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11/04/2018

REPÓRTER ESSO, O PROGRAMA MAIS INFLUENTE DA HISTÓRIA DO JORNALISMO BRASILEIRO



Se ainda estivesse no ar, o programa jornalístico Repórter Esso estaria para completar 80 anos. Mas, apesar de ter sido tirado do ar há décadas, ele ainda é por muitos considerado um dos programas de maior impacto tanto na história do rádio quanto na história da TV brasileira.
O Repórter Esso entrou no ar pela primeira vez em 28 de agosto de 1941, pela Rádio Nacional, do Rio de Janeiro. A primeira notícia veiculada foi sobre o ataque aéreo da Alemanha na região francesa da Normandia durante a Segunda Guerra Mundial. O primeiro locutor a se tornar conhecido do público foi Romeu Fernandes.
Patrocinado pela empresa Standard Oil Company of Brazil, uma multinacional norte-americana do setor petrolífero conhecida como Esso, o programa teve vários apresentadores durante os seus primeiros anos. Nenhum, no entanto, teria seu nome associado ao Repórter Esso como o apresentador Heron Domingues – o primeiro locutor exclusivo do programa.
Como apresentador, Heron Domingues foi o primeiro a anunciar eventos que marcaram o século XX, como o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, o suicídio do ex-presidente Getúlio Vargas, a morte da cantora Carmen Miranda, a renúncia do ex-presidente Jânio Quadros, a chegada do homem à Lua...
Com a inauguração da TV Tupi, a primeira emissora de TV do país, em 1950, o Repórter Esso foi batizado de O Seu Repórter Esso. O primeiro apresentador foi Luís Jatobá, mas foi Gontijo Teodoro que permaneceu mais tempo na sua bancada: 18 anos.
A credibilidade do Repórter Esso era tamanha que, apesar da rádio Tupi ter sido a primeira a anunciar o final da Segunda Guerra Mundial, ninguém comemorou. Foi só quando o RE transmitiu a notícia que as ruas de cidades como o Rio de Janeiro entraram em festa.
Interessante é que ele foi criado justamente para fazer propaganda dos esforços norte-americanos e brasileiros durante a Segunda Guerra Mundial. Também chama a atenção o fato de que tinha total apoio do DIP, o Departamento de Imprensa e Propaganda do governo do então presidente Getúlio Vargas.
Dizem que o Repórter Esso foi o primeiro programa de rádio a apresentar notícias direto de agências internacionais, ao contrário de outras rádios, que se limitavam a reproduzir o noticiário tirado do jornalismo impresso.
O último Repórter Esso foi transmitido em 31 de dezembro de 1968, pela Rádio Nacional e Rádio Globo. Foi transmitido pelo locutor Roberto Figueiredo, que caiu em prantos ao anunciar o fim do programa. Sem conseguir se conter, ele foi por uns momentos substituído por outro locutor, que deu continuidade ao texto e novamente entrega-lo a Figueiredo. 
Na televisão, O Seu Repórter Esso foi transmitido pela última vez em 31 de dezembro de 1970, pelas emissoras Tupi e Record.

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31/01/2018

18 CURIOSIDADES SOBRE O SURGIMENTO, APOGEU E QUEDA DA TV MANCHETE



A Rede Manchete de Televisão surgiu em 5 de junho de 1 983 e desapareceu em 10 de maio de 1 999. Foi fundada pelo empresário Adolpho Boch, proprietário da Bloch Editores.

Fundador da Rede Manchete, o imigrante ucraniano Adolpho Bloch nasceu em 1908 na cidade de Jitomir e faleceu em 1995, no Rio de Janeiro. De família judia, seu nome de nascimento era Avram Yossievitch Bloch.

A Bloch Editores foi durante muito tempo uma das maiores empresas do ramo editorial brasileiro. Suas revistas mais conhecidas foram Pais e Filhos, Fatos e Fotos, Amiga, Sétimo Céu, Revista Geográfica Universal e Manchete. A principal publicação foi a revista semanal Manchete, que deu nome à televisão.

A revista Manchete circulou de 1952 a 2000. Foi a principal concorrente da revista O Cruzeiro nos anos 50 e 60. Com o fim da O Cruzeiro, concorreu quase em pé de igualdade com a revista semanal Veja.

O primeiro programa a entrar no ar pela Rede Manchete foi um show ao vivo chamado Mundo Mágico, com a apresentação de diversos artistas e grupos musicais brasileiros. Em seguida, foi transmitido o primeiro filme: Contatos Imediatos do 3º Grau, de Steven Spielberg.

O primeiro comercial a entrar no ar pela nova Rede Manchete de Televisão foi do lubrificante para automóveis Lubrax 4.

A Manchete foi a primeira emissora a exibir ao vivo os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro direto do recém-inaugurado sambódromo.

As novelas de maior sucesso do canal foram Tocaia Grande, Dona Beija, Kananga do Japão, Xica da Silva, Mandacaru e Pantanal. Exibida entre março e dezembro de 1990, Pantanal chegou a bater a audiência da poderosa Rede Globo.
Uma curiosidade sobre a novela Pantanal: ela foi escrita por um dos principais autores da própria Rede Globo, o novelista Benedito Ruy Barbosa. A direção coube a Jaime Monjardin, também da Globo.

Pantanal foi reprisada 18 anos depois pelo SBT. Detalhe: ela voltou a empatar e, em uma ocasião, a bater a audiência da Vênus Platinada.

Você sabia que o apresentador Silvio Santos fez uma ponta interpretando ele mesmo na novela Carmen?

Xica da Silva não fez sucesso apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. A popularidade da protagonista interpretada pela atriz Thaís Araújo foi tamanha que ela chegou a ser apontada como um dos 50 rostos mais bonitos do mundo em 1997. Thaís também foi convidada para fazer uma ponta na novela colombina Bete, a Feia interpretando ela mesma.

Os maiores fiascos da Manchete foram as novelas Amazônia e Brida. Amazônia tentou repetir a fórmula de Pantanal, mas quase levou a emissora à falência. Baseada na obra de Paulo Coelho, Brida foi repentinamente tirada do ar no capítulo 54. No final daquele capítulo, um narrador contou o final da trama e… “the end”. Pouquíssimo tempo depois, a própria Manchete sairia definitivamente do ar.

A Rede Manchete foi a responsável por lançar a modelo Maria da Graça Meneghel, mais conhecida como Xuxa, como apresentadora de televisão. A estreia aconteceu em 1986 no programa Clube da Criança.

Com a ida de Xuxa para a Rede Globo, onde estreou o Xou da Xuxa, Maria da Graça foi substituída por Angélica.

Apresentado pelo ator Jack Palance, o programa Acredite se Quiser (o nome original é Ripley’s Believe It or Not) chegou a ameaçar a liderança do humorístico Viva o Gordo da Rede Globo.

A Manchete transmitiu diversas séries e desenhos animados japoneses. O desenho de maior sucesso foi Cavaleiros do Zodíaco – uma verdadeira febre entre a garotada na época da sua exibição.

O primeiro slogan da Rede Manchete foi “A Televisão do Ano 2 000”. Ela, no entanto, não sobreviveu até o ano 2 000.

Fontes: Wikipédia, Mais Que Curiosidades.

15/08/2017

REPÓRTER ESSO, MAPPIM MOVIETONE E OUTROS PROGRAMAS PATROCINADOS QUE MARCARAM ÉPOCA


 O Repórter Esso, um dos programas mais famosos da história da televisão brasileira, surgiu antes da própria televisão. Estreou em 1941, na Rádio Nacional, no Rio de Janeiro. Noticiou a bomba atômica de Hiroshima, o suicídio de Getúlio Vargas, a renúncia de Jânio Quadros... Em 1952, migrou para a novíssima TV Tupi, tornando-se um dos primeiros telejornais da história da TV brasileira. O detalhe é que o Repórter Esso (ou Seu Repórter Esso) não foi o primeiro nem o último programa de TV patrocinado até no nome. Existiram outros, como veremos a seguir:

CIRCO BOMBRIL (TV Tupi) – Programa infantil transmitido entre 1951 e 1964 pela TV Tupi. Seu principal apresentador foi o palhaço Carequinha.

TROFÉU ESTRELA (TV Tupi) – Também transmitido pela emissora inaugurada por Assis Chateaubriand, o Menores da Semana tornou-se mais conhecido como Troféu Estrela. Ele premiava as melhores atrações infantis da emissora ao longo da semana. Foi transmitido em 1951.

MAPPIM MOVIETONE (TV Paulista) – Era patrocinado pela saudosa loja de departamentos Mappim. Consistia num programa jornalístico transmitido em 1953 e 1965.

PULLMAN JR. (TV Record e TV Gazeta) – Estreou em 1953 na TV Record, onde permaneceu até 1969. Voltou ao ar em 1978 pela TV Gazeta. Consistia num programa infantil que recebia crianças – normalmente de caravanas de escolas – que sentavam-se em mesinhas enquanto comiam os pães e bolos do patrocinador Pullman e assistiam desenhos animados.

GINCANA KIBON (TV Record) – Estreou em 1955 na TV Record. Era um programa para crianças com brincadeiras, gincanas e apresentações de novos talentos infantis. Foi um dos programas infantis mais longos da história da TV brasileira. Um dos talentos revelados pelo Gincana Kibon (ou Grande Gincana Kibon) foi a apresentadora Ione Borges, que participou interpretando músicas de Celly Campello.

TEATRINHO TROL (TV Tupi) – Patrocinado pela fabricante de brinquedos Trol, o Teatrinho Trol estreou em 1956, saindo do ar dez anos depois. Consistia num programa com peças/contos infantis adaptados para a televisão.

BOATE DA CASAS DA BANHA (TV Tupi) – Transmitido entre 1958 e 1961, consistia num programa de humor com participação de humoristas da Rádio Nacional. Era patrocinado pela rede de supermercados Casas da Banha e sempre entrava no ar aos sábados, depois do Repórter Esso.

OS PATRULHEIROS TODDY (TV Bandeirantes) – Não era propriamente um programa, mas um seriado norte-americano (Tales of The Texas Rangers) transmitido no Brasil com o patrocínio do achocolatado Toddy. Dizem que foi uma resposta do fabricante do Toddy à Nestlé, que na época patrocinava O Vigilante Rodoviário. Estreou em 1959.

MPB-SHELL (TV Globo) – Patrocinado pela Shell, foi um festival de música transmitido pela Globo em 1980. Digamos que foi uma tentativa da Globo de reviver os grandes festivais da segunda metade dos anos 1960. Ajudou a impulsionar a carreira de cantores como Oswaldo Montenegro, Tetê Espíndola, Raimundo Sodré, Jessé e outros.

Outros programas patrocinados: Sabatinas Maizena, Divertimentos Ducal, Espetáculos Tonelux, Vesperal Antarctica (o mesmo programa outrora chamado de Teatrinho Trol, só que com outro patrocinador) e Cartilha Musical Pirani.

Fontes: Wikipédia, Mofolândia, InfanTV.

29/07/2017

12 CURIOSIDADES SOBRE O INESQUECÍVEL APRESENTADOR DE TV CHACRINHA


O nome verdadeiro do radialista e apresentador de programa de auditório Chacrinha era José Abelardo Barbosa de Medeiros.

José Aberlardo, ou Chacrinha, nasceu na cidade de Surubim. Situada na Zona da Mata pernambucana, Surubim é conhecida na região como a Capital da Vaquejada.

Pouca gente sabe, mas Chacrinha fez faculdade de medicina. O seu primeiro trabalho no rádio foi uma palestra sobre alcoolismo na rádio Clube de Pernambuco.

O primeiro programa de rádio de sucesso de Chacrinha foi O Rei Momo da Chacrinha, de 1942, na Rádio Clube de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Detalhe: o Rádio Clube de Niterói ficava numa pequena chácara, de onde Abelardo retirou o apelido Chacrinha.

O primeiro trabalho na TV foi no programa Rancho Alegre – do qual participava o humorista Mazzaroppi –, na extinta TV Tupi em 1956.

O hábito de jogar bacalhau para a plateia começou em virtude de um encalhe do produto no patrocinador Casas da Banha. Chacrinha dizia que se seu patrocinador fosse uma sapataria, ele jogaria sapatos.

Os programas de Chacrinha costumavam promover concursos inusitados como “A Mais Bela Criança do Brasil”, “O Cão Com Mais Pulgas”, “A Mais Rápida Datilógrafa”, “A Mais Bela Estudante”, “A Mãe Com Maior Número de Filhos” etc. Por falar nisso…

As chacretes começaram a atuar nos programas de Chacrinha em 1967. Elas recebiam nomes como Loura Sinistra, Fernanda Terremoto, Regininha Pinto Pintinha, Vera Furacão, Sueli Pingo de Ouro, Cléo Toda Pura, Estrela Dalva, Gracinha Copacabana, Índia Potira, Sandrinha Pureza, Beth Boné, Ester-Bem-Me-Quer, Mírian Cassino, Leda Zepellin, Sarita Catatau e Rita Cadillac. Ao todo, foram cerca de 500 chacretes. A mais famosa é ainda hoje Rita Cadillac.

Quando morreu, Chacrinha foi velado no hall da Câmara dos Vereadores da cidade do Rio de Janeiro. O velório foi acompanhado por cerca de 30 mil pessoas.

Torcedor ardoroso do Vasco da Gama, Chacrinha foi enterrado com uma faixa no time no peito. Ao lado, foi colocada a buzina que ele usava em seus programas.

O último Cassino do Chacrinha foi ao ar pela Rede Globo no sábado seguinte à morte do apresentador, no dia 2 de julho de 1988. O programa tinha sido gravado 15 dias antes.

Principais bordões do Chacrinha: “Quem Não se comunica, se trumbica”; “Eu vim para confundir, não para explicar”; “Oh, Terezinhaaaa”; “Quem quer bacalhau?”.

Fonte: Mais Que Curiosidades

22/07/2017

10 FATOS E INFORMAÇÕES CURIOSAS SOBRE A ANTIGA TV TUPI



A primeira emissora de televisão do Brasil foi a TV Tupi, inaugurada em 18 de setembro de 1950 em São Paulo. A Tupi era uma emissora de propriedade do Diários Associados, grupo empresarial do magnata Assis Chateaubriand. Na época de Chateaubriand, o grupo Diários Associados era o maior conglomerado de mídia da América Latina, reunindo diversas empresas entre jornais, revistas, emissoras de rádio e emissoras de televisão. Uma das revistas mais famosas era O Cruzeiro. Um detalhe: a Rede Tupi de Televisão não só foi a primeira emissora de TV do Brasil, como foi de toda a América do Sul. Manteve-se no ar durante 30, encerrando as atividades em 1980. Veja abaixo alguns fatos curiosos e bizarros sobre essa importante emissora.

A Tupi de São Paulo foi a única emissora do Brasil até 1952, quando surgiria a TV Paulista.

A Tupi tinha na época da inauguração apenas três horas de programação diária, começando sempre a partir das 8h da noite.

Assis Chateaubriand inaugurou a TV com um discurso de duas horas. Além de discurso, a primeira transmissão contou até com um recital de poesia.

O gênero telenovela surgiu no Brasil em 1951 com Sua Vida Me Pertence, exibida na Tupi. Como não existia videotape na época, os capítulos eram exibidos ao vivo duas vezes por semana. Foram apenas 15 capítulos.

Sua Vida Me Pertence foi a primeira novela a exibir um beijo na televisão brasileira. Mas engana-se quem pensa que foi um beijo ardido e cheio de luxúria, pois não passou de um simples selinho.

A falência da TV Tupi no início dos anos 80 fez com que a novela Drácula ficasse inacabada. Episódio semelhante só voltaria a acontecer com a extinção da TV Manchete em 1988, que deixou Brida pela metade.

O primeiro telejornal de grande popularidade da TV brasileira foi o Repórter Esso, que estreou em 1953. O Repórter Esso foi apresentado até 1970, quando saiu definitivamente do ar.

O primeiro programa infantil chamava-se Gurilândia.

A primeira transmissão de futebol no Brasil também foi feita pela TV Tupi. A partida entre Palmeiras e São Paulo foi transmitida no dia 15 de outubro de 1950.

Fonte: Mais Que Curiosidades

17/07/2017

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR! SAIBA MAIS SOBRE O POLÊMICO APRESENTADOR FLÁVIO CAVALCANTI


“Nossos comerciais, por favor!”, era assim que o apresentador Flávio Cavalcanti costumava anunciar o intervalo comercial do seu programa.
Assim como J. Silvestre, Blota Jr. e Carlos Imperial, ele é desconhecido das novas gerações. Mas todos que acompanharam seus programas na Tupi, Bandeirantes e SBT sabem que era um dos maiores apresentadores da história da televisão brasileira.
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro em 1923 e faleceu em São Paulo em 1986. Além de apresentador de TV, era crítico musical, compositor e jornalista (chegou a entrevistar o presidente norte-americano John Kennedy). Apresentou os programas Flávio Cavalcanti, Um Instante, Maestro! e A Grande Chance.
Além de usar os conhecidos bordões (“Nossos comerciais, por favor”, “Um instante, maestro!”), Flávio tinha algumas manias que chamavam a atenção dos brasileiros. Um deles era tirar e por os óculos a todo momento. Costumava também quebrar discos que não gostava, muitas vezes por causa de uma música que o desagradava. Chegou a arrebentar vinis de Rita Lee, Caetano Veloso e outros nomes conhecidos dos brasileiros (uma curiosidade: o efeito era contrário, pois quanto mais Flávio criticava um determinado cantor, mais ele vendia).
Se há uma coisa que Flávio não tinha medo, era de dizer o que pensava. Chegou em vários momentos a elogiar a censura do governo militar. Temos que lembrar que seu programa chegou a ficar seis semanas fora do ar justamente por determinação da censura. O episódio ocorreu quando Flávio mostrou uma matéria sobre um sujeito impotente que contratou o vizinho para fazer sexo com sua esposa.
Flávio Cavalcanti foi o primeiro a introduzir um júri em seu programa. Depois de se apresentarem, cantores famosos eram submetidos às opiniões dos convidados. Belchior foi elogiadíssimo, mas Zizi Possi...
A principal matéria-prima dos seus programas era a polêmica. Flávio sabia chamar a atenção do público, ainda que por muitas vezes tivesse que apelar para o sensacionalismo.
Seu programa na TV Tupi permaneceu no ar até 1980, quando a emissora fechou as portas. Em seguida, ele migrou para a Band. Quando faleceu, em 1986, apresentava o Programa Flávio Cavalcanti no SBT. Flávio passou mal durante o intervalo comercial. Hospitalizado às pressas, veio a falecer quatro dias depois em virtude de problema no coração.

13/06/2017

O CÉU É O LIMITE, UM DOS MELHORES PROGRAMAS DA HISTÓRIA DA TV



Quando estreou na TV Paulista, em 1955, ninguém imaginou que o game show O Céu é o Limite se tornaria um dos programas mais inesquecíveis da história da TV brasileira. Um ano depois, o programa migrou para a TV Tupi e popularizou-se com a apresentação de J. Silvestre.
Inspirado no game show norte-americano The $64.000 Question (algo como “A Pergunta de 64 Mil Dólares") e durante os tempos de Tupi patrocinado pela Varig, O Céu é o Limite era uma espécie de programa de perguntas e respostas. Os candidatos tinham que responder perguntas sobre tema específicos. Quando alcançavam o céu, concorriam a prêmios milionários. Saia do programa quem desistisse ou errasse uma questão.
O candidato mais famoso foi uma garota de 23 anos: Leni Orsida, a “noivinha da Pavuna”, que ingressou no programa para realizar o sonho de ganhar dinheiro e poder se casar. Leni respondeu perguntas sobre o poeta português Guerra Junqueiro. Mas ela acabou sendo eliminada por não conseguir citar os versos de um famoso poema de Junqueiro, o que provocou grande comoção. Mas o que era para ser um final infeliz, acabou se transformando num show.  Leni ganhou um enxoval completo da produção, casou-se diante das câmeras e ainda teve J. Silvestre como padrinho.
O Céu é o Limite permaneceu décadas no ar, sempre trocando de emissora. Tornou-se famoso pelo bordão histórico de J. Silvestre, quando alguém acertava uma questão: “Absolutamente certo!”.
Recentemente, passou a ser transmitido pela Rede TV!, onde é apresentado com algumas mudanças por Marcelo de Carvalho.

09/06/2017

QUE FIM LEVOU O HOMEM DO SAPATO BRANCO?


Jacinto Figueira Júnior, o Homem do Sapato Branco, nasceu em São Paulo em 1927 e morreu na mesma cidade em 2005.
Conheceu a fama nos anos 1950, quando se apresentava com sua banda de country music, chamada Júnior e Seus Cowboys. Foi só na década seguinte que começou efetivamente a trabalhar na TV, no programa Fato em Foco da TV Cultura (detalhe: na época, a emissora era de propriedade dos Diários Associados).
O programa O Homem do Sapato Branco surgiu em 1966, na Rede Globo. Ficou pouco tempo no ar por problemas com a ditadura militar, sendo retomado apenas nos anos 80, quando passou pela Record, SBT e Bandeirantes.
Como o próprio nome do programa indicava, Jacinto usava um sapato branco durante as gravações. Além de trabalhar com prestação de serviço, ele apresentava casos policiais e conjugais (casais chegavam a brigar diante das câmeras). A atração começava com a câmera focalizando seus sapatos.
A ideia de usar um sapato nessa cor surgiu, nas palavras do próprio Jacinto porque “homens de sapato branco como médicos, dentistas e enfermeiros era pessoas de bem”.
Jacinto morreu pobre e abandonado. Mal tinha condições de pagar o condomínio do imóvel onde morava. Teve um derrame cerebral, que prejudicou seriamente tanto a audição quanto a locomoção. Passou muito tempo internado e veio a falecer em dezembro de 2007.
De maneira geral, foi Jacinto o precursor de programas que misturavam ocorrências policiais com casos mundo cão (ou seja, surgiu muito antes de Ratinho, José Luís Datena e Marcelo Rezende).

28/02/2012

OS TRAPALHÕES, CURIOSIDADES



Renato Aragão, o Didi, nasceu na cidade cearense de Sobral em 13 de janeiro de 1935. Renato era de uma família de sete irmãos.

Você sabia que Renato Aragão é formado em Direito?

O primeiro trabalho de Renato Aragão foi na TV Ceará (atual TV Verdes Mares), em Fortaleza. Aragão foi contratado após vencer um concurso para formar o primeiro elenco de redatores, diretores e atores da emissora.

O primeiro programa de Renato Aragão chamava-se Vídeo Alegre.

Da TV Ceará, Renato foi para a TV Tupi, onde estrelou o humorístico A-E-I-O-Urca.

O sucesso de Renato levou-o a ser contrata pela TV Excelsior, onde estrelou um programa chamado Adoráveis Trapalhões. Seria o primeiro embrião do programa Os Trapalhões.

O primeiro quarteto de Trapalhões era formado por Wanderley Cardoso (ele mesmo, o cantor da Jovem Guarda), Ted Boy Marino, Ivon Cury e Renato Aragão.

O nome Os Trapalhões começou a ser usado na TV Tupi, em 1973. Ele foi mantido quando os comediantes estrearam na Globo em 1977. Os Trapalhões era transmitido antes do programa dominical Fantástico.

Os Trapalhões estrearam na Globo dentro do programa Sexta Super.

Na Globo, o programa foi dirigido por vários diretores, entre os quais Oswaldo Loureiro, Adriano Stuart, Gracindo Jr.,Wilton Franco, José Lavigne, Paulo Aragão Neto (filho de Renato) e Carlos Alberto de Nóbrega.

O sucesso de Os Trapalhões foi tamanho que o quarteto formado por Didi, Dedé, Mussum e Zacarias virou história em quadrinhos.

A inspiração para compor o personagem Didi Mocó veio de Charles Chaplin e Oscarito.

O personagem Didi nasceu ainda nos tempos da TV Ceará. Ele é, portanto, muito mais velho/antigo do que o quarteto Os Trapalhões.

O sobrenome de Didi surgiu no A-E-I-O-Urca. Durante uma esquete, ao ser perguntado sobre o sobrenome do personagem, Renato respondeu Didi Mocó Sonrisélpio Colesterol Novalgino Mufumbo.

Sonrisépio e Novalgino foram inspirados em nomes de Remédios – Sonrisal e Novalgina. O mocó é uma espécie de preá comum no Ceará. Mufumbo é um arbusto típico do Nordeste.

A dupla Didi e Dedé surgiu na extinta TV Excelsior – justamente num programa chamado Didi & Dedé.

Didi e Dedé també fizeram juntos um programa da TV Record conhecido como Os Insociáveis.

O nome verdadeiro de Dedé Santana é Manfried Santana.

Dedé é sobrinho do humorista Colé Santana.

O nome de verdadeiro de Mussum era Antônio Carlos Bernardes Gomes.

Quem deu a Antônio Carlos Bernardes Gomes o apelido de Mussum foi o ator e comediante Grande Otelo. Aliás, mussum é um peixe preto e sem escamas.

Mussum foi convidado por Renato Aragão para integrar um trio depois de uma participação do grupo Os Originais do Samba num programa de Chico Anysio.
"Só no Forévis", o jeito de falar de Mussum surgiu no Escolinha do Professor Raimundo – do qual ele participava -, programa comandado por Chico Anysio.

Você sabia que "Só no Forévis" é o título de um álbum do grupo de rock Raimundos?

Existe uma rua na cidade de São Paulo chamada de rua Comediante Mussum.

O comediante mineiro de Sete Lagoas Mauro Faccio Gonçalves, o Zacarias, começou a integrar a trupe de trapalhões no início da década de 70. Antes de ser chamado por Renato Aragão para ser o novo trapalhão, Mauro era parte do casting de humorista da TV Tupi.

Antes de se tornar famoso, Mauro trabalhou em diversos ramos, inclusive como vendedor de sapatos.

Segundo o próprio Mauro, o nome Zacarias foi emprestado de um galo que ele tinha na infância.

O grupo chegou a se separar em 1983, mas voltou a se reunir por conta própria ainda no mesmo ano.

Com as mortes de Mussum e Zacarias e o fim definitivo de Os Trapalhões, Renato Aragão só voltou a TV em 1997 com a série Renato Aragão Especial. Hoje (2011), ele protagoniza a série dominical A Turma do Didi.

Dos 10 filmes mais vistos da história do cinema brasileiros, quatro são dos Trapalhões. São eles: O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, O Saltimbanco Trapalhão, Os trapalhões na Guerra dos Planetas e Os Trapalhões na Serra Pelada (dados de 2010).

Bordões mais famosos de Didi Mocó: “Ô da poltrona”, “ Som na caixa”, “Ô, psit”, “Audácia da Pilombeta”. “ Eu sô muito macho”, “É fria”, “ Bicho bom”, “Nem morta, filha”, “Pó pará”.

A última curiosidade: você sabia que o programa Os Trapalhões foi exportado para diversos países, entre eles Estados Unidos, Portugal, Canadá e Angola?


FONTE: Memória Globo e Sabedoria e Cia.

23/02/2010

AS BUZINAS E OS CASSINOS DO CHACRINHA


Chacrinha foi, ao lado de Hebe Camargo, Silvio Santos, Raul Gil e dos saudosos J. Silvestre, Bolinha e Flávio Cavalcanti, um dos maiores apresentadores da televisão brasileira. Foi registrado como José Abelardo Barbosa de Medeiros na cidade de Surubim, em Pernambuco. Ainda criança, mudou-se para Campina Grande, Paraíba, e adolescente, para Recife, em Pernambuco. Ingressou na faculdade de medicina, mas, três anos depois, acabou desistindo da carreira para entrar de cabeça na profissão que sempre teve vontade de exercer: radialista.
A carreira de radialista começou no Recife, em 1935. Anos mais tarde, já no Rio de Janeiro, lançou na Rádio Clube de Niterói um programa carnavalesco nomeado Rei Momo na Chacrinha. Vem daí o apelido Chacrinha, que Abelardo Barbosa assumiu com orgulho.
Seu primeiro programa de TV estreou na segunda metade dos anos 50, na extinta TV Tupi. Chamava-se Discoteca do Chacrinha. O sucesso foi tamanho que Abelardo passou a ser disputado por diversas emissoras, como as antigas TV Excelsior e TV Rio. Em 1967, assinou contrato com a jovem TV Globo, onde apresentou dois programas ao mesmo tempo: A Hora da Buzina (mais tarde Buzina do Chacrinha) e Discoteca do Chacrinha.
Chacrinha permaneceu na Rede Globo até 1972, quando voltou para a TV Tupi. Permaneceu lá até 1978, ano em que se transferiu para a TV Bandeirantes. O retorno a Globo aconteceu em 1982, com o Cassino do Chacrinha, programa que comandaria até a sua morte, em 1988.
Desde a estréia no rádio em 1935 até a morte na segunda metade dos anos 80, foram 53 anos de carreira. Seus programas sempre tiveram forte apelo popular. Quase todos os cantores e grupos musicais dos anos 50, 60, 70 e 80 passaram pelos programas que Chacrinha apresentou na televisão. Ele ajudou a lançar a jovem Celly Campelo e a projetar a carreira de grandes ídolos como Roberto Carlos. Movimentos como a Jovem Guarda e Tropicália também foram por ele incentivados.
Quem acompanhou Chacrinha ao longo dos anos sabe o quanto ele tinha estilo próprio e como mantinha uma maneira peculiar de se comunicar com o público. O modo como se vestia, os bordões que criava e mesmo o cenário dos programas refletiam aquilo que ele era: um personagem ligado ao povo e aos ícones da música brasileira, dos mais populares aos mais "cabeça".
Chacrinha costumava se apresentar de cartola decorada com lantejoulas (ou algo parecido) e plumas. Mantinha uma espécie de disco de telefone pendurado no pescoço e uma buzina à mão. A buzina era usada para reprovar os aspirantes a cantor de seus concursos de calouros. De vez em quando, fantasiava-se de baiana, Mulher-Maravilha ou noiva.
Além do concurso de calouros, o chamado Velho Guerreiro promovia os mais inusitados concursos. Alguns eram realmente bizarros - como o concurso do cachorro com mais pulgas do Brasil - e outros, nem tanto. Quem assistiu seu programa deve se lembrar de disputas como o garçom mais simpático, a mais bela comerciária, a mais bonita empregada doméstica, a Miss Vovó, a mais rápida datilógrafa e a mais bela criança do Brasil. Foi no concurso da mais bela criança que o Brasil ouviu pela primeira vez o nome de uma garotinha loira e futura apresentadora de TV chamada Angélica. Uma das competições mais populares foi a de mais bela estudante, em 1969, cuja final foi no estádio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro.
Algo que será para sempre associado ao velho Abelardo Chacrinha Barbosa serão os bordões. Os mais utilizados eram "Vocês querem bacalhau?" (Chacrinha realmente atirava um bacalhau para a platéia) e "Alô, Terezinhaaaaa!". Os outros não menos famosos bordões eram: "Quem não se comunica se trumbica", "Na televisão nada se cria, tudo se copia", "Eu vim para confundir e não para explicar" e "Vai levar o troféu abacaxi".
Além do júri (muitas vezes composto por astros da TV, como Tarcísio Meira e Glória Menezes) do concurso de calouros e da platéia, que participava ativamente do programa, Chacrinha contava com um time de dançarinas apelidadas de chacretes. Vestidas com um figurino colorido e sensual, as chacretes ajudavam a animar do público e a chamar a atenção do telespectador masculino para o programa. As mais famosas foram Fernanda Terremoto, Suely Pingo de Ouro, Fátima Boa Viagem, India Poti e Rita Cadillac. A popularidade de Rita era tamanha que, segundo contou Drauzio Varella em seu livro Carandiru, ela foi convidada a se apresentar para os presos do conhecido complexo penitenciário da Zona Norte de São Paulo. Rita também chegou a gravar alguns discos, um deles com a famosa música É Bom Para a Moral.
No retorno a TV Globo no início dos anos 1980, Chacrinha se emocionou ao receber no palco o velho amigo Roberto Carlos. A verdade é que Roberto foi apenas uma das centenas de estrelas que se apresentaram nos programas comandados pelo velho Chacrinha. Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Ney Matogrosso e Fábio Jr. foram alguns dos grandes nome da MPB a botar o pé no programa. Ídolos populares do calibre de Gretchen, Gilliard, Odair José, Amado Batista, Almir Rogério (do megasucesso Fuscão Preto), Vanusa e Silvio Brito e Joelma também foram extensivamente divulgados por Chacrinha.
Abelardo Chacrinha Barbosa faleceu em 1988. Meses antes, ele tinha se afastado do programa por motivos de saúde, sendo substituído por apresentadores como João Kleber e Paulo Silvino. Chacrinha tentou voltar ao comando de sua atração, mas não resistiu ao câncer no pulmão. Deixou um grande vazio na televisão brasileira. Muitos apresentadores vieram depois, mas nenhum com o carisma e, principalmente, irreverência do Velho Guerreiro.
Para terminar, uma curiosidade: quem o apelidou de Velho Guerreiro foi o cantor Gilberto Gil, que fez uma referência a Chacrinha na música Aquele Abraço.