A primeira
novela brasileira a intrigar o público como o “Quem Matou...?” foi o Sheik de
Agadir (1966), de Gloria Magadan. Diversos personagens foram assassinados por
uma figura misteriosa que usava luvas e era conhecida como o rato. O assassino
só foi revelado no finalzinho da trama, quando descobriu-se se tratar de uma
mulher, a personagem interpretada por Marieta Severo. Mais tarde, outras
novelas voltaram a usar esse recurso narrativo, entre as quais O Astro, de
Janete Clair, e Vale Tudo, de Gilberto Braga. Descubra mais nas linhas abaixo.
Escrita por
Walter Negrão, a novela Cavalo de Aço (1973) chamou a atenção do público por
causa do assassinato do latifundiário Max, personagem de Ziebinski. A identidade
do assassino só é descoberta no último capítulo: a vilã Lenita, interpretada
por Arlete Sales.
A novela O
Astro (1978) tinha uma trama cativante. A audiência ia relativamente bem, mas
ficou melhor ainda depois do assassinato do personagem Salomão Hayala,
interpretado por Dionisio Azevedo. O milionário é encontrado morto em seu
automóvel, deixando a entender que tudo não passou de um acidente. Mais tarde,
descobre-se que ele tinha sido morto antes. O assassino era Felipe Cerqueira
(Edwin Luisi), amante da esposa de Salomão (Tereza Raquel).
Com roteiro de
Gilberto Braga, a novela Vale Tudo (1988) é até hoje lembrada pela maquiavélica
personagem Maria de Fátima e pelo assassinato de outra personagem odiada pelo
público: Odete Roitman. A madame cheia de “não me toque” foi assassinada na
véspera do Natal. O mistério sobre quem foi o autor do crime durou quase duas
semanas, deixando todo o Brasil em polvorosa. Até o caldo de galinha Maggi
lançou uma promoção em cima do Quem matou Odete Roitman? A autora do crime foi
Leila, interpretada por Cássia Kiss, que atirou em Odete pensando ser Maria de
Fátima (Glória Pires), amante de seu marido.
Exibida em
1992, a novela Pedra Sobre Pedra foi escrita por Aguinaldo Silva. O “Quem
Matou...?” girou em torno da misteriosa morte do fotógrafo Jorge Tadeu,
personagem de Fábio Jr. No final, descobriu-se que o assassino era a beata
Gioconda (Heloísa Mafalda), que matou o galanteador por ele ter flagrado ela
roubando peças valiosas da igreja.
A trama da
novela A Próxima Vítima (1995), de Silvio de Abreu, girou em torno de uma série
de assassinatos misteriosos. Ao todo, o serial killer matou 10 pessoas: Gigio
di Angelis (Carlos Eduardo Dollabela) e mais sete pessoas por queima de
arquivo. Outros dois personagens também foram mortos por envolvimento com o
assassino. No final, descobriu-se que o serial killer era Adalberto,
interpretado por Cecil Thiré. O detalhe é que foram gravados vários finais para
a trama. Nem o elenco sabia qual entraria no ar. Numa reprise, o assassino
escolhido foi Ulysses (Otávio Augusto).
A explosão do
shopping da novela Torre de Babel (1998), de Silvio de Abreu, matou diversos
personagens. Era para o edifício explodir pelas mãos do personagem Clementino
(Tony Ramos), mas algo deu errado e ele foi pelos ares antes do previsto. O
próprio Clementino ficou perplexo com o ocorrido. A revelação sobre quem teria
detonado os explosivos no horário de maior movimento só ocorreu no último
capítulo, quando a personagem Sandrinha (Adriana Esteves) assumiu o crime. Ela
queria se vingar de Clementino pela morte da sua mãe e da família proprietária
do shopping por não aceitar seu namoro com o personagem de Marcos Palmeira.
A morte
misteriosa de Lineu Vasconcelos (Hugo Carvana) foi um dos pontos fortes da
novela Celebridade (2004), de Gilberto Braga. No final, descobriu-se que a
autora do crime tinha sido a vilã Laura, personagem de Cláudia Abreu.
Outra morte
misteriosa que deu muito o que falar foi a de Saulo (Werner Schünemann), na
novela Passione (2010), de Silvio de Abreu. A assassina foi Clara, personagem
interpretada por Maria Ximenes. Mas diversos personagens foram considerados
suspeitos, inclusive Fred (Reynaldo Giannechini), cuja faca usada no crime foi
encontrada em seu apartamento.
Na trama de
Paraíso Tropical (2007), de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a personagem
Thaís Grimaldi (Alessandra Negrini) foi assassinada pelo vilão Olavo Novaes
(Wagner Moura). A autoria do crime só foi revelada no final da novela.
Na segunda
versão de A Escrava Isaura, exibida pela Record em 2004 e escrita por Tiago
Santiago e Ana Maria Nunes, o vilão Leôncio (Leopoldo Pacheco) é assassinado. O
assassino foi o capataz Chico (Jonas Mello), o que o público só ficou sabendo
no último capítulo. Mas como foram gravadas várias versões do final, cada
reprise teve um assassino diferente. Numa delas, quem matou Leôncio foi sua
esposa traída Malvina (Maria Ribeiro).
Fontes: Guia
dos Curiosos, Mofolândia, Wikipédia, Memória Globo.
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