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18/04/2018

O SURGIMENTO, APOGEU E DECADÊNCIA DA FÁBRICA NACIONAL DE MOTORES


 
Com sede na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, a Fábrica Nacional de Motores (conhecida também como Fenemê) foi uma empresa do ramo automobilístico especializada na fabricação de caminhões.
A Fábrica Nacional de Motores foi inaugurada em 1942 e tinha como principal articular o então presidente da República Getúlio Vargas. Na verdade, quem teve a ideia foi o coronel Antônio Guedes Muniz. Sua intenção era produzir motores para aviões, o que foi possível através da uma sociedade com a norte-americana Curtiss-Wright.
A FNM produziu motores para aviões até 1946, quando a demanda sofreu uma queda expressiva por causa de fatores como o final da Segunda Guerra Mundial. Eurico Gaspar Dutra, o novo presidente, não parecia nem um pouco interessado na empresa. Muniz teve que coloca-la para produzir bicicletas, eletrodomésticos e até máquinas industriais. As coisas só viriam a mudar mesmo em 1949 quando, através de um acordo com a marca italiana Isotta Fraschinni, a empresa começou a produzir caminhões no Brasil.
O primeiro modelo a sair da linha de produção foi o D-7.300, cujas peças eram importadas da Itália. O problema: a Isotta logo abriu quebrou, interrompendo o envio de peças para cá.
Como solução, os administradores da FNM fizeram acordo com outra empresa de origem italiana: a Alfa-Romeo. Foi assim que surgiu o modelo D-9.000 e, pouco tempo depois, o D.11.000, que se tornaria o maior clássico da empresa.
Um dos projetos mais ousados da marca foi a produção do FNM 2.000-JK, no início da década de 1960, um carro de luxo com parecido com os modelos Alfa Romeos que circulavam na Europa. Mas...
Veio o golpe militar e um interventor foi nomeado para a empresa. E a empresa foi praticamente “doada” para a Alfa Romeo.
Nas mesmas linhas de produção dos caminhões, o que não significou o fim definitivo da marca. Modelos como o caminhão FNM-180 continuaram saindo de lá, pelo menos até 1980. Ela foi adquirida pela recém-chegada FIAT e extinta naquele ano.
A Fábrica Nacional de Motores foi a primeira montadora do Brasil. Produziu caminhões que deixaram saudades em muitas gente, além de muitos fãs e colecionadores.

01/04/2018

UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O SURGIMENTO E ASCENSÃO DA PUMA



Lembra da marca de caminhões de pequeno porte e carros esportivos Puma? Ao contrário do que pensam alguns, ela não desapareceu totalmente do mercado. Produz atualmente dois modelos de automóveis: o Puma 52 (fabricado apenas para corridas) e o Puma Luminari.
A Puma ficou famosa no passado graças ao modelo GT, um automóvel esportivo que conquistou muitos brasileiros. Em seu apogeu, o GTE era tão desejado quanto um Porsche ou Ferrari.
A marca foi fundada em 1964 por Genaro “Rino” Malzoni. Seus primeiros modelos estrearam no Grande Prêmio das Américas, no autódromo de Interlagos. O detalhe é que logo na estreia ele desbancou marcas consagradas de automóveis de corridas.
Esses primeiros modelos estrearam com o nome Malzoni. Foram produzidas 15 unidades, vendidas para amigos de Rino Malzoni. Só em 1966, com carroceria Luminari e motor DKW que começou a produção em grande escala do modelo GT.
Em 1968, Malzoni trocou o motor DKW pelo Karman-Ghia. Com a compra da KG pela Volkswagen, ele acabou adotando o mesmo motor do Fusca.
Dois anos depois, é produzido o Puma 1600 GTE, surgiu o Puma 1600 GTE. Mais tarde, surgiram outros modelos que marcaram história como o conversível GTE Spider e o Puma GTS.
Um dos modelos mais caros vendidos pela marca foi o GTB, com cara de automóvel esportivo de grande porte. Tinha motor de seis cilindros e câmbio do Chevrolet Opala.
O enfraquecimento institucional da empresa, bem como os problemas de saúde de Rico Malzoni (transformado em sócio minoritário pelos novos proprietários da marca), levaram a Puma a uma crise da qual ela demoraria a sair.
O golpe fatal veio no início dos anos 1990, com a abertura do mercado aos automóveis importados. Porsches, Ferraris, Lamborghinis, Maseratis e outros carrões começaram a invadir as ruas brasileiras, até a Puma sumir do cenário.
Até alguém ter a ideia de ressuscitar a marca no início dos anos 2010.

16/03/2018

UMA PEQUENA E BREVE HISTÓRIA DAS LIVRARIAS SICILIANO



Entre as principais livrarias da São Paulo dos anos 70 e 80, cabe lembrar da Saraiva, Nobel, Brasiliense e Siciliano. Estas duas últimas possuíam lojas em pontos bastante movimentados do Centro, por onde passavam cerca de 1 milhão de pessoas por dia. Mas vamos falar da Siciliano.
A Livraria Siciliano surgiu em 1928, quando o senhor Pedro Siciliano revolveu abrir um pequeno negócio para distribuir as publicações dos grupos Marinho e Chateaubriand, entre outros. Eram publicações como a Revista da Semana, A Cigarra, O Cruzeiro etc. Com o passar dos anos, o negócio se expandiu e a Siciliano passou a vender outras publicações, inclusive para cidades mais afastadas da capital paulista.
Mas os negócios da família tiveram um crescimento expressivo mesmo durante os anos 1940, quando Oswaldo Siciliano, filho do fundador, assumiu a batuta da empresa. Ele “incrementou” a quantidade e variedade de produtos. Publicações importadas dos Estados Unidos, chamadas por lá de pocket books passaram a ser vendidas por Siciliano. Ocorreu também a inauguração da primeira livraria, no Centro de São Paulo.
Desde então, a Siciliano não parou mais de crescer. Livrarias foram abertas em outras cidades da grande SP, bem como nas demais capitais do país. A Siciliano chegou aos shoppings e, na década de 1990, inaugurou sua primeira megastore.
Na segunda metade dos anos 80, foi criada a editora Siciliano que, num primeiro momento, publicou títulos de grande interesse para o público. Anos mais tarde, de olho no mercado de informática, ela adquiriu a editora Berkeley, especializada nesse segmento.
A empresa passou a contar com mais de 60 lojas em todo o Brasil. Mas as dificuldade financeiras (inclusive por causa de brigas familiares) deixaram o grupo em má situação. A Siciliano acabou sendo adquirida pela Saraiva, que, num primeiro momento, trabalhou com a marca Siciliano-Saraiva.
Cerca de 17 lojas da marca foram mantidas pelo grupo Saraiva. Só que, com o passar do tempo, adotaram definitivamente o nome do comprador, sumindo assim do ramo de livrarias.

15/02/2018

A BREVE HISTÓRIA DO BANCO REAL OU COMO ELE FOI ABSORVIDO PELO SANTANDER

 
Com mais de 85 anos de história, o Banco Real foi aos poucos absorvido pelo Santander, sumindo definitivamente de cena. A troca do nome real para Santander iniciou-se em 2010.
O Banco Real foi fundado em 1925 por Clemente Faria como Banco da Lavoura de Minas. Mudou de nome apenas em 1971, quando a família Faria resolveu chamá-lo de Banco Real. A partir de então, teve um crescimento expressivo, passando a abrir agências em todas as unidades da federação.
No início dos anos 2000, foi adquirido pelo holandês ABN Amro que, por sua vez, foi adquirido por um consórcio formado pelo belgo-holandês Fortis, britânico Royal Bank of Scotland e espanhol Santander. Uma vez que o Santander ficou com as operações na América Latina, acabou assumindo o controle do Real.
Quando foi comprado pelo ABN Amro mudou o logotipo para que ficasse mais parecido com o logo do novo proprietário. Fachadas e produtos como cheques e cartões também absorveram o verde e amarelo do banco holandês. No momento em que o Santander assumiu o controle das suas operações manteve a mesma identidade, mas somada ao visual do banco espanhol.
De início, o banco passou a se chamar Real Santander, mas mudou apenas para Santander. Cabe lembrar que o banco de capital espanhol tinha anteriormente adquirido o Sudameris e o Banespa.
O Real tinha um faturamento de 14,7 milhões de reais em 2007, além de 33 mil funcionários.
Entre os seus slogans estavam “O melhor está no Real” e “O banco da sua vida”.

31/01/2018

18 CURIOSIDADES SOBRE O SURGIMENTO, APOGEU E QUEDA DA TV MANCHETE



A Rede Manchete de Televisão surgiu em 5 de junho de 1 983 e desapareceu em 10 de maio de 1 999. Foi fundada pelo empresário Adolpho Boch, proprietário da Bloch Editores.

Fundador da Rede Manchete, o imigrante ucraniano Adolpho Bloch nasceu em 1908 na cidade de Jitomir e faleceu em 1995, no Rio de Janeiro. De família judia, seu nome de nascimento era Avram Yossievitch Bloch.

A Bloch Editores foi durante muito tempo uma das maiores empresas do ramo editorial brasileiro. Suas revistas mais conhecidas foram Pais e Filhos, Fatos e Fotos, Amiga, Sétimo Céu, Revista Geográfica Universal e Manchete. A principal publicação foi a revista semanal Manchete, que deu nome à televisão.

A revista Manchete circulou de 1952 a 2000. Foi a principal concorrente da revista O Cruzeiro nos anos 50 e 60. Com o fim da O Cruzeiro, concorreu quase em pé de igualdade com a revista semanal Veja.

O primeiro programa a entrar no ar pela Rede Manchete foi um show ao vivo chamado Mundo Mágico, com a apresentação de diversos artistas e grupos musicais brasileiros. Em seguida, foi transmitido o primeiro filme: Contatos Imediatos do 3º Grau, de Steven Spielberg.

O primeiro comercial a entrar no ar pela nova Rede Manchete de Televisão foi do lubrificante para automóveis Lubrax 4.

A Manchete foi a primeira emissora a exibir ao vivo os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro direto do recém-inaugurado sambódromo.

As novelas de maior sucesso do canal foram Tocaia Grande, Dona Beija, Kananga do Japão, Xica da Silva, Mandacaru e Pantanal. Exibida entre março e dezembro de 1990, Pantanal chegou a bater a audiência da poderosa Rede Globo.
Uma curiosidade sobre a novela Pantanal: ela foi escrita por um dos principais autores da própria Rede Globo, o novelista Benedito Ruy Barbosa. A direção coube a Jaime Monjardin, também da Globo.

Pantanal foi reprisada 18 anos depois pelo SBT. Detalhe: ela voltou a empatar e, em uma ocasião, a bater a audiência da Vênus Platinada.

Você sabia que o apresentador Silvio Santos fez uma ponta interpretando ele mesmo na novela Carmen?

Xica da Silva não fez sucesso apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. A popularidade da protagonista interpretada pela atriz Thaís Araújo foi tamanha que ela chegou a ser apontada como um dos 50 rostos mais bonitos do mundo em 1997. Thaís também foi convidada para fazer uma ponta na novela colombina Bete, a Feia interpretando ela mesma.

Os maiores fiascos da Manchete foram as novelas Amazônia e Brida. Amazônia tentou repetir a fórmula de Pantanal, mas quase levou a emissora à falência. Baseada na obra de Paulo Coelho, Brida foi repentinamente tirada do ar no capítulo 54. No final daquele capítulo, um narrador contou o final da trama e… “the end”. Pouquíssimo tempo depois, a própria Manchete sairia definitivamente do ar.

A Rede Manchete foi a responsável por lançar a modelo Maria da Graça Meneghel, mais conhecida como Xuxa, como apresentadora de televisão. A estreia aconteceu em 1986 no programa Clube da Criança.

Com a ida de Xuxa para a Rede Globo, onde estreou o Xou da Xuxa, Maria da Graça foi substituída por Angélica.

Apresentado pelo ator Jack Palance, o programa Acredite se Quiser (o nome original é Ripley’s Believe It or Not) chegou a ameaçar a liderança do humorístico Viva o Gordo da Rede Globo.

A Manchete transmitiu diversas séries e desenhos animados japoneses. O desenho de maior sucesso foi Cavaleiros do Zodíaco – uma verdadeira febre entre a garotada na época da sua exibição.

O primeiro slogan da Rede Manchete foi “A Televisão do Ano 2 000”. Ela, no entanto, não sobreviveu até o ano 2 000.

Fontes: Wikipédia, Mais Que Curiosidades.

19/01/2018

COMO A VARIG SE TORNOU A MAIOR EMPRESA DE AVIAÇÃO COMERCIAL BRASILEIRA

 
A Varig, ou Viação Aérea Rio-Grandense, foi criada em 1927 na cidade de Porto Alegre pelo imigrante alemão Otto Ernst Meyer. O primeiro funcionário da nova empresa foi Rubem Berta, que se tornou presidente em 1941, permanecendo no cargo até sua morte, em 1966.
A Varig foi a primeira grande companhia aérea brasileira. Começou com um pequeno hidroavião com capacidade para nove passageiros. O primeiro avião com trem de pouso só foi adquirido cinco anos depois da sua fundação. Mas como não parava de crescer, a companhia logo inauguraria a sua primeira ponte aérea internacional, fazendo a rota Porto Alegre-Montevidéu em 1942.
A maior expansão da empresa ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Já na década de 50 era conhecida como a maior empresa aérea brasileira e, nos anos posteriores, como uma das maiores do mundo. Passou a ligar as grandes capitais brasileiras a cidades importantes da América, Europa, África e Ásia.
Ao longo dos anos, a Varig não apenas continuou crescendo como adquirindo outras empresas do setor. Em 1975, adquiriu o controle acionário da Cruzeiro do Sul, passando durante algum tempo a se chamar Varig-Cruzeiro.
Entre os aviões considerados “clássicos” operados pela companhia, vale lembrar dos Electra II, que faziam a ponte aérea Rio-São Paulo. Outra aeronave inesquecível foi o Boeing 747, que operava linhas como São Paulo-Paris.
A Varig continuou dominando os céus do Brasil durante um tempo bastante longo, apesar de possuir concorrentes poderosos, como Transbrasil e Vasp.
A decadência da empresa começou ainda nos anos 1990, se acentuando durante a década de 2000. Com dívidas de mais de 7 bilhões de reais, o sufoco financeiro se tornava cada vez maior. Vale lembrar que a Varig passou a concorrer com duas empresas agressivas na disputa pelo mercado: Tam (atual Latam) e Gol.
O último voo comercial operado pela Varig ocorreu em novembro de 2009. Em 2010, foi decretada a sua falência. A marca foi adquirida pelo Gol, que operou aeronaves sob a bandeira Nova Varig.

06/01/2018

12 COISAS QUE VOCÊ DEVIA SABER SOBRE A MARCA DE AUTOMÓVEIS DKW-VEMAG

 
A DKW foi fundada pelo engenheiro alemão Jörgen Skafte Rasmussen. Os automóveis da marca começaram a ser produzidos quando, em 1928, ele adquiriu a maioria das ações da empresa Audi. Chamado de F1, o primeiro DKW surgiu em 1931.

Os quatro anéis da Audi, um dos principais fabricantes de automóveis de luxo da Alemanha atualmente, surgiram como símbolo da união entre Audi, DKW, Horch e Wanderer. Detalhe: a Audi pertence ao grupo Volkswagen.

A união entre Audi, Horch, Wanderer e DKW surgiu em 1932, adquirindo o nome Auto Union. O detalhe é que enquanto a Horch ficou com os modelos de automóveis de alto luxo, a DKW permaneceu com os mais populares.

O F1 foi o modelo mais vendido da Auto Union/DKW. Até o final da sua produção na Alemanha, em 1942, foram comercializadas 270 mil unidades.

O embrião da Vemag foi a Distribuidora de Automóveis Studebaker Ltda, surgida em 1945 com o objetivo inicial de fabricar automóveis da marca Studebaker no Brasil.

A Vemag propriamente dita surgiu em 1952 como fruto da união entre a Distribuidora de Automóveis Studebaker com a Elit Equipamentos para Lavoura e Máquinas Agrícolas. Em tempo: Vemag significa Veículos e Máquinas Agrícolas S/A.

A DKW-Vemag surgiu através de um acordo entre a alemã DKW e a brasileira Vemag. Entre os modelos produzidos com a mecânica DKW destacam-se o sedã Belcar, a wagon Vemaguet, o cupê Fissore e o jipe Candango.

Um dos primeiros modelos produzidos pelo acordo DKW-Vemag foi a wagon DKW F-91. Ela era montada no Brasil com peças importadas da Alemanha. Detalhe: sua produção começou antes mesmo da efetivação da parceria entre as duas empresas.

O Grande DKW-Vemag e a Perua DKW-Vemag foram a partir de 1961 chamados de Belcar e Vemaguet. O jipe Candango começou a ser produzido em 1962 e o Fissore, em 1964.

O Belcar acabou ganhando essa denominação por ser uma abreviação da expressão inglesa “beautiful car”.

Os boatos sobre os fim dos automóveis DKW-Vemag ganharam força a partir de 1965, quando a Volkswagen adquiriu a Auto Union, transformando-a em Audi.

A subsidiária brasileira da Volkswagen adquiriu a DKW-Vemag em setembro de 1967. Apesar da promessa de continuar com a marca, ela foi extinta poucos meses depois.

01/12/2017

OS TEMPOS ÁUREOS E A LENTA DECADÊNCIA DA SHARP DO BRASIL

 
Os comerciais de TV da empresa de eletroeletrônicos Sharp do Brasil chamavam a atenção pela beleza e trilha idílica. Eram geralmente animações com animais mágicos e cenas surrealistas. Tinham como principais fãs as crianças. Mas o que aconteceu com a Sharp? Por que, ao contrário da Sharp japonesa, a filial brasileira praticamente sumiu do mercado?
Convém lembrar que a Sharp não desapareceu totalmente do mercado brasileiro. Ela continua ainda na ativa, embora de maneira mais tímida. Comercializa impressoras digitais, monitores de computador e outro produtos. Até o início dos anos 2000, porém, o portfólio da Sharp era muito maior. Seus principais carros-chefes eram as calculadoras de mesa, aparelhos de som 3 em 1, rádios, câmeras de vídeo e televisores.
Os direitos de produção dos produtos Sharp foram adquiridos pelo executivo Matias Machline em 1965. O grupo Sharp fornecia apenas o nome e o know-how para a fabricação de seus produtos.
Executivo de sucesso, Machline chegou a ter 30 empresas, quase todas ligadas à área de tecnologia. Foi pioneiro na fabricação de computadores no país, beneficiado em grande parte pela antiga reserva de mercado da área. A situação do grupo Sharp começou a mudar com a abertura de mercado e posterior inundação das prateleiras brasileiras por produtos de alta tecnologia (e, convenhamos, alguns com qualidade superior). Mas a coisa ficou preta mesmo foi coma súbita morte de Machline num acidente aéreo nos Estados Unidos.
Podemos dizer que a filial brasileira estava na mão de uma única pessoa. Dizem que sequer havia um conselho administrativo para substituir Matias Machline. A empresa entrou em franca decadência. Seus produtos mais vendidos começaram aos poucos a sumir do mercado. A crise chegou a um ponto em que a empresa japonesa precisou disputar o nome Sharp no Brasil.
A Sharp foi um dos principais fabricantes de TV do país. Concorreu com marcas como Telefunken, Toshiba, Mitsubishi e National.

21/11/2017

LEMBRANÇA DA CICA, QUE "BONS PRODUTOS INDICA"

 
Um dos produtos mais conhecidos do consumidor brasileiro é o extrato de tomate Elefante, comercializado atualmente com a máquina Knorr. Com o personagem Jotalhão na embalagem, ele foi um dos carros-chefes da Companhia Industrial de Conservas Alimentícias, mais conhecida como CICA.
A CICA foi fundada em 1941, na cidade paulista de Jundiaí, como resultado de uma associação entre as famílias Bonfigliolli, Messina, Guerazzo e Guzzo, entre outras. A primeira fábrica foi construída na rua Cica, no Jardim Cica.
O primeiro produto comercializado com a marca CICA foi justamente o extrato de tomate. A expressão “extrato de tomate” era facilmente visível para todos que chegavam na fábrica. Mas a empresa começou a diversificar sua linha de produtos já em 1942, quando lançou a geleia, a azeita e as frutas em conserva.
Com o passar dos anos, a gama de produtos com a sua marca só fez crescer. A CICA se transformou numa das maiores empresas do setor alimentício da América Latina. Entre os produtos mais famosos estavam as ervilhas Jurema. Outro produto bastante conhecido foi o molho de tomate Pomodoro. Isso sem esquecer a geleia Turma da Mônica. E o que dizer da maionese Gourmet?
O slogan mais famoso da CICA era “Se a marca é Cica, bons produtos indica”.
Curiosamente, o elefante Jotalhão só passou a estampar as embalagens do extrato de tomate Elefante em 1979. Ele tinha sido criado para uma campanha publicitária que não foi adiante, mas acabou sendo oferecido para a CICA.
A CICA foi vendida para o grupo Gessy-Lever (atual Unilever) no início dos anos 1990. Atualmente, pertence ao grupo Cargill, que ainda a mantém viva em um ou outro produto.

07/11/2017

A MODA MASCULINA E O MARKETING AGRESSIVO DA DUCAL

 
A Ducal Roupas foi uma rede lojas de roupas masculinas bastante popular entre os anos 1950 e 1960. Tinha lojas nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
O detalhe é que a Ducal não era apenas uma marca, mas um conjunto de empresas que incluía desde agências de publicidade até lojas de eletrodomésticos. Os supermercados Dado, que foi muito conhecido no Rio de Janeiro, também faziam parte do grupo.
O nome Ducal era uma alusão ao título de duque, além da junção das palavras “duas calças” (lembrando que quem comprava um paletó e uma calça, levava mais uma calça).
A Ducal surgiu em 1950, quando o jovem José Vasconcelos de Carvalho, então com 30 anos, associou-se aos primos José Cândido e José Luiz Moreira de Souza e abriu uma fábrica de roupas, além da primeira Ducal no Rio de Janeiro. Uma das primeiras estratégias de marca da nova loja era a promoção das “duas calças”.
Com forte investimento em marketing – sobretudo nos esportes, cabe aqui frisar – a Ducal teve garotos-propaganda famosos como Pelé e Emerson Fittipaldi. Patrocinou um programa esportivo chamado Ducal nos Esportes.
A última loja Ducal fechou as portas em 1986, no Rio de Janeiro. A inflação alta, os custos elevados da produção e as mudanças de comportamento do consumidor levaram o grupo à falência.

28/10/2017

CONFIRA A TRAJETÓRIA DA ELETRORADIOBRAZ, DE LOJINHA DE BAIRRO A GIGANTE DO VAREJO

 
A Eletroradiobraz surgiu no bairro paulistano do Brás – mais propriamente na famosa avenida Rangel Pestana – nos anos 1940 como uma loja de conserto de eletrodomésticos. Foi fundada pelo senhor Ayme Taub e sua esposa Anita Taub.
A empresa de consertos de rádios, ferros de passar roupa e outros produtos eletroeletrônicos começou a mudar quando passou para as mãos de Carlos Taub, filho do casa de fundadores. Ele resolveu diversificar o negócios e vender aparelhos eletrônicos, e em seguida, roupas masculinas e femininas.
O negócio começou a crescer de tal forma que a pequena loja de conserto acabou se transfigurando numa grande magazine onde era possível comprar praticamente tudo, de sapatos a geladeiras. Passou a ocupar um prédio de sete andares interligados por passarelas.
O crescimento da Eletroradiobraz não parou mais a partir desse momento. A empresa abriu o capital nos anos 1970, o que possibilitou que variasse os seus negócios. O primeiro hipermercado surgiu em 1971 com a denominação Baleia (talvez para concorrer com o Jumbo) no bairro da Água Branca, em São Paulo. Ela também passou a contar com um grande depósito na rodovia Anhanguera, também na capital paulista, de onde saiam os caminhões que entregavam os produtos nas residências dos compradores. Aliás...
O crescimento deu origem a outras empresas, entre as quais a Eletroradiobraz Veículos (que era concessionária da Chevrolet), Ebrace Construções, Elagro Agropecuária etc. O grupo passou a contar com 16 magazines, 26 hipermercado e 8 supermercados. Até que recebeu uma proposta tentadora do Grupo Pão-de-Açúcar.
Só não diremos que a Eletroradiobraz sumiu da noite para o dia porque o Pão-de-Açúcar manteve o nome Eletro na nova cadeia de lojas: o Jumbo-Eletro. Ocorreu uma fusão dos supermercados Jumbo com a Eletro, que resultou no Jumbo-Eletro. O elefante simplesmente se casou com a baleia. Com o tempo, a nova cadeia também desapareceu sob a bandeira Extra-Eletro e, mais tarde, deu lugar a Casas Bahia e Ponto Frio.
Mas aí já é outra história...
Fontes: Wikipédia, Falando de Gestão.

17/10/2017

AS INESQUEÇÍVEIS CAMPANHAS PUBLICITÁRIAS DO ANTIGO BAMERINDUS

 
O banco Bamerindus patrocinou algumas das campanhas publicitárias mais inesquecíveis da TV brasileira. Uma delas tinha o ator Toni Lopes – cuja barba chamava a atenção do público – como garoto propaganda. Ele costumava dizer ao fim do comercial: “Ah, esse Bamerindus”. Outra propaganda memorável apresentava um trio musical que sempre cantava “o tempo passa/o tempo voa/e a poupança Bamerindus continua numa boa”. A terceira era, na verdade, uma campanha institucional chamada “O Brasil se faz com gente que faz”. Era sempre exibida aos sábados, antes do Jornal Nacional. Apresentava casos de ONGs e pessoas comuns que de alguma forma faziam trabalhos voluntários.
O Banco Mercantil e Industrial do Paraná (Bamerindus) tinha sede em Curitiba, na capital paranaense. Foi fundado em 1929 por Avelino Antônio Vieira, na cidade de Tomazina. Cresceu de tal forma que se tornou uma das maiores instituições financeiras da América Latina. Chegou a concorrer quase em pé de igualdade com concorrentes como Itaú e Banco do Brasil.
Mas em 1994 o banco entrou em dificuldade e entrou para o programa de recuperação econômica do sistema financeiro, conhecido como PROER. Sofreu uma intervenção do governo e foi vendido para o HSBC.



07/10/2017

A ASCENSÃO E A INACREDITÁVEL QUEDA DAS LOJAS ARAPUÃ

 
As principais varejistas de eletro e móveis da atualidade são Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Lojas Cem, Ricardo Eletro, Insinuante, Lojas Americanas e Lojas Colombo. Uma das mais tradicionais é a Casas Bahia, fundada no ABC paulista por Samuel Klein. Mas no passado elas tiveram concorrentes de peso como Casas Buri, Tamakavy, G. Aronson, Casa Centro e Arapuã.
Com dezenas de lojas em vários estados brasileiros, a Arapuã surgiu na cidade paulista de Lins, em 1957. Foi fundada por Jorge Simeira Jacob depois que ele herdou uma loja de tecidos do pai chamada Nossa Senhora Aparecida. Ele resolveu não ficar apenas “nos panos” e vender eletrodomésticos, inicialmente da marca Wallita. A ideia deu tão certo que, com o passar do tempo, Jacob deixou de comercializar tecido e voltar-se apenas para o ramos de eletrodomésticos.
A empresa cresceu de tal forma que se tornou líder no segmento de eletrodomésticos no país. Em seu auge, teve 265 lojas e mais de 2 mil funcionários. Chegava a anunciar com frequência em jornais e canais de TV. Seu slogan era “Ligadona em Você”. Tinha um pica-pau como garoto propaganda. Fez parte do grupo Fenícia, que englobava empresas como Neugebauer, GG Presentes, Banco Fenícia e Etti.
A ascensão da Arapuã foi rápida, mas a queda também. Atolada em dívidas, ela pediu concordata em 1998. Devia R$ 1 bilhão, mas pagou apenas R$ 200 mil aos credores. Isso colaborou para que um juiz decretasse sua falência em 2003. Mas, por incrível que pareça, ela sobreviveu graças aos recursos da defesa junto ao Superior Tribunal de Justiça.
Quase todas as lojas fecharam, restando apenas um fantasma da antiga rede. Hoje, a Arapuã possui 12 lojas que comercializam com outro nome roupas baratas nas periferias de São Paulo e Belo Horizonte.

01/10/2017

BANCO NACIONAL - O PATROCINADOR DE AYRTON SENNA QUE SUMIU REPENTINAMENTE DO MERCADO


Algumas fotos do piloto Ayrton Senna – ainda hoje um dos maiores esportistas da história do Brasil – possuem detalhes que chamam a atenção das gerações mais novas. Um deles diz respeito aos nomes de patrocinadores como o Banco Nacional.
Considerado um dos maiores bancos brasileiros até a década de 1990, o Banco Nacional surgiu como Banco Nacional de Minas Gerais. Foi fundado durante os anos 40 por Waldomiro de Magalhães e pelo ex-governador mineiro Magalhães Pinto.
O Nacional cresceu rapidamente, chegando a competir em pé de igualdade com gigantes como Bradesco, Real, Bamerindus, Banespa e Itaú. Chegou a possuir em torno de 40 mil funcionários, 400 agências e 1,2 milhão de clientes.
O banco foi um dos principais patrocinadores do esporte durante muito tempo.
Além do piloto Ayrton Senna, chegou a patrocinar times de futebol como os cariocas Fluminense e Vasco. Senna era também o maior garoto propaganda do Nacional, chegando a fazer comerciais para ele. Aliás, o mais conhecido slogan do banco era “O banco que está a seu lado”.
Em dificuldades financeiras, o Nacional sofreu uma intervenção do Banco Central. Seus ativos foram transferidos para o Unibanco e seus passivos ficaram com o Banco Central.
Apesar de não ter oficialmente falido, o Nacional nunca mais se recuperou.

22/09/2017

SAUDADES DOS BRINQUEDOS TROL, QUE DAVA BONS MOTIVOS PARA SER CRIANÇA



Localizada na divisa entre os municípios de São Paulo, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul, o galpão onde funcionava a antiga Indústria de Brinquedos Trol é ainda hoje referência para muitos moradores do ABC. Existe um ônibus que faz o trajeto Santo André/Fábrica Trol. Mas a Trol abriu falência há quase 30 anos.
A Trol foi uma importante fabricante de brinquedos brasileiro, responsável pela criação dos velocípedes de plásticos Velotrol e boneca Pierina. Nos anos 1970, ela trouxe para o mercado as mini-bonecas Fofolete, que se transformou numa verdadeira mania entre as meninas. Quase na mesma época, lançou a miniatura do robô R2D2, da série Star Wars, uma mania que pegou muitos meninos. Mas a linhas de brinquedos mais famosa foi, sem dúvida, a Playmobil Systems.
Lançada dois anos antes na Alemanha, a Playmobil fez um sucesso inesperado no Brasil. Era um linha de brinquedos que vinha com inúmeros apetrechos e acessórios, todos de plástico. Aliás...
A Trol foi fundada em 1935 pelo imigrante alemão Ralph Rosenberg. Começou como uma fábrica de botões, mas acabou com o tempo se tornando uma empresa especializada em produtos de plásticos. Desde sua criação até pelo menos a primeira metade da década de 1980, ela nunca deixou de crescer. Além de brinquedos, produzia produtos de plásticos como baldes, bacias, saleiros, potes de cozinha etc.
Durante os anos 1970/80, foi dirigida por Dilson Funaro, ministro da Fazenda durante o governo do ex-presidente José Sarney. Com a morte de Funaro, a empresa acabou fechando definitivamente as portas. Tanto a filial do ABC (que ficava ao lado da Via Anchieta) quanto a representante de Manaus encerraram definitivamente a produção.
Para quem cresceu brincando com o Velotrol ou colecionando Fofoletes das mais diversas cores, restou a doce lembrança de uma marca cujo lema tinha tudo a ver com a infância: “Trol, bom motivo para ser criança”.