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02/07/2018

O AMBIENTE POLÍTICO DOS ANOS 70 E A EMANCIPAÇÃO FEMININA EM MALU MULHER



Entre os seriados nacionais produzidos pela Globo no final dos anos 1970, dois entraram para a história da dramaturgia brasileira: Carga Pesada e Malu Mulher. O primeiro dispensa apresentações, quanto ao segundo, nós temos que falar um bocado sobre ele.
Malu Mulher estreou em 24 de maio de 1979 e teve o último episódio exibido em 22 de dezembro de 1980. Foram duas temporadas com 76 episódios. O detalhe é que foi exibido nos finais de noite da emissora. Foi exportado para dezenas de países, conquistando excelente índices de audiência em alguns. Mesmo quando deixou de exibi-lo no Brasil, a Globo continuou oferecendo a história de Maria Lúcia/Malu para emissoras estrangeiras.
Temos que lembrar que a história girava em torno do tema do divórcio, bastante discutido na época. A nova Lei do Divórcio tinha sido discutida à exaustão no Congresso, sofrendo forte oposição da Igreja Católica.
Malu (Regina Duarte) era uma mulher casada que, não suportando as diferenças e as brigas constantes com o marido (Dênis Carvalho), resolve se separar e começar a vida praticamente do zero com a filha Elisa (Narjara Turetta). As dificuldades para efetivar a separação, os conflitos com o agora ex-marido e os problemas financeiros atormentavam Malu.
Malu Mulher tinha como tema de abertura a música Começar de Novo, interpretado pela cantora Simone. Foi idealizado por Daniel Filho e roteirizado por Armando Costa, Euclydes Marinho, Doc Comparato, Manoel Carlos e outros. Contava com um elenco de peso, que incluía, além de Regina Duarte, Dênis Carvalho e Narjara Turetta, atores como Antônio Petrin, Natália do Valle, Elza Gomes, Wanda Lacerda e Ricardo Petraglia.
O sucesso de Malu Mulher foi estrondoso, apesar de todos os apesares. Tanto a crítica quanto o público se apaixonaram pela série. Ela só na agradou a alguns grupos religiosos – como a própria Igreja Católica, como vimos acima – e aos censores do regime militar.
O que também agradou em cheio foi a trilha sonora, apenas com intérprete femininas: Simone, Maria Bethânia, Zezé Motta, Maysa, Joanna, Fafá de Belém, Rita Lee, Elis Regina...
O primeiro episódio de Malu Mulher foi reprisado em junho de 1985, como parte das comemorações pelos 20 anos da Rede Globo. Aparentemente, não teve o impacto inicial. Dez anos depois, voltou a ser reprisado dentro do Festiva 30 anos. Mas se fosse reexibido hoje, ajudaria a entender o ambiente político da década de 70, que incluía a censura, a abertura política e o divórcio. 

03/06/2018

DAKTARI: UMA SÉRIE COM PEGADA ECOLÓGICA EM PLENA DÉCADA DE 60



Todos que acompanharam o seriado Daktari durante os anos 1960 e 1970 devem se lembrar muito bem de um personagem secundário: Clarence, o leão vesgo. Ele enxergava sempre duplicado – com o detalhe de que esse problema de visão era mostrado através de um efeito de câmera – e tinha dificuldade para caçar, sendo adotado por doutor Tracy? Mas quem era dr. Tracy?
Dono de uma clínica veterinária no coração da África, dr. Tracy era o médico protagonista do seriado Daktari. Além de enfrentar caçadores clandestinos, ele vez ou outra tinha que lidar com animais machucados que se tornavam violentos.
Daktari foi uma série criada pelo húngaro naturalizado americano Ivan Tors, o mesmo que criou Flipper e Aventuras Submarinas. Era uma série sobre a natureza feita numa época em que as discussões sobre meio ambiente ainda estavam longe de se tornar comuns. O próprio Tors passara grande parte de sua vida tentando conscientizar o público norte-americano sobre a preservação da natureza.
A série era baseada no longa-metragem Clarence, the Cross Lion – algo como Clarence, o Leão Vesgo –, feito justamente para o felino com problemas de visão. Na série, ele aparecia muitas vezes em companhia da chimpanzé Judy (que atuou em outras produções, entre as quais Lancelot Link).
Daktari estreou nos Estados Unidos em 1966, permanecendo no ar até 1969. Ao todo, teve quatro temporadas com cerca de 45 minutos cada episódio. No Brasil, foi exibida pela Rede Globo.
Daktari significa “médico” no idioma africano swahili.

08/05/2018

AS DESCOBERTAS DA ADOLESCÊNCIA E A ATMOSFERA DOS ANOS 60 NA SAUDOSA SÉRIE ANOS INCRÍVES



Quando foi levada pela primeira vez ao ar, em janeiro de 1988, ninguém imaginou que a série Wonder Years faria tanto sucesso.
Criada por Carol Black e Neal Marlens, Anos Incríveis, como ficou conhecida no Brasil, durou seis temporadas e exatos 115 episódios. Contava o dia a dia e as desventuras amorosas de Kevin Arnold, um típico estudante do ensino médio dos Estados Unidos. Seu maior amigo era o desengonçado Paul Pfeiffer, um garoto extremamente inteligente a alérgico a quase tudo. Já a garota de quem gostava era Winnie Cooper, amiga de escola e vizinha de bairro.
Com Fred Savage (que interpretava Kevin),  Danica McKellar (Winnie) e Josh Saviano (Paul) no elenco, Anos Incríveis conquistou o público adolescente da época em que foi exibida. A razão era bem simples: ela falava sobre conflitos familiares, dramas da adolescência, descoberta da sexualidade e outros temas comuns para os jovens. Mas a verdade é que também angariou fãs entre pessoas de idade mais avançada, e por um motivo bem especial: a trama se passava durante os saudosos anos 60.
Anos Incríveis tinha a Guerra do Vietnã, os protestos pelos direitos civis e outros temas comuns nos anos 60 como pano de fundo dos episódios. Mostrava também um bocado dos hábitos e modismos da época em que Kevin, o narrador da série, era adolescente.
O primeiro episódio narra os fatos de 1968 e mostra como foi o verão daquele ano. A história gira quase que totalmente em torno da morte do irmão de Winnie na Guerra do Vietnã.
Anos Incríveis foi inicialmente exibida no Brasil no começos dos anos 90 pela TV Cultura, de São Paulo. Teve uma acolhida enorme entre o público tupiniquim, incentivando a emissora a exibir mais de uma temporada. Com o tempo, foi exibida entre outra canais, voltando novamente para a TV Cultura.
Mesmo passado tanto tempo, ela ainda deixa um pouco de saudades entre os fãs. Talvez porque fosse uma série ingênua em comparação com alguns programas da TV atual. Ou simplesmente porque era gostosa de assistir, apenas isso.

12/04/2018

RON ELY E O TARZAN QUE CONQUISTOU O PÚBLICO BRASILEIRO


 
Um dos mais populares personagens da cultura pop do século XX foi Tarzan, o homem-macaco criado por Edgar Rice Burroughs. Da literatura, ele saltou para os quadrinhos, desenhos animados, filmes em longa-metragem e séries de TV.
Uma dos mais famosos intérpretes de Tarzan na televisão foi o ator norte-americano Ron Ely. Ele foi escalado para fazer o personagem na série transmitida pela emissora de TV norte-americana NBC durante os anos 1960.
Tarzan estreou em 1966 nos Estados Unidos, permanecendo no ar até 1968. Foram somente duas temporadas com 57 episódios.
Alguns detalhes nessa série chamaram a atenção do fãs do personagem clássico. Em primeiro lugar, Jane não aparece em nenhum momento. Personagens como o garoto Jai e a macaca Cheetah, por sua vez, são presença constante. Outro ponto curioso é que a cena de abertura, em que Tarzan aparece ao lado de uma imensa queda d’água, foi gravada em Foz do Iguaçu, no Brasil. Episódios foram transformados em longa metragens, que foram ao ar durante a exibição da série.
Tarzan conta a história do garoto Earl Greystoke, que perde os pais num acidente de avião e é criado por macacos. Resgatado por familiares, ele acaba sendo enviado a seu país de origem, onde é criado por um cidadão comum. Mas Earl acaba voltando para a selva e seus companheiros animais. Decepcionado com a civilização, ele volta a ser Tarzan.
A série começou a ser exibida no Brasil pela extinta TV Excelsior. Chegou a ser transmitida também pela Globo, Record e, mais tarde, SBT. A acolhida entre os brasileiros foi excepcional, fazendo com que fosse reprisada durante anos seguidos.
O personagem de Edgar Rice Burroughs era ainda bastante popular na época em que o Tarzan de Ely chegou ao Brasil. Além de acompanhar as aventuras do homem-macaco na TV, eles podiam adquirir o velho gibi da EBAL. Brinquedos com Tarzan era ainda bastante vendidos.
Ron Ely não foi o mais famoso Tarzan (o maior foi Johnny Weismuller), mas certamente foi o que marcou a infância de muitos garotos dos anos 60 e 70.

27/03/2018

A MULHER-BIÔNICA, O BEM SUCEDIDO SPIN OFF DE O HOMEM DE SEIS MILHÕES DE DÓLARES


 
A série A Mulher Biônica foi um spin off de O Homem de Seis Milhões de Dólares, exibido nos Estados Unidos entre janeiro de 1976 e maio de 1978. Ao contrário da série original, teve apenas três temporadas, totalizando 58 episódios.
Jaime Sommers, a protagonista, apareceu pela primeira vez num especial em duas partes de O Homem de Seis Milhões de Dólares. O curioso é que na história original ela é noiva de Steve Austin (Lee Majors), mas em sua própria série não possui quase nenhuma relação com ele. Interessante também é que na história original ela acaba morrendo. Para justificar sua aparição em outra série, os produtores alegaram que ela tinha sido mantida em animação suspensa até que seu corpo fosse recuperado.
Durante um salto de paraquedas, o equipamento de Sommers não funciona direito, levando-a a sofrer um acidente com sequelas nas duas pernas, na cabeça e num dos braços. Graças à intermediação de Steve Austin, ela recebe pernas, ouvido e braço biônico. As pernas lhe dão capacidade para correr em alta velocidade e saltar a alturas inimagináveis para uma pessoa comum. O ouvido faz com que ela adquira uma super audição. Já o braço proporciona-lhe força acima do comum.
Tanto O Homem de Seis Milhões de Dólares quanto A Mulher Biônica tiveram orçamentos baixos, obrigando a produção a utilizar a criatividade para ressaltar os poderes dos personagens. O recurso mais comum era a câmera lenta, daí que as cenas de ação costumavam ser em movimentos lentos.
No Brasil, a série foi exibida pela Bandeirantes Bandeirantes. Assim como nos Estados Unidos, estreou no rasto de O Homem de Seis Milhões de Dólares.

11/03/2018

O DIA A DIA DE UMA PRODUTORA DE TV NA INESQUECÍVEL SÉRIE MARY TYLER MOORE


 
Se você acompanhou as séries de TV exibidas durante os anos 1970, deve se lembrar de clássicos como Os Waltons, O Homem de Seis Milhões de Dólares, A Feiticeira, Jeannie é um Gênio e Mary Tyler Moore.
Caso tenha de Mary Tyler Moore, deve talvez lembra-se da cena em que ela joga sua boina para o alto. Trata-se, afinal de contas, de uma das cenas mais icônicas da história dos seriados de TV.
Mary Tyler Moore – ou The Mary Tyler Moore Show, no original – teve a transmissão original exibida nos Estados Unidos entre setembro de 1970 e março de 1977. Foram sete temporadas com 168 episódios  de 30 minutos.
A série contava a história de Mary Richards, uma jornalista bem-sucedida e solteirona que trabalhava como produtora de TV. Tudo começa quando, após romper um noivado de dois anos, ela se muda para a cidade de Minneapolis, em Minnesota, onde recebe a proposta para dirigir um programa jornalístico chamado Six O’Clock News.
Curioso é que Mary Tyler Moore era uma espécie de spin-off de The Dick Van Dyck Show, uma das mais consagradas séries dos anos 60. Outra curiosidade diz respeito às personagens Phyllis e Rhoda, melhores amigas de Mary, que ganharam suas próprias séries. Lou Grant, outro personagem, também protagonizou seu spin-off próprio.
James L. Brooks, produtor de Mary Tyler Moore, mais tarde se tornaria famoso por outro seriado de sucesso estrondoso (um dos mais bem sucedidos da história da TV): Os Simpsons.
Mary Tyler Moore faturou diversos Grammys e Globos de Ouro durante o período 1971-1975. A própria Mary faturaria o Grammy de melhor atriz em 1971.
A atriz Mary Tyler Moore fez diversos trabalhos para o cinema e TV, inclusive como produtora. Um dos seus últimos trabalhos foi uma aparição no seriado That’s 70 Show. Morreu em 2017, aos 80 anos, vítima de uma pneumonia.

26/02/2018

CARGA PESADA E A ROTINA DOS CAMINHONEIROS PELAS ESTRADAS DO BRASIL

 
Entre o final dos anos 70 e início dos 80, a Globo investiu maciçamente em minisséries e séries nacionais. Entre as minisséries, vale lembrar de Quem Ama Não Mata e Lampião e Maria Bonita. Dos seriados, vale Malu Mulher, Plantão de Polícia, Amizade Colorida, O Bem-Amado, Obrigado Doutor e Carga Pesada.
Protagonizada pelos caminhoneiros Pedro (Antônio Fagundes) e Bino (Stênio Garcia), Carga Pesada foi uma das mais bem sucedidas produções daquele período. Estreou em maio de 1979 e durou três temporadas, exibidas sempre nos finais de noite.
Carga Pesada contava a rotina de dois caminhoneiros que após comprarem um caminhão em sociedade, rodam o Brasil de norte a sul transportando cargas pesadas. Eles enfrentam tempestades, estradas lamacentas e bandidos. Vivem também experiências surreais, que envolvem de prováveis santos milagreiros a prostitutas.
Parte do seriado foi patrocinado pela fabricante de caminhões Scania, mais tarde substituída pela Chrysler (lembrando que esta produziu veículos pesados no Brasil com a marca Dodge).
O detalhe é que Carga Pesada foi inspirada num episódio de Caso Especial, uma série de teleteatro exibida pela Globo nos anos 70. Chamada Jorge, um Brasileiro, ele foi dirigida por Paulo José, que sugeriu a criação de uma série sobre o dia a dia dos caminhoneiros.
Carga Pesada fez sucesso sobretudo entre os caminhoneiros, que escreviam para a emissora elogiando a série e muitas vezes contavam as suas histórias pelas estradas do país.
Um remake foi produzido no início dos anos 2000 com Pedro e Bino retomando a rotina de caminhoneiros 22 anos depois.


11/02/2018

AS ESTRIPULIAS E CONFUSÕES DE UM ALIENÍGENA BEM-HUMORADO EM ALF, O ETEIMOSO


Num episódio da série Os Simpsons, aparecem diversos alienígenas do cinema e seriados de TV, entre os quais Chewbacca, Marvin Marciano (Looney Tunes) e Alf, conhecido entre nós como o ETeimoso.
A série de comédia Alf – O ETeimoso estreou na rede de TV norte-americana NBC em 1986. Teve quatro temporadas, que somaram 102 episódios, encerradas em 1990.
Alf – o ETeimoso contava as estripulias de Gordon Shumway, um alienígena que à procura de um sinal vindo da Terra, acaba pousando desastradamente na garagem dos Tanner, uma típica família dos subúrbios norte-americanos. Willie Tanner e seus familiares acham por bem esconder o ET, a quem chamam de Alf até ele conseguir reparar a espaçonave e retornar para o seu planeta. Além de protegê-lo das forças de segurança, eles tem que mantê-lo afastado dos vizinhos mexeriqueiros. O problema é que o desinibido Alf é excêntrico, tagarela, brincalhão e louco para comer o gato da família.
A série rendeu ótimas gargalhadas para o público norte-americano e dos demais países onde foi transmitida. Alf se tornou tão popular entre os  jovens que logo virou uma mania mundial. No Brasil, a editora Globo chegou a lançar uma revista em quadrinhos com o personagem. A fabricantes de brinquedos Mimo produziu um boneco.
No Brasil, a série foi inicialmente transmitida pela Rede Globo, sendo reprisada nos anos seguintes por outras emissoras. Além de ser lançada em DVD, ela deu origem a um desenho animado de mesmo nome. Infelizmente, o desenho não alcançou o mesmo sucesso da produção original.
Uma curiosidade: ALF é a sigla de Alien Life Form (Forma de Vida Alienígena, em português).

28/01/2018

BUCK ROGERS E AS SÉRIES DE FICÇÃO CIENTÍFICA DOS ANOS 60 E 70

 
Se há uma coisa da qual os fãs de ficção dos anos 1960 e 1970 não podem reclamar é da oferta de seriados. Alguns dos maiores “clássicos” surgiram nesse período, a começar por Perdidos no Espaço e Star Trek/Jornada nas Estrelas.
Quem acompanhou a safra lançada a partir de 1963 teve o privilégio de assistir Túnel do Tempo, Viagem ao Fundo do Mar, Terra de Gigantes, Galactica, Viagem Fantástica, O Homem de Seis Milhões de Dólares e Buck Rogers. Isso sem contar os seriados japoneses ao estilo Ultrasevem e Ultraman. Devemos lembrar ainda que Star Trek foi uma das séries mais reprisadas durante o período. Mas vamos falar especialmente de Buck Rogers.
Com o título original de Buck Rogers no Século XXV (Buck Rogers in the 25th Century, no original em inglês), essa série de ficção científica foi durante um longo tempo exibida pela Rede Globo. Ela estreou mundialmente na rede de TV norte-americana NBC, em 1979. O detalhe é que teve um piloto homônimo lançado nos cinemas pela Universal Studios.
Buck Rogers é um personagem de ficção científica lançado em 1928 por Philip Francis Nowlan. Surgiu inicialmente como personagem de pulp fiction, e, cinco meses depois, de quadrinhos. Seu nome original é Anthony “Buck” Rogers (na série, era William “Buck” Rogers).
Um pequeno detalhe: a primeira série com Buck Rogers foi gravada em 1951, sendo exibida até o ano seguinte.
A série da década de 70 era ligeiramente diferente das produções anteriores sobre o personagem. Contava as aventuras do astronauta do século XX Buck Rogers que, após um acidente, permanece congelado durante 500 anos. Ele acorda no século XXV, passando a atuar como patrulheiro. Era auxiliado pelo computador Dr. Theopolis e pelo robô Twiki. Galanteador, era cercada de mulheres, sejam amigas ou inimigas.
Com o sucesso dos primeiros episódios, os produtores resolveram lançar uma segunda temporada, mas com algumas alterações significativas. Buck Rogers passou a comandar uma nave espacial, explorava planetas desconhecidos e vivia aventura bem no estilo Star Trek, mas... Ela desagradou público e crítica, além de parte da produção. A série foi assim tirada definitivamente do ar.
Quem interpretou o personagem foi o ator norte-americano Gil Gerard.

15/01/2018

AS INCRÍVEIS HABILIDADES DO AGENTE MacGYVER EM PROFISSÃO: PERIGO

 
Durante uma reportagem de TV sobre nomes estranhos, o jornalista citou um garoto – talvez do interior do Mato Grosso do Sul – chamado Magaiver. Foi um dos nomes mais curiosos, embora todos soubessem bem a sua origem.
O nome do pequeno Magaiver foi inspirado no agente secreto Angus MacGyver, do seriado Profissão: Perigo.
Interpretado pelo ator Richard Dean Anderson, MacGyver era um veterano da Guerra do Vietnã que, além de expert em desarmar bombas, tinha um conhecimento fora do comum em ciências física. Além da habilidade em tornar práticos os seus conhecimento, ele era capaz de utilizar as mais incomuns matérias-primas para resolver problemas aparentemente difíceis (como escapar de um cativeiro, por exemplo).
MacGyver trabalhava para duas empresas fictícias: a Fundação Phoenix e o Departamento Governamental de Serviços Externos (DSX). Desempenhava funções de investigador, agente secreto e policial quase em tempo integral, conseguindo resolver os mais intrincados casos.
Profissão: Perigo estreou na TV norte-americana em setembro de 1985. Saiu do ar em 1992, depois de sete temporadas e 139 episódios. Embora não fosse uma das séries mais populares da época, conseguiu angariar milhões de fãs ao redor. Transformou o Richard Dean Anderson numa celebridade internacional.
Além da série original, foram exibidos dois longas com o personagem durante os anos 1990.
No Brasil, a série foi exibida pela Rede Globo. O interessante é que, ao invés de apresentar a abertura, a emissora exibia apenas uma chamada anunciando que ela estava entrando no ar. A música tema era Tom Sawyer, do grupo canadense de rock pesado Rush.
Chamava a atenção dos fãs a habilidade de MacGyver em resolver as coisas. Num dos episódios, por exemplo, ele consertou um radiador furado de um carro com clara de ovos. Em outro, foi capaz de selar um vazamento químico com uma barra de chocolate.
O impacto cultura da série é sentido até os dias atuais. Existem referências sobre ela em inúmeros filmes, desenhos e programas de TV. Ela foi citada em Saturday Night Live, Agents os S.H.I.E.L.D e Os Simpsons, por exemplo.
Recentemente, a série foi reprisada no Brasil pelos canais TCM e Rede Brasil de Televisão.
Uma última curiosidade: o nome original da série é MacGyver.

02/01/2018

CASAL 20: UNIDOS NO AMOR E NO COMBATE AO CRIME

 
Sidney Sheldon tornou-se conhecido como autor de best-seller e criador de séries, entre as quais as “clássicas” Jeannie é um Gênio e Casal 20.
Protagonizada por Robert Wagner e Stefanie Powers, Casal 20 (Hart to Hart, no original) estreou nos Estados Unidos em agosto de 1979. Não durou muito e passou a ser transmitido no Brasil no horário nobre da Rede Globo.
Robert Wagner interpretava o milionário Jonathan Hart que, junto com suas esposa Jennifer, papel de Stefanie Powers, percorre o mundo combatendo crimes. Eles geralmente contavam com a ajuda do mordomo Max (Lionel Stander) e, de vez em quando, do cãozinho Freeway.
A série fez bastante sucesso, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. Isso estimulou os produtores a produzir novas temporadas. Foram cinco temporadas e mais de 100 episódios.
Interessante é que Casal 20 foi a primeira série a colocar homem e mulher em pé de igualdade no combate ao crime. Destruiu clichês machistas e com uma pegada romântica, mudar os seriados policiais produzidos até então.
A série durou até 1984, mas retornou em 1993 com um longa-metragem de duas horas. A intenção era produzir oito filmes, mas as coisas mudaram um pouco com a morte de Lionel Stander.
Recentemente, Casal 20 foi reprisada pelo canal Rede Brasil de Televisão, famoso por levar séries antigas ao ar.
Uma curiosidade que vale  a pena lembrar: além de Casal 20, Aaron Spelling produziu as séries As Panteras, S.W.A.T., Barrados no Baile, Starky & Hutch, O Barco do Amor, Vegas, A Ilha da Fantasia e Dinastia.

13/12/2017

LEMBRA DE MAGNUM, O DETETIVE QUE PROJETOU O ATOR TOM SELLECK?

 
Magnum era um seriado cujas histórias giravam em torno do detetive particular Thomas Sullivan Magnum e seus três amigos: Higgins (John Hillerman), TC (Rober E. Mosley) e Rick (Larry Manetti).
Materialista, mulherengo e às vezes beberrão, Magnum vivia nas paradisíacas ilhas do Havaí. Gostava de um carro esportivo e nunca abdicava das camisas floridas. Era também um piadista incorrigível. Vivia “trolando” o amigo Higgins.
O detalhe é que Magnum vivia numa mansão financiada por um misterioso escritor chamado Robin Masters. Tal personagem nunca apareceu. O mistério sobre a sua verdadeira identidade persistiu até o final da série. Suspeitava-se que Higgins fosse Masters, mas ele sempre negava, embora confirmasse depois.
Embora fosse um seriado com temática policial, Magnum tinha um pouco de drama e comédia. As diferenças de personalidade (e as “trolagens”) entre Magnum e Higgins davam um tom de comédia à série.
Magnum estreou nos Estados Unidos em dezembro de 1980. Ao contrário de muitas séries daquele período, teve uma vida bastante longa. Durou oito temporadas e 162 episódios, saindo do ar apena sem 1988. No Brasil, foi exibida inicialmente pela Rede Globo.
O detetive Magnum foi interpretado por Tom Selleck, até então famoso como ator de comerciais. Com o sucesso da série, ele ficaria para sempre associado ao personagem.

29/11/2017

COMO O PLANETA DOS MACACOS SE TORNOU UMA DAS MAIS BEM-SUCEDIDAS FRANQUIAS DA FICÇÃO CIENTÍFICA


Uma das franquias de ficção científica mais lucrativas da atualidade é O Planeta dos Macacos. Começou com um longa-metragem para os cinemas, que logo transmutou-se em série de TV, desenho animado e história em quadrinhos.
Lançado em 1968, o filme original foi inspirado no romance La Planéte des Singes (O Planeta dos Macacos), do escritor francês Pierre Boulle. Com Charlton Heston no papel principal, ele contava a história de um astronauta que vai parar num planeta parecidíssimo com a Terra, mas dominado por macacos. Os humanos comportam-se como animais selvagens e os símios como criaturas inteligentes. Ele é capturado pelos macacos e enviado para a doutora Zira, uma cientista que pretende provar que os macacos são descendentes de uma antiga raça humana. Suas pesquisas, no entanto, sofrem forte oposição do líder político-religioso Doutor Zaius. Em virtude das constantes ameaças, ela e seu companheiro Cornelius são obrigados a fugir juntamente com o comandante Taylor (era esse o nome do astronauta).
A recepção nos cinemas foi extremamente positiva, tanto que motivou os produtores a criar quatro continuações. Lançada em 1971, De Volta ao Planeta dos Macacos, a primeira sequência, também agradou em cheio ao público. A série de TV surgiu em 1974, com algumas diferenças básicas.
Protagonizada pelos atores James Naughton, Ron Harper, Roddy McDowall e Booth Colman, a série foi protagonizada por uma dupla de astronautas. A história era basicamente a mesma. Com a ajuda dos macacos Zira e Cornelius, eles procuravam pela Zona Proibida, um local abundante em provas de que macacos e humanos possuíam parentescos. O problema é que eram o tempo inteiro caçados pelo velho chimpanzé Zaius e o gorila autoritário Urko.
Infelizmente, a série não foi muito bem recebida pelo público. Teve apenas uma temporada, exibida inicialmente no Brasil pela Rede Globo.
Se dependesse dos brasileiros, O Planeta dos Macacos teria vida longa na televisão. O sucesso da série foi tão grande por aqui que inspirou até um programa humorístico chamado Planeta dos Homens. A trupe Os Trapalhões gravou o filme Os Trapalhões no Planalto dos Macacos. Até um gibi alusivo à história foi lançado (talvez pela Bloch Editores, precisamos confirmar a informação).
A franquia O Planeta dos Macacos voltaria com força aos cinemas no início dos anos 2010. Ao contrário dos filmes anteriores, ela mostrou minúcias sobre a origem da nova raça de símios. Contou com efeitos especiais inexistentes na época do filme original. Mais duas sequências foram lançadas no decorrer da década e, a julgar pela acolhida do público, outras devem ser lançadas nos próximos anos.
O Planeta dos Macacos é uma das franquias de cinema mais rentáveis da história (embora fique atrás da milionários Star Wars). Existem atualmente nos Estados Unidos uma vasta gama de produtos relacionados a ela: pocket books, histórias em quadrinhos, brinquedos, toy art...

19/11/2017

A ILHA DA FANTASIA, UM LUGAR ONDE QUASE TODOS OS SONHOS ERAM POSSÍVEIS

 
Fantasy Island (A Ilha da Fantasia) é uma série norte-americana produzida por Aaron Spelling e Leonard Goldberg. Estreou no canal norte-americano ABC em janeiro de 1978. Foi encerrada em 1984, após seis temporadas e 157 episódios.
Exibida inicialmente pela Rede Globo entre o final dos anos 70 e início dos 80, A Ilha da Fantasia fez um sucesso relativo no Brasil. Tanto que chegou a ser reprisada diversas vezes.
A série conta a história de uma ilha paradisíaca (por sinal, muito parecida com o Havaí), onde os visitantes podiam ter todos os seus sonhos realizados. Eles eram recebido pelo anfitrião Sr. Roarke e seu ajudante Tattoo, um anão que logo conquistou o público pela simpatia. Interessante é que nem sempre os sonhos se realizavam de acordo com as intenções do visitantes, deixando-lhes muitas vezes importantes lições sobre a vida.
Com o ator mexicano Ricardo Montalbán (Sr. Roarke) e o francês Hervé Villechaize (Tattoo), A Ilha da Fantasia tinha apenas dois personagens no elenco fixo. Os episódios sempre começavam com o pequeno Tattoo batendo um sino e anunciando: “Um avião, um avião!”. Eram nesses aviões que chegavam os visitantes, recebidos com coroas de flores e drinques pelo anfitrião. Enquanto tomavam suas bebidas, Sr. Roarke explicava para Tattoo (e todos os telespectadores,obviamente) o que cada um iria fazer na Ilha da Fantasia.
A série contou com a participação de diversos atores famosos, entre os quais Sammy Davis Jr., Sonny Bono, Dick Sargent, Dick York (lembrando que os dois últimos interpretaram o personagem James no seriado A Feiticeira)...
A série foi refilmada em 1998, com Malcolm McDowell no papel de Sr. Roarke, mas logo foi cancelada em virtude da indiferença do público (para ser franco, ela não possuía o charme da primeira).

09/11/2017

BARETTA, UM DETETIVE CHEIOS DE TRUQUES NA LUTA CONTRA O CRIME



Baseada na vida real do detetive David Toma, do Departamento da Polícia de Newark, Estados Unidos, a série Toma obteve uma audiência expressiva em sua primeira temporada. Mas recebeu uma série de críticas, além de que o ator Tony Musante desistiu do papel. Para resolver o problema, a Universal resolveu contratar o ator Robert Blake e renomear a série. Foi assim que surgiu Baretta, um dos mais famosos detetives policiais dos anos 70.
Transmitida originalmente pela rede ABC, Baretta estreou em janeiro de 1975. Ao todo, teve 82 episódios de 40 minutos divididos em quatro temporadas. Narrava as investigações policiais do detetive Tony Baretta, que vivia com uma catatua (uma ave da família dos papagaios) num hotel de segunda categoria em Los Angeles. Ele recusava trabalhar com parceiros e vivia com problemas com seus superiores. Era uma espécie de mestres dos disfarces, o que lhe ajudava a obter informações sobre os mais intricados casos. Além disso, possuía bons informantes, que, ajudavam bastante a dar uma veia cômica ao seriado.
Baretta começou a ser exibido nas noites de terça-feira pela Rede Globo, em 1977. Mais tarde, passou pela TVS e Rede Manchete. Recentemente, foi reprisado pelo Multishow e pelo canal aberto Rede Brasil.
Uma curiosidade bastante interessante: não faz muito tempo, o ator Robert Blake foi julgado e absolvido pelo assassinato da própria esposa.