17/07/2017

NOSSOS COMERCIAIS, POR FAVOR! SAIBA MAIS SOBRE O POLÊMICO APRESENTADOR FLÁVIO CAVALCANTI


“Nossos comerciais, por favor!”, era assim que o apresentador Flávio Cavalcanti costumava anunciar o intervalo comercial do seu programa.
Assim como J. Silvestre, Blota Jr. e Carlos Imperial, ele é desconhecido das novas gerações. Mas todos que acompanharam seus programas na Tupi, Bandeirantes e SBT sabem que era um dos maiores apresentadores da história da televisão brasileira.
Flávio Antônio Barbosa Nogueira Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro em 1923 e faleceu em São Paulo em 1986. Além de apresentador de TV, era crítico musical, compositor e jornalista (chegou a entrevistar o presidente norte-americano John Kennedy). Apresentou os programas Flávio Cavalcanti, Um Instante, Maestro! e A Grande Chance.
Além de usar os conhecidos bordões (“Nossos comerciais, por favor”, “Um instante, maestro!”), Flávio tinha algumas manias que chamavam a atenção dos brasileiros. Um deles era tirar e por os óculos a todo momento. Costumava também quebrar discos que não gostava, muitas vezes por causa de uma música que o desagradava. Chegou a arrebentar vinis de Rita Lee, Caetano Veloso e outros nomes conhecidos dos brasileiros (uma curiosidade: o efeito era contrário, pois quanto mais Flávio criticava um determinado cantor, mais ele vendia).
Se há uma coisa que Flávio não tinha medo, era de dizer o que pensava. Chegou em vários momentos a elogiar a censura do governo militar. Temos que lembrar que seu programa chegou a ficar seis semanas fora do ar justamente por determinação da censura. O episódio ocorreu quando Flávio mostrou uma matéria sobre um sujeito impotente que contratou o vizinho para fazer sexo com sua esposa.
Flávio Cavalcanti foi o primeiro a introduzir um júri em seu programa. Depois de se apresentarem, cantores famosos eram submetidos às opiniões dos convidados. Belchior foi elogiadíssimo, mas Zizi Possi...
A principal matéria-prima dos seus programas era a polêmica. Flávio sabia chamar a atenção do público, ainda que por muitas vezes tivesse que apelar para o sensacionalismo.
Seu programa na TV Tupi permaneceu no ar até 1980, quando a emissora fechou as portas. Em seguida, ele migrou para a Band. Quando faleceu, em 1986, apresentava o Programa Flávio Cavalcanti no SBT. Flávio passou mal durante o intervalo comercial. Hospitalizado às pressas, veio a falecer quatro dias depois em virtude de problema no coração.

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