08/01/2018

SAIBA MAIS SOBRE OS MODISMOS DO ANO DE 1975 EM DOZE TÓPICOS


 
A década de 1970 foi de suma importância para a MPB/Música Popular Brasileira, uma época em que cantores do porte de Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Gal Gosta, Tim Maia, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Roberto Carlos viveram o auge da carreira. Foi também um período em que a chamada música brega esteve na crista da onda. Cantores populares como Waldick Soriano, Odair José, Fernando Mendes, Mauro Celso, Hyldon, Benito di Paula, Wando e Genival Lacerda vendiam discos como água.

Com forte apelo popular, o programa Buzina do Chacrinha convidava principalmente cantores como Wando e Genival Lacerda. Aliás, o primeiro estourou em 1975 com o mega-hit Moça; e o segundo, com a música Severina Xique-Xique. Quem também esteve na boca do povo graças aos hits “grudentos” – especialmente Farofafá e Bilú Tetéia, que estouram nas paradas de sucesso – foi o cantor Mauro Celso.

Uma das baladas românticas mais tocadas em 1975 foi Flying, de Chris de Burgh. Com influências do rock progressivo, o grupo Azymuth fez sucesso com Linha do Horizonte. Silvio Brito, um cantor popular na época, teve a música Espelho Meu entre as mais tocadas. Gal Costa ajudou a vender a trilha sonora da novela Gabriela com a música Modinha para Gabriela.

Na música internacional, um dos grupos mais ouvidos foi o Jackson Five. Ele ajudaria a revelar o astro Michael Jackson – um dos maiores vendedores de disco da história – para mundo inteiro.

Exibida nos finais de noite da Rede Globo, a novela Gabriela foi inspirada no romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado. Ela ajudou a alavancar a carreira da atriz Sônia Braga, que interpretou a personagem que deu nome à trama. Sônia foi uma das grandes estrelas do cinema daqueles anos (quem não lembra de A Dama do Lotação?). Dez anos depois de Gabriela, ela acabaria se mudando para os Estados Unidos, onde faria diversos filmes e minisséries daquele país.

Além de Gabriela, os brasileiros assistiram as novelas O Grito, Escalada e Pecado Capital. Novelas baseadas em clássicos da brasileira literatura estavam em moda. A Globo inaugurou o horário das 18h com tramas curtas, adaptadas de livros como Helena, A Moreninha e Senhora.

A programação infantil era montada em cima de produções norte-americanas e japonesas (como é ainda hoje). A maior parte dos desenhos animados era produzida pelos estúdios de Hanna-Barbera, a exemplo de Carangos e Motocas, Hong Kong Fu e Fantasminha Legal. Também importadas, as séries com tramas policiais fizeram grande sucesso. Um bom exemplo é Kojak.

Nas bancas de jornais, comprava-se com frequência coleções em fascículos da Abril Cultural. As coleções Medicina & Saúde, Bom Apetite e Conhecer eram as mais vendidas. Lançada inicialmente na Itália, os fascículos de Conhecer foram lançados e relançados até meados dos anos 80.

Entre as revistas mais vendidas, vale lembrar de Veja, Visão, Manchete, Fatos & Fotos, Amiga, Contigo, Sétimo Céu, Ilusão e Grande Hotel. Revistas sobre bastidores da TV e fofocas sobre celebridades continham fotonovelas, um dos modismos desse período. Uma das mais vendidas era Grande Hotel, uma publicação exclusiva sobre fotonovelas.

Considerado um dos melhores comediantes da história da TV, o cearense Chico Anysio tinha um programa exclusivamente dedicado aos seus tipos – diga-se Popó, Azambuja, Alberto Roberto, Pantaleão etc. Chamado de Chico City, ele era transmitido nas noites de quinta-feira da Globo. A sua popularidade levou a mesma emissora a chamar Anysio para fazer um quadro de humor no Fantástico. Além de aparições na TV, Anysio distribuía gargalhadas em livros e apresentações de teatro (digamos que ele foi um dos pais da stand up comedy brasileira).

Os filmes com Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias – que entraram para a história da TV com o programa Os Trapalhões – levaram milhões de crianças aos cinemas entre os anos 70 e 80. Os Trapalhões na Ilha do Tesouro foi um dos filmes mais vistos do ano de 1975. Se contarmos as bilheterias de outros países, o filme mais assistido foi Tubarão, de Steven Spielberg.

Em São Paulo, era comum as pessoas comprarem em lojas de departamentos como Mappin, Mesbla e Eletroradiobraz. As lojas Casas Buri, Tamakavy e Ducal (esta de roupas masculinas) estavam em moda. As compras de supermercados eram feitas no Jumbo, Casas da Banha e Peg & Pag.

Nenhum comentário:

Postar um comentário