Quando estreou na TV Paulista, em 1955,
ninguém imaginou que o game show O Céu é o Limite se tornaria um dos programas
mais inesquecíveis da história da TV brasileira. Um ano depois, o programa
migrou para a TV Tupi e popularizou-se com a apresentação de J. Silvestre.
Inspirado no game show norte-americano The
$64.000 Question (algo como “A Pergunta de 64 Mil Dólares") e durante os tempos
de Tupi patrocinado pela Varig, O Céu é o Limite era uma espécie de programa
de perguntas e respostas. Os candidatos tinham que responder perguntas sobre
tema específicos. Quando alcançavam o céu, concorriam a prêmios milionários.
Saia do programa quem desistisse ou errasse uma questão.
O candidato mais famoso foi uma garota de
23 anos: Leni Orsida, a “noivinha da Pavuna”, que ingressou no programa para
realizar o sonho de ganhar dinheiro e poder se casar. Leni respondeu perguntas
sobre o poeta português Guerra Junqueiro. Mas ela acabou sendo eliminada por
não conseguir citar os versos de um famoso poema de Junqueiro, o que provocou
grande comoção. Mas o que era para ser um final infeliz, acabou se
transformando num show. Leni ganhou um
enxoval completo da produção, casou-se diante das câmeras e ainda teve J.
Silvestre como padrinho.
O Céu é o Limite permaneceu décadas no ar,
sempre trocando de emissora. Tornou-se famoso pelo bordão histórico de J.
Silvestre, quando alguém acertava uma questão: “Absolutamente certo!”.
Recentemente, passou a ser transmitido
pela Rede TV!, onde é apresentado com algumas mudanças por Marcelo de Carvalho.
A reportagem me fez viajar a minha infância, quando assisti a Noivinha da Pavuna responder sobre o poeta Guerra Junqueiro, na televisão. Obrigado por isso! Sempre que puder, faça mais postagens como essa.
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