11/11/2017

SECOS & MOLHADOS, UM ÁLBUM ESSENCIAL EM QUALQUER DISCOTECA QUE SE PREZE

 
Se você é daqueles que curte música brasileira de bom gosto, vá correndo para a loja mais próxima e adquira Gita, de Raul Seixas, e Saúde, de Rita Lee. Coleção que se preze tem que ter esses discos. Outro álbum essencial é Secos & Molhados, do grupo de  mesmo nome.
Formado por Ney Matogrosso, João Ricardo e Gérson Conrad, o Secos & Molhados tornou-se motivo de atenção pelas maquiagens carregadas, comportamentos andrógino de Ney e, principalmente, pelo excelente álbum de estreia.
Com letras de Vinicius de Moraes, João Apolinário, Cassiano Ricardo e Manuel Bandeira, o álbum logo se tornou fenômeno de vendas. Só para se ter uma ideia, ele vendeu cerca de 1 milhão de cópias, um feito incrível para a época (lembrando que foi lançado em 1973).
Com a cabeça de Ney Matogrosso e demais integrantes do grupo servido numa bandeja ao lado de diversos produtos vendidos nos antigos armazéns de secos e molhados, a capa do Lp chamou bastante a atenção do público. Por sinal, foi considerada uma das melhores capaz da história da música brasileira.
As canções O Vira, Sangue Latino e Rosa de Hiroshima logo conquistaram as paradas de sucesso. Em tom meloso, Rosa de Hiroshima é um poema de Vinícius de Moraes musicado por Gérson Conrad. Ney Matogrosso acertou direitinho no tom e no verbo, não há como negar. Mas... O grande mérito do disco é do português João Ricardo, que trabalhou quase todas as músicas.
Secos & Molhados foi considerado um dos melhores álbuns da história da MPB numa votação promovida pelo jornal O Estado de S. Paulo. Ficou em quinto lugar numa votação dos 100 melhores álbuns de MPB promovida pela revista Rolling Stone. Numa matéria intitulada Obras Fundamentais da Música Brasileira, a revista Super Interessante se refere a Secos & Molhados como “extremamente bem tocado e gravado”, ressaltando que “não há nada no mundo, nem feito antes, nem depois, sequer parecido com Secos & Molhados”.

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