Se você é
daqueles que curte música brasileira de bom gosto, vá correndo para a loja mais
próxima e adquira Gita, de Raul Seixas, e Saúde, de Rita Lee. Coleção que se
preze tem que ter esses discos. Outro álbum essencial é Secos & Molhados,
do grupo de mesmo nome.
Formado por Ney
Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad, o Secos & Molhados tornou-se
motivo de atenção pelas maquiagens carregadas, comportamentos andrógino de Ney
e, principalmente, pelo excelente álbum de estreia.
Com letras de
Vinicius de Moraes, João Apolinário, Cassiano Ricardo e Manuel Bandeira, o
álbum logo se tornou fenômeno de vendas. Só para se ter uma ideia, ele vendeu
cerca de 1 milhão de cópias, um feito incrível para a época (lembrando que foi
lançado em 1973).
Com a cabeça de
Ney Matogrosso e demais integrantes do grupo servido numa bandeja ao lado de
diversos produtos vendidos nos antigos armazéns de secos e molhados, a capa do
Lp chamou bastante a atenção do público. Por sinal, foi considerada uma das
melhores capaz da história da música brasileira.
As canções O
Vira, Sangue Latino e Rosa de Hiroshima logo conquistaram as paradas de
sucesso. Em tom meloso, Rosa de Hiroshima é um poema de Vinícius de Moraes
musicado por Gérson Conrad. Ney Matogrosso acertou direitinho no tom e no
verbo, não há como negar. Mas... O grande mérito do disco é do português João
Ricardo, que trabalhou quase todas as músicas.
Secos &
Molhados foi considerado um dos melhores álbuns da história da MPB numa votação
promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ficou em quinto lugar numa votação
dos 100 melhores álbuns de MPB promovida pela revista Rolling Stone. Numa
matéria intitulada Obras Fundamentais da Música Brasileira, a revista Super
Interessante se refere a Secos & Molhados como “extremamente bem tocado e
gravado”, ressaltando que “não há nada no mundo, nem feito antes, nem depois,
sequer parecido com Secos & Molhados”.
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