinemas brasileiros em todos os tempos.
A carreira do Bee Gees começou nos anos 60, mas foi na década seguinte que que o trio conquistou mentes e corações de norte a sul dos planeta. Tudo isso graças a Os Embalos de Sábado.
Com Night Fever, Stayn’ Alive e outras músicas como trilha sonora, Os Embalos é um filme basicamente musical. Conta a história de Tony Manero (John Travolta), um jovem dançarino que passa as noites de sábado nas discotecas de Nova York. Ele participa de um concurso de dança, do qual acaba se consagrando como vencedor, mas fica insatisfeito por achar que o casal que ficou em segundo lugar era melhor e só não venceu por ser latino.
A discoteca chamava-se 2001 Odyssey e tinha esse nome em homenagem ao filme 2001 – Uma odisseia no Espaço, de Staney Kubrick. Esse tipo de casa noturna, por sinal, atraía grande parte da elite e showbizz de Nova York. A discoteca mais emblemática da moda disco foi a Studio 54.
Os Embalos de Sábado à Noite estreou em dezembro de 1977 nos Estados Unidos. Foi dirigido por John Badham e tinha John Travolta, Karen Lynn Gorney, Barry Miller e Joseph Cali no elenco.
A trilha sonora é o 9º disco mais vendido da história da indústria fonográfica, além de segunda trilha de filme com mais vendagens (a primeira foi O Guarda-Costas).
O filme teve uma continuação chamada Os Embalos de Sábado Continuam, de 1983, mas sem o mesmo sucesso. Detalhe: ele foi dirigido por ninguém menos que Sylvester Stallone.

28/09/2017

FANTASMINO, GASPARZINHO E OUTROS FANTASMAS DOS DESENHOS ANIMADOS


Fantasmino, o Fantasma Galopante (The Galloping Ghost, em inglês) foi lançado em 1979 em dobradinha com Arquivo Cãofidencial, ambos produzidos pelos estúdios Hanna-Barbera. Contava as aventuras de um vaqueiro fantasma que protegia duas garotas, Suzana e Rita, e ajudava a impedir que ladrões e outros tipos mal-intencionados invadissem a fazenda do Sr. Fofo.
Com aspecto de um velho mineiro do velho oeste norte-americano, Fantasmino em pouco lembrava um fantasma ou criatura do além a não ser pelos seus poderes sobrenaturais. Era diferente de outros fantasmas dos desenhos animados, que realmente mantinham o aspecto pálido, tipo esbranquiçado e corpo meio transparente. Você certamente lembrará de alguns deles.

Gasparzinho, o Fantasminha Camarada – Surgiu em 1939 em livros infantis, sendo adaptado para os desenhos animados em 1945. Conta as histórias de um fantasminha bonzinho e ávido por fazer novos amigos. É constantemente atrapalhado pelos tios malvados, que gostam de assustar as pessoas, mas sempre acaba virando herói ao ajudar/salvar alguém. Detalhe: Gasparzinho foi mais de uma vez adaptado para a TV, sendo a última em 1996.

Treme-Treme – Chamado originalmente de Shake, Rattle & Roll, foi batizado no Brasil de Treme-Treme. Mostra o dia a dia e as aventuras de um trio de fantasmas que vive num hotel abandonado. Um deles é o gerente, o outro é o mensageiro e o terceiro é o cozinheiro. Eles fazem de tudo para não ser importunados pelos vivos, mas são com frequência por Sidney, o exterminador de fantasmas. Foi produzido pela Hanna-Barbera.

Fantasminha Legal – The Funky Phantom, ou Fantasminha Legal, foi criado em 1972 pela Hanna-Barbera. As histórias giravam em torno de um grupo de caçadores de fantasmas que encontram numa assustadora mansão o fantasma de Muddlemore (o Fantasminha Legal) e seu gato, de quem se tornam amigos. O problema é que Fantasminha Legal era uma assombração que tinha muito medo de assombrações. Uma dupla cômica dessa série animada eram o gato fantasma Boo e o cão Elmo, que viviam às turras.

Beetlejuice – Inspirado no filme de Tim Burton, de 1988, conta as aventuras de Lydia, uma garota de visual gótico, no mundo de Beetlejuice, um lugar com fantasmas, monstros e outros seres estranhos. O detalhe é que, embora tivesse a cara um pouco assustadora, Beetlejuice não conferia com o estereótipo do fantasma esbranquiçado. Foi produzido nos anos 80 pela Warner em parceria com a Nelvana.  

27/09/2017

MEU MEL, O ETERNO SUCESSO DO CANTOR MARKINHOS MOURA

 
Um das músicas mais tocadas durante o ano de 1986 foi Meu Mel, interpretada pelo cantor Markinhos Moura. E, diga-se de passagem, foi um sucesso mais do que tremendo. Markinhos era chamado com frequência para se apresentar em programas de auditório como Cassino do Chacrinha, Silvio Santos e Globo de Ouro.
Marcos Antônio Sampaio Moura nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1967. Começou a carreira artística como ator, ainda na capital cearense. Participou de diversas produções para o palco e, como cantor, apresentava-se interpretando música de Milton Nascimento, Elis Regina e Caetano Veloso, entre outros. Mas foi quando lançou a música Meu Mel que estourou em todo o Brasil.
A Meu Mel seguiu-se a canção Anjo Azul, outro grande hit. O problema foi que Markinhos sumiu da grande mídia tão rápido quanto apareceu. Sua carreira entrou num grande limbo. O cantor que atraia multidões em suas apresentações de repente teve que lidar com o anonimato. Markinhos morou durante um ano no Japão e mais dois nos Estados Unidos.
No início dos anos 2010, no entanto, ele passou a se apresentar com periodicidade nos palcos de São Paulo. Contratado por um bar do bairro Santa Cecília, ele não apenas cantava grandes sucessos da MPB, como lembrava dos seus grandes hits. E, claro, não esquecia de interpretar Nelson Gonçalves, cantor que dava nome ao bar.
Markinhos Moura continua sendo lembrado como um cantor de voz singular, embora alguns dizem lembrar Elis Regina. Alguém que sempre será lembrado com carinho pelos fãs.

26/09/2017

THE MONKEES, O SERIADO INSPIRADO NA BEATLEMANIA QUE EMBALOU OS ANOS 60

 
O The Monkees foi um grupo de música pop formado nos Estados Unidos por David Jones, Mick Dolenz, Mike Nezmith e Peter Tork. Gravou 14 discos de estúdio, sendo o último em 2016 com os músicos remanescentes.
O grupo surgiu em 1965, quando a rede de TV norte-americana NBC queria criar um grupo de jovens que rivalizasse com o The Beatles. Tudo começou com um anúncio nos jornais que pedia “quatro loucos entre 17 e 21 anos”, ao qual responderam 437 jovens. Com o grupo formado, a emissora lançou o seriado musical The Monkees. Ele entrou no ar em 1966, mesmo ano em que o grupo lançou o primeiro álbum, intitulado The Monkees.
O seriado teve duas temporadas, totalizando 58 episódios. Contava as aventuras do grupo, com o detalhe de que os músicos interpretavam eles mesmos. Com um humor anárquico e cenas com o elenco em situações surreais, ele procurava atingir o público jovem influenciado pela onda Beatles.
De início, o seriado fez um sucesso estrondoso. Os álbuns do grupo também agradaram em cheio, mas... Com o passar do tempo, o interesse dos jovens diminuiu consideravelmente, obrigando a NBC a encerrar o seriado. Mesmo assim, a série continuou sendo reprisada nos Estados Unidos.
No Brasil, a série foi exibida pela primeira vez na TV Tupi, em 1967. Continuou sendo reprisada pela Rede Globo e TV Bandeirantes nos anos 70. Na década seguinte, foi exibida pela TV Gazeta. A última exibição ocorreu nos anos 2010 pela Rede Brasil de Televisão.
A “monkeemania” foi breve, mas inesquecível. A música de abertura ainda é lembrada por quase todas as pessoas com mais de 40 anos. Para os mais jovens, assistir a série é uma espécie de mergulho no passado, em que se pode conhecer os ritmos, a moda (incluindo os cortes de cabelo) e o estilo de vida dos anos 1960.
O grupo continuou gravando mesmo após o encerramento do seriado. Também chegaram a fazer alguns turnês esporádicas. Apesar de morte de David Jones em 2012, pode ser que os remanescentes estejam planejando um novo álbum ou um novo show.

25/09/2017

O PROGRAMA H E O SUCESSO ESTRONDOSO DAS PERSONAGENS TIAZINHA E FEITICEIRA

 
O primeiro programa de Luciano Huck na televisão foi o Circulando, transmitido pela CNT Gazeta (detalhe: Circulando era o nome da sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo).
Contratado pela TV Bandeirantes, Luciano apresentou o H entre os anos de 1996 e 1999. De início, o programa era transmitido no horário da tarde, mas, em virtude de alguns quadros considerados adultos, foi transferido para a noite.
O programa estreou propriamente em outubro de 1996, no horário das 16h. Era uma atração musical, mas acabou com o passar do tempo ficando mais variado. Huck começou a comandar games shows com uma assistente de palco chamada Tiazinha que, com trajes sadomasoquistas e um chicote, “torturava” os adolescentes que erravam as perguntas do apresentador (uma dessas torturas era depilar parte dos pêlos dos rapazes).
O sucesso da Tiazinha foi enorme. Interpretada pela assistente Suzana Alves, ela logo se transformou numa espécie de superstar de máscara e chicotinho da televisão brasileira. E foi justamente esse sucesso que inspirou Huck a criar outra personagem feminina: a Feiticeira. Com um visual que lembrava mais Jeannie do que Samantha, a Feiticeira – que era incorporada pela loira Joanna Prado – não demorou para conquistar o público adolescente com seus encantos. A missão da feiticeira era a mesma de sua colega Tiazinha: punir os homens nas brincadeiras do H.
Não demorou para que Tiazinha e Feiticeira fossem convidadas para posar para a Playboy. As vendagens da revista masculina dispararam, ultrapassando a edição com a ex-modelo Adriane Galisteu. A edição com a Feiticeira é ainda hoje a mais vendida da história da Playboy brasileira.
Também não demorou para que o carisma e presença de palco de Luciano Huck chamasse a atenção do SBT e Globo. Ele foi contratado pela Vênus Platinada em 1999, na mesma época em que a emissora tirou Ana Maria Braga da Record, e a dupla Jô Soares e Serginho Groissman do SBT. Luciano foi convidado para preencher as tardes de sábado com um programa batizado como Caldeirão do Huck.
Com a saída de Luciano do H, a Band convocou Otaviano Costa e mudou o nome do programa para O+. O problema foi que Otaviano não conseguiu segurar a audiência, obrigando a emissora a apelar para Sabrina Parlatore e um novo nome: Superpositivo. Mas aí é um lance que merecia outro texto.

24/09/2017

UM DISCO PARA CONHECER O NAÇÃO ZUMBI E O MANGUE BEAT: AFROCIBERDELIA


Entre os modismos musicais dos anos 1990, vale destacar o grunge, o pagode romântico e o mangue beat. Este último foi fundado pelos grupos pernambucanos Mundo Livre S/A e Chico Science & Nação Zumbi.
O mangue beat misturava ritmos provenientes do pop rock, punk rock e músicas regionais pernambucanas. Resultou num caldeirão musical que pode ser muito bem exemplificado através do disco Afrociberdelia, do Chico Science & Nação Zumbi.
Afrociberdelia ficou 18o lugar na relação dos melhores discos de MPB pela revista Rolling Stone. Foi também escolhido através de uma eleição feita em 2012 pelo jornal O Estado de São Paulo como um dos 30 melhores álbuns de música brasileira da história. E motivos para tanto não faltaram.
Várias músicas de Afrociberdelia tiveram clipes gravados, entre as quais Macô e Maracatu Atômico. Foram eles que de certa ajudaram a projetar o mangue beat de uma vez por todas no cenário nacional. Chico Sciente e Nação Zumbi passaram a ser presença constante na MTV e programas voltados para videoclipes das demais emissoras.
O mérito desse e do disco anterior do grupo – o também imperdível da Lama ao Caos – é a mistura contagiante de tambores do maracatu com guitarras, da sonoridade brasileira com a música importada. Chico e companheiros do Nação Zumbi fizeram a mesma coisa que Caetano, Gil, Mutantes e outros músicos no final dos anos 60 com a invenção da Tropicália. Eles trouxeram novidades para a música brasileira. Uma novidade contagiante.
Infelizmente, Afrociberdelia foi o último trabalho de Chico Science com a banda. O músico morreu num acidente de automóvel numa via de ligação entre Olinda e Recife, deixando admiradores desolados.
Um detalhe: o neologismo Afrociberdelia é uma mistura do prefixo Afro como as palavras cibernética e psicodelia.

23/09/2017

AS AVENTURAS E O DIA A DIA DE UM GAROTO MUITO ARTEIRO: PIMENTINHA


Pimentinha surgiu em 1950 pelas mãos do norte-americano Hank Ketcham. O nome original do personagem é Dennis – ou Dennis, the Menace (que significa Dennis, a Ameaça) –, e foi inspirado em seu filho pequeno, que era muito arteiro.
Poucas semanas após sua criação, as tirinhas de Dennis eram publicadas em cerca de 16 jornais dos Estados Unidos. A tira fez tanto sucesso que, com o passar dos anos, acabou aportando em outras mídias. Dennis virou gibi, desenho animado, filme em live action...
As tiras de Dennis (que no Brasil virou Dennis, o Pimentinha) contam a história de um garoto de cinco anos de idade que “de vez em sempre” tira a paciência do vizinho Sr. Wilson. Os demais personagens são Henry e Alice Mitchell (os pais do garoto), Martha Wilson (esposa do Sr. Wilson), Juca, Margaret, Tommy, Gina e Rocky (o cãozinho de Dennis).
Os primeiros gibis brasileiros do Pimentinha foram publicados no início dos anos 1960 pela editora O Cruzeiro. Na década seguinte, passaram pelas mãos da Vecchi e RGE, que encerrou o título em 1981.
Apesar de não ser mais publicada com regularidade no Brasil, as tiras com o personagem continuam sendo distribuídas para jornais do mundo inteiro (ela já foi distribuída para mais de 1.000 jornais de 48 países).

22/09/2017

SAUDADES DOS BRINQUEDOS TROL, QUE DAVA BONS MOTIVOS PARA SER CRIANÇA



Localizada na divisa entre os municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, o galpão onde funcionava a antiga Indústria de Brinquedos Trol é ainda hoje referência para muitos moradores do ABC. Existe um ônibus que faz o trajeto Santo André/Fábrica Trol. Mas a Trol abriu falência há quase 30 anos.
A Trol foi uma importante fabricante de brinquedos brasileiro, responsável pela criação dos velocípedes de plásticos Velotrol e boneca Pierina. Nos anos 1970, ela trouxe para o mercado as mini-bonecas Fofolete, que se transformou numa verdadeira mania entre as meninas. Quase na mesma época, lançou a miniatura do robô R2D2, da série Star Wars, uma mania que pegou muitos meninos. Mas a linhas de brinquedos mais famosa foi, sem dúvida, a Playmobil Systems.
Lançada dois anos antes na Alemanha, a Playmobil fez um sucesso inesperado no Brasil. Era um linha de brinquedos que vinha com inúmeros apetrechos e acessórios, todos de plástico. Aliás...
A Trol foi fundada em 1935 pelo imigrante alemão Ralph Rosenberg. Começou como uma fábrica de botões, mas acabou com o tempo se tornando uma empresa especializada em produtos de plásticos. Desde sua criação até pelo menos a primeira metade da década de 1980, ela nunca deixou de crescer. Além de brinquedos, produzia produtos de plásticos como baldes, bacias, saleiros, potes de cozinha etc.
Durante os anos 1970/80, foi dirigida por Dilson Funaro, ministro da Fazenda durante o governo do ex-presidente José Sarney. Com a morte de Funaro, a empresa acabou fechando definitivamente as portas. Tanto a filial do ABC (que ficava ao lado da Via Anchieta) quanto a representante de Manaus encerraram definitivamente a produção.
Para quem cresceu brincando com o Velotrol ou colecionando Fofoletes das mais diversas cores, restou a doce lembrança de uma marca cujo lema tinha tudo a ver com a infância: “Trol, bom motivo para ser criança”.

21/09/2017

VALE TUDO E O MISTERIOSO ASSASSINATO DA VILÃ ODETE ROITMAN


Gilberto Braga é autor de algumas das novelas mais populares da história da televisão brasileira: Dancin’Days, Água Viva, Celebridade, Vale Tudo...
Considerada por muitos como a melhor novela da história da TV brasileira, Vale Tudo foi exibida em 1988 no horário das 21 horas. Tinha Regina Duarte, Glória Pires, Antônio Fagundes, Renata Sorrah, Reginaldo Farias, Cássio Gabus Mendes, Cássia Kiss e Beatriz Segall no elenco.
Através de Vale Tudo, Gilberto Braga (lembrando que contou com a parceria de Aguinaldo Silva e Leonor Bassères) questionava até que ponto valia a pena ser honesto no país. Os personagens de Glória Pires, Reginaldo Farias e Beatriz Segall incorporavam o brasileiro sem escrúpulos, que costumava dar banana para os outros. Foi justamente o que fez Marco Aurélio (Reginaldo Farias) no final, mas temos que lembrar que boa parte da história girou em torno de Maria de Fátima (Glória Pires).
Vale Tudo contava a história de Raquel (Regina Duarte), que é forçada a se mudar para o Rio de Janeiro em busca da filha Maria de Fátima, que vendera a única propriedade da família e fugira para tentar a carreira de modelo. Enquanto a mãe vende sanduíches na praia para sobreviver, a filha se une a um vigarista (Carlos Alberto Ricelli) para aplicar golpes. Por sugestão dele, ela tenta seduzir o milionário Afonso Roitman para ficar com sua fortuna.
Maria de Fátima podia entrar para a galeria das vilãs mais odiosas da história da telenovela, mas quem entrou mesmo foi Odete Roitman (Beatriz Segall). Gananciosa, inescrupulosa e cheia de empáfia, ela manipulava os filhos e tratava mal os empregados.
A audiência de Vale Tudo cresceu substancialmente com o assassinato misterioso de Odete. Todos passaram a se perguntar quem seria o provável assassino. Um concurso patrocinado pela Nestlé chegou a oferecer prêmios para quem acertasse sua identidade. O assassino só foi revelado no último capítulo: Leila (Cássia Kiss), que cometera o crime por achar se tratar de Maria de Fátima, que se tornara amante do marido.
Os autores só definiram quem seria o assassino poucas horas antes da novela entrar no ar. Para isso, escreveram cinco finais diferentes e mantiveram o suspense até o último momento.
Vale Tudo foi reprisada em Vale a Pena Ver de Novo. Também foi transmitida pelo canal de flashback Viva. Foi vendida para 30 países, chegando a fazer sucesso num ou outro. Uma versão em espanhol foi gravada em parceria com a emissora Telemundo.

20/09/2017

CONHEÇA DETALHES SOBRE A LONGA TRAJETÓRIA DO MARINHEIRO POPEYE

 
O marinheiro Popeye apareceu pela primeira vez em 17 de dezembro de 1929, numa tira de um jornal norte-americano. Quatro anos depois, foi pela primeira vez adaptado para uma série de curta-metragens para o cinema.
Popeye foi criado por Elzie Crisler Segar, que desenhou as tiras do personagem até 1938, quando faleceu. Depois disso, elas foram continuadas por diversos ilustradores, entre o quais Bud Sagendorf, ex-assistente de Segar.
A aceitação do velho marinheiro pelo público infantil foi gigantesca, tanto que as suas aventuras foram adaptadas para a televisão, histórias em quadrinhos, videogames e até filme em live-action, com o ator Robin Willians no papel do personagem.
Popeye tornou-se queridinho dos produtores de espinafre dos Estados Unidos, que viram as suas vendas crescerem significativamente durante o auge do desenho. Eles chegaram a dedicar uma estátua ao personagem na localidade de Crystal City, no Texas.
Os desenhos de Popeye e sua turma foram feitos por diversos estúdios, entre os quais a Paramount e o Hanna-Barbera. Eles foram continuamente produzidos até 1962, voltando somente em 1978. A última adaptação ocorreu em 2004, quando foi produzida uma versão em 3D. A mais conhecida no Brasil é a versão Hanna-Barbera da década de 70 (uma curiosidade: a dublagem ficou a cargo de Orlando Drummond, o mesmo ator que fez as vozes de Scooby Doo e Alf, o ETeimoso – Drummond é também famoso pelo personagem Seu Peru, do humorístico Escolinha do Professor Raimundo).
Popeye é um dos desenhos animados mais reprisados pelos canais de TV abertos e fechados. A primeira vez foi pela antiga TV Excelsior e a última, pelo canal infantil Gloob.

19/09/2017

DESCUBRA CURIOSIDADES SOBRE AVATAR, A SEGUNDA MAIOR BILHETERIA DA HISTÓRIA

 
Avatar foi financiado pelo estúdio Lightstorm Entertainment, fundado em 1 990 por James Cameron e Larry Casanaff. Ele é também responsável por filmes como O Exterminador do Futuro 2 e Titanic.

Nascido no Canadá, o diretor James Cameron é responsável por filmes como Aliens – Resgate, O Exterminador do Futuro, O Segredo do Abismo e Titanic.

Era para Avatar ser lançado em 1 999, apenas dois anos depois de Titanic. Os custos elevados e as incertezas sobre a tecnologia que seria utilizada para a criação dos efeitos especiais, no entanto, levaram o diretor a adiar o projeto

Falada pela raça alienígena de Pandora, a língua na’vi foi criada pelo linguista Paul Frommer seguindo duas exigências de James Cameron: que ela não se parecesse com nenhuma língua na Terra e fosse de fácil pronúncia para os atores do filme.

Para se adaptarem aos seus papeis, os atores foram levados para o Havaí para conhecer como era a vida numa selva. Eles chegaram a viver como uma tribo, mas só durante o dia. Eles passavam a noite nos melhores quartos de hotéis do arquipélago.

Matt Damon e Jake Gyllenhall chegaram a ser cogitados para o papel de Jake Sully, mas o diretor James Cameron acabou escolhendo o quase desconhecido Sam Wortinghton.

A trama se passa no ano de 2 154, em Pandora, uma lua do planeta Polifemo, um hipotético gigante gasoso da estrela Alpha Centauri.

Rica em dióxido de carbono, metano e amônia, a atmosfera de Pandora é totalmente letal para os seres humanos.

Cameron anunciou a produção em 2 005, na época chamada de Projeto 880. Um grande mistério foi mantido antes da estreia dos primeiros teasers e divulgação final para a imprensa.

As filmagens ocorreram entre 16 de abril e 01 de dezembro de 2 007.

Avatar possui 40% de suas cenas gravadas com atores reais e o restante com efeitos em computação gráfica.

Acredite se quiser, mas cada quadro com efeitos do filme levou em média 48 horas para ser finalizado.

A pré-estreia de Avatar ocorreu em 10 de dezembro de 2 009, em Londres, uma semana antes do seu lançamento nos Estados Unidos.

Avatar foi indicado em nove categorias do Oscar, mas ganhou apenas três: melhor fotografia, melhor direção de arte e melhores efeitos visuais.

James Cameron ganhou o Globo de Ouro de Melhor Diretor e Avatar de melhor filme.

Com mais de 770 mil espectadores, Avatar foi a sexta maior estreia nos cinemas do Brasil em 2 009. Ao sair de cartaz, tinha sido visto por 9 milhões de brasileiros.

Com US$ 2,7 bilhões em faturamento, Avatar é considerado até hoje o filme de maior bilheteria da história do cinema. Uma observação: se formos levar em conta a inflação, ele é vencido pela produção histórica E o Vento Levou…, de 1 939.

A personagem de Sigourney Weaver aparece fumando em várias cenas do filme. O detalhe é que a atriz não fuma, daí que a pós-produção precisou criar um cigarro digital em suas mãos.

A produção foi inúmeras vezes acusada de plágio, sendo que uma delas alegava ser o povo na’vi inspirado numa série em quadrinhos chamada Timespirits.

A sequência de Avatar estreará nos cinemas em 2 018 e além dela estão programadas mais duas continuações, uma para 2 020 e outra para 2 022 (Outras observação: parece que James Cameron adiou mais uma vez).

James Cameron não está apenas trabalhando em uma, mas em quatro continuações de Avatar. E o que ele promete para essas sequências são novos efeitos especiais, além de efeitos mais desenvolvidos.

Com a ajuda de James Cameron, a Walt Disney Company projetou uma área no Animal Kingdon, em Orlando, Estados Unidos, totalmente voltada para Avatar. Ela reproduz cenas da lua Pandora e seus animais míticos.

Fonte: Mais Que Curiosidades

18/09/2017

A VOZ INESQUECÍVEL E OS SUCESSOS DO REI DO BOLERO ALTEMAR DUTRA


Entre os cantores que morreram em virtude de derrame/aneurisma cerebral, vale lembrar de Ronaldo Resedá, Paulo Sérgio e Altemar Dutra. Este último, por exemplo, faleceu quando estava em Nova York, na prematura idade de 43 anos.
Altemar Dutra de Oliveira nasceu na cidade mineira de Aimorés, em 1940. Iniciou sua carreira em Colatina, no Espírito Santo, onde se apresentou numa rádio cantando músicas de Francisco Alves.
Antes de completar a maioridade, Altemar foi para o Rio de Janeiro onde, para conseguir ter o que comer, trabalhou em boates e casas de espetáculos. Com um pouco de sorte, conseguiu vaga para cantar em algumas dessas boates, tornando-se conhecido do meio artístico.
Conseguiu emplacar dois grandes sucessos já no seu primeiro disco: Somente Uma Vez e Saudade Que Vem. Mas o lance de sorte veio mesmo quando foi convidado para cantar no programa Boleros Dentro da Noite, uma das maiores audiências da Rádio Mundial. Nessa mesma época, assinou um contrato com a gravadora Odeon.
Não demorou para conquistar as paradas de sucesso com a música Tudo de Mim. Também não demorou para gravar uma das músicas mais marcantes de sua carreira: Que Queres Tu de Mim. Vieram também Somos Iguais, O Trovador, Concerto Para um Verão e o mega sucesso Sentimental Demais.
Com a fama, Altemar passou a se apresentar nos palcos de todo o país. Mas ele pensava alto, queria ir adiante. Investiu na carreira internacional lançando álbuns em espanhol e fez shows em diversos países da América Latina, onde vendeu cerca de 500 mil discos.
Com a carreira internacional consolidada, Altemar passou a também fazer shows nos Estados Unidos. E foi durante uma passagem por lá que sofreu um derrame cerebral que o tiraria para sempre de cena.
Sua voz se tornou inesquecível. Ele é ainda nos dias atuais lembrado como o Rei do Bolero.

17/09/2017

ANA MARIA BRAGA, FAUSTÃO E OUTROS FAMOSOS QUE VIRARAM GIBIS


Exibida nas manhãs da Globo, o programa Mais Você é comandado pela apresentadora Ana Maria Braga desde a sua estreia, em 1999. Antes de ingressar na Vênus Platinada, ela comandou programas na TV Record e Rede Tupi.
Na época em que apresentava o programa Note e Anote, na TV Record, Ana inspirou a criação de um gibi chamado Aninha. Ele foi lançado em 1998, sendo encerrado em 2001. Mas Ana não foi a primeira nem a última personalidade da TV a ser levada para o mundo do quadrinhos.
Apresentadores como Angélica, Xuxa, Gugu, Sérgio Mallandro e Faustão também tiveram seus gibis. Entre os cantores, vale lembra da dupla Leandro e Leonardo. Os atletas dos quadrinhos, houveram personagens com Ayrton Senna, Pelé e Neymar.
Um dos gibis de maior sucesso foi Pelezinho, lançado pelos estúdios de Maurício de Sousa durante a década de 1970. Maurício aproveitou a popularidade de Edson Arantes do Nascimento para criar um personagem que lembrassem muito a infância dele. O gibi do Pelezinho fez um sucesso tremendo entre a garotada, que se divertia com personagens como Frangão, Bonga, Neusinha e outros.
As histórias em quadrinhos com famosos são reflexo da popularidade dessas pessoas, como podemos notar. Um bom exemplo é a revista do New Kids on the Block, lançada pela Editora Globo na época em que a banda de adolescentes esteve em moda. Outro exemplo que vem a calhar é Leandro e Leonardo, lançado no período em que a dupla de sertanejos dominava as paradas de sucesso brasileiras.
Ao revirar o baú dos gibis antigos, encontraremos ainda Mazzaropi, Zé do Caixão, Oscarito e Grande Otelo e até Raul Seixas.

FLIPPER, O GOLFINHO SIMPÁTICO QUE FEZ PARTE DA NOSSA INFÂNCIA


É quase impossível fazer uma lista fidedigna dos animais, que, seja no cinema ou televisão, fizeram parte da nossa infância. Eis alguns: Cheeta, Benji, Rin Tin Tin, Lassie, Elza, Flipper...
Cheeta, por exemplo, era o macaco dos seriados de Tarzan. Rin Tin Tin era o cão pastor-alemão amigo do cabo Rusty na famosa série sobre a cavalaria que tanto marcou gerações. Quanto a Flipper...
A série Flipper estreou na TV norte-americana em 1964 e durou três temporadas, o que totalizou 88 episódios. Ela contava a rotina de Porter Ricks (Brian Kelly), guarda de uma reserva marinha da Flórida, e seus dois filhos, Sandy (Luke Halpin) e Bud (Tommy Norden). Eles contam com o companheirismo do golfinho Flipper, que muitas vezes ajuda os garotos a combater inimigos da vida aquática e outros tipos de vilões.
Flipper foi baseada no filme O Menino e o Delfim (imagem acima), de 1963, no qual um garoto salva um golfinho e se torna o melhor amigo dele. O detalhe é que o ator Luke Halpin interpretou o mesmo personagem tanto no filme quanto na série.
A série começou a ser exibida no Brasil pela antiga TV Excelsior, em 1978. Mais tarde, entrou na programação da TV Bandeirantes e Rede Globo. Permaneceu fora do ar durante um bom tempo, mas voltou durante os anos 90 também pela Band.
O curioso é que vários golfinhos foram “escalados” para viver o animal da série. Outra curiosidade muito interessante é que o som emitido por Flipper era, na verdade, o de um pássaro típico da Austrália.
As aventuras de Flipper tiveram mais duas adaptações para o cinema, sendo a segunda em 1996, com a participação de Elijah Wood (o Frodo de O Senhor dos Anéis).

16/09/2017

QUANDO A CASAS DA BANHA ERA "MUITO MAIS VOCÊ"

 
Um dos maiores patrocinadores do programa do Chacrinha, o Velho Guerreiro que jogava bacalhau para a plateia, era a rede supermercados Casas da Banha. Dizem que o hábito começou em virtude de um encalhe da CB.
A Casas da Banha surgiu no Rio de Janeiro em 1955 e permaneceu no mercado por mais de 40 anos. Fechou as portas em 1999, depois uma decadência tortuosa e lenta.
Em seu auge, ela chegou a possuir 230 lojas em todo o país, além de 18 mil funcionários. Seu garoto propaganda era um porquinho que, em comerciais feitos em animação, anunciava as ofertas da semana. E seu mais inesquecível slogan era "Muito Mais Você".
Com boa parte dos supermercados em tamanho médio, a CB era uma das principais concorrentes do poderoso Pão-de-Açúcar.
A Casas da Banha era tão famosa que foi mencionada em músicas de Raul Seixas e Titãs.