07/10/2017

A ASCENSÃO E A INACREDITÁVEL QUEDA DAS LOJAS ARAPUÃ

 
As principais varejistas de eletro e móveis da atualidade são Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Lojas Cem, Ricardo Eletro, Insinuante, Lojas Americanas e Lojas Colombo. Uma das mais tradicionais é a Casas Bahia, fundada no ABC paulista por Samuel Klein. Mas no passado elas tiveram concorrentes de peso como Casas Buri, Tamakavy, G. Aronson, Casa Centro e Arapuã.
Com dezenas de lojas em vários estados brasileiros, a Arapuã surgiu na cidade paulista de Lins, em 1957. Foi fundada por Jorge Simeira Jacob depois que ele herdou uma loja de tecidos do pai chamada Nossa Senhora Aparecida. Ele resolveu não ficar apenas “nos panos” e vender eletrodomésticos, inicialmente da marca Wallita. A ideia deu tão certo que, com o passar do tempo, Jacob deixou de comercializar tecido e voltar-se apenas para o ramos de eletrodomésticos.
A empresa cresceu de tal forma que se tornou líder no segmento de eletrodomésticos no país. Em seu auge, teve 265 lojas e mais de 2 mil funcionários. Chegava a anunciar com frequência em jornais e canais de TV. Seu slogan era “Ligadona em Você”. Tinha um pica-pau como garoto propaganda. Fez parte do grupo Fenícia, que englobava empresas como Neugebauer, GG Presentes, Banco Fenícia e Etti.
A ascensão da Arapuã foi rápida, mas a queda também. Atolada em dívidas, ela pediu concordata em 1998. Devia R$ 1 bilhão, mas pagou apenas R$ 200 mil aos credores. Isso colaborou para que um juiz decretasse sua falência em 2003. Mas, por incrível que pareça, ela sobreviveu graças aos recursos da defesa junto ao Superior Tribunal de Justiça.
Quase todas as lojas fecharam, restando apenas um fantasma da antiga rede. Hoje, a Arapuã possui 12 lojas que comercializam com outro nome roupas baratas nas periferias de São Paulo e Belo Horizonte.

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