16/03/2018

UMA PEQUENA E BREVE HISTÓRIA DAS LIVRARIAS SICILIANO



Entre as principais livrarias da São Paulo dos anos 70 e 80, cabe lembrar da Saraiva, Nobel, Brasiliense e Siciliano. Estas duas últimas possuíam lojas em pontos bastante movimentados do Centro, por onde passavam cerca de 1 milhão de pessoas por dia. Mas vamos falar da Siciliano.
A Livraria Siciliano surgiu em 1928, quando o senhor Pedro Siciliano revolveu abrir um pequeno negócio para distribuir as publicações dos grupos Marinho e Chateaubriand, entre outros. Eram publicações como a Revista da Semana, A Cigarra, O Cruzeiro etc. Com o passar dos anos, o negócio se expandiu e a Siciliano passou a vender outras publicações, inclusive para cidades mais afastadas da capital paulista.
Mas os negócios da família tiveram um crescimento expressivo mesmo durante os anos 1940, quando Oswaldo Siciliano, filho do fundador, assumiu a batuta da empresa. Ele “incrementou” a quantidade e variedade de produtos. Publicações importadas dos Estados Unidos, chamadas por lá de pocket books passaram a ser vendidas por Siciliano. Ocorreu também a inauguração da primeira livraria, no Centro de São Paulo.
Desde então, a Siciliano não parou mais de crescer. Livrarias foram abertas em outras cidades da grande SP, bem como nas demais capitais do país. A Siciliano chegou aos shoppings e, na década de 1990, inaugurou sua primeira megastore.
Na segunda metade dos anos 80, foi criada a editora Siciliano que, num primeiro momento, publicou títulos de grande interesse para o público. Anos mais tarde, de olho no mercado de informática, ela adquiriu a editora Berkeley, especializada nesse segmento.
A empresa passou a contar com mais de 60 lojas em todo o Brasil. Mas as dificuldade financeiras (inclusive por causa de brigas familiares) deixaram o grupo em má situação. A Siciliano acabou sendo adquirida pela Saraiva, que, num primeiro momento, trabalhou com a marca Siciliano-Saraiva.
Cerca de 17 lojas da marca foram mantidas pelo grupo Saraiva. Só que, com o passar do tempo, adotaram definitivamente o nome do comprador, sumindo assim do ramo de livrarias.

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