Um dos eventos mais comentados durante o ano de 1981
foi o casamento do príncipe Charles, da Grã-Bretanha, com a namorada Diana
Spencer, conhecida na época como Lady Di.
As modelos Monique Evans, Xuxa Meneghel, Roberta
Close e Luiza Brunet eram as mais famosas e badaladas da época. Luiza Brunet
chegou a ser diversas vezes capa da revista semanal Manchete. Devemos lembrar
que durante toda a década de 80, ela foi a principal garota propaganda da marca
de jeans Dijon.
Das personalidades mais citadas nesse ano, vale
lembrar do campeão de Fórmula 1 Nelson Piquet, da cantora Rita Lee, da modelo e
atriz Brooke Shields (que participou de dois filmes de grande sucesso naquele
início de década: A Lagoa Azul e Amor Sem Fim), do ator Tony Ramos, do cantor
Almir Rogério e do também cantor Guilherme Arantes.
Entre as novelas exibidas em 1981 podemos citar Baila
Comigo, Jogo da Vida, Terras do Sem-Fim, Brilhante, O Amor é Nosso e Ciranda de
Pedra – 1ª versão. Com Tony Ramos interpretando gêmeos separados no berço,
Baila Comigo foi a produção de maior audiência.
A TV Bandeirantes levou ao ar uma das novelas de
maior audiência da sua história: Os Imigrantes. Com mais de 300 capítulos, ela
foi uma das produções mais longas da teledramaturgia brasileira. Foi escrita
por Benedito Ruy Barbosa, que anos depois fez Pantanal para a Rede Manchete e
Terra Nostra para a Globo. Em seguida, a Band (como a emissora é chamada
atualmente) lançou Rosa Baiana e Os Adolescentes.
Um dos maiores sucessos da televisão mundial no
início dos anos 80 foi o seriado norte-americano Dallas. Exportado para dezenas
de países, ele tinha o ator Larry Hagman como vilão da trama (um lembrete: foi
Hagman quem interpretou o Major Nelson na série de humor Jeannie é um Gênio).
Dallas exibido nas noites de domingo pela Rede Globo.
A música de abertura da novela Baila Comigo, exibida
no horário das 21h pela Rede Globo, foi uma versão instrumental da canção de
mesmo nome de Rita Lee. Uma das cantoras de maior sucesso entre a segunda
metade dos anos 70 e primeira dos 80 foi justamente Rita, com Lança-Perfume,
Banho de Espuma, Baila Comigo, Desculpe o Auê e outras músicas.
Outro cantor que estourou nesse período foi Guilherme
Arantes, principalmente após a participação no festival de música MPB Shell.
Com o sucesso do MPB-80, a Globo resolveu lançar uma nova versão do festival,
dessa vez sob o patrocínio da multinacional do setor de petróleo Shell. A
grande vencedora foi a música Purpurina, interpretada por Lucinha Lins. Foi uma
das maiores vaias da histórias dos festivais, visto que o público preferia
Planeta Água, de Guilherme Arantes.
Uma das músicas estrangeiras mais tocadas nas rádios
foi Endless Love, interpretada pelos cantores norte-americanos Diana Ross e
Lionel Richie. Outra música de grande sucesso foi Bette Davis Eyes, de Kim
Carnes. Mas ouvi-se também Perdidos na Selva (de um grupo pop chamado Gang 90 e
as Absurdetes, que também participou do MPB-Shell), Clarear (do grupo Roupa
Nova, que estouraria com outros hits), Pequenino Cão (Simone) e Fuscão Preto
(Almir Rogério).
O sucesso de Fuscão Preto transformou o cantor brega
Almir Rogério num dos mais conhecidos da música brasileira do começo daquela
década. Fuscão Preto chegou a ser adaptada para os cinemas com a então-modelo
Xuxa Meneghel num dos papéis principais.
Houveram muitos outros modismos além do Fuscão Preto
do Almir Rogério: os patins de quatro rodas, os fliperamas, o brinquedo Genius,
o robozinho de brinquedo Ar-Tur, a bicleta Monark BMX e o cubo mágico. Inventado por um húngaro, o
cubo mágico virou uma febre mundial entre crianças e adolescentes.
Os filmes mais assistidos foram Amor Sem Fim (Endless
Love, em inglês), Carruagens de Fogo e Os Caçadores da Arca Perdida. Entre os
filmes nacionais, as maiores bilheterias pertenciam a Os Saltimbancos
Trapalhões e Os Trapalhões na Guerra dos Planetas. Além de campeão de
bilheteria, a produção Pixote - A Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, foi um
dos filmes brasileiros mais premiados da década.
Os livros mais vendidos: O Analista de Bagé, de Luís
Fernando Veríssimo; Não Verás País Nenhum, de Inácio de Loyola Brandão; A Ira
dos Anjos, de Sidney Sheldon; O Crepúsculo do Macho, de Fernando Gabeira;
Memórias de Adriano, de Marguerite Yourcenar; e Dança Macabra, de Stephen King.
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