03/12/2017

CABEÇA DINOSSAURO, O DISCO QUE LEVOU O TITÃS PARA A NATA DA MÚSICA BRASILEIRA

 
O grupo Titãs surgiu em 1982 com nada menos que nove integrantes: Tony Belotto, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer, Sérgio Britto, Paulo Miklos, Branco Mello, Ciro Pessoa e André Jung (um detalhe: Charles Gavin só entraria mais tarde). Começou fazendo pequenas apresentações em casas como a paulistana Sesc Pompeia. Lançaram o primeiro disco em 1984, chamado apenas Titãs.
Graças a músicas como Sonífera Ilha, começaram a se apresentar em programas de auditório como Cassino do Chacrinho e se tornarem nacionalmente famosos. Mas o grupo só ganhou a admiração da crítica quando lançou o terceiro álbum: Cabeça Dinossauro.
Considerado pela revista Rolling Stone um dos 100 melhores álbuns de MPB de todos os tempos, Cabeça Dinossauro foi lançado em 1986. Trazia músicas como Aa-Uu, Polícia, Bichos Escrotos, Homem Primata e A Face do Destruidor, todas bem recebida tanto pelos críticos quanto pelo público.
Uma das coisas que mais chamam a atenção nos shows do Titãs é revezamento de vocais. Isso também ocorre nos discos. As faixas de Cabeça Dinossauro são cantadas por cinco integrantes do grupo. A canção mais longa é O Que, interpretada por Arnaldo Antunes.
O sucesso de Cabeça Dinossauro ajudou em muito a carreira da banda, que, como todos sabem, foi uma das melhores representantes do rock made in Brazil dos anos 1980.
A faixa Polícia ganhou uma versão pesada (muita pesada) feita pelo grupo de thrash Sepultura. Estado Violência foi regrava pelo Biquini Cavadão. O grupo de pagode Molejo fez uma versão de Família para o samba.
O álbum foi executado na íntegra nos palcos anos mais tarde, transformando-se em CD, DVD, Blu-Ray e download digital. Chamado Cabeça Dinossauro Ao Vivo, ele representou um marco na história da banda. Transformou-se também em livro e peça de teatro.
A banda ainda lançaria outros dois álbuns antológicos: Õ Blésq Blom e Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas. Mas sempre é Cabeça Dinossauro o mais lembrado nas enquetes sobre os melhores trabalhos do Titãs. Por sinal, foi eleito o sétimo melhor disco de música brasileira pela rádio Eldorado e jornal O Estado de S. Paulo.

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