Escrita pela saudosa novelista Janete Clair, Selva de
Pedra foi exibida três vezes. A segunda foi poucos anos depois da versão
original, um compacto para substituir Roque Santeiro, que foi terminantemente
proibida de entrar no ar pela censura do regime militar. A terceira foi uma
adaptação para o horário das 9h da noite, com Tony Ramos e Fernanda Torres nos
papeis que originalmente pertenciam a Francisco Cuoco e Regina Duarte.
Exibida pela primeira vez em 1972, Selva de Pedra
conta a história de Cristiano (Francisco Cuoco), um jovem que após uma briga
com uma vítima fatal, é protegido pela única testemunha do crime: Simone
Marques (Regina Duarte). Ambos deixam a cidade onde viviam e vão morar no Rio
de Janeiro, onde acabam contraindo matrimônio. Com a ajuda do personagem Miro
(Carlos Vereza), Cristiano consegue um emprego no estaleiro de um tio rico. O
problema é que ela também se envolve com a noiva do primo (a saudosa Dina
Sfat). Cristiano se separa de Simone, sem saber que ela estava grávida. Nesse
interim, Simone descobre uma carta de Miro aconselhando o amigo a matar a
ex-esposa e acredita ser verdade. Na fuga, sofre um acidente grave, mas
sobrevive. Para se proteger, vai morar no exterior, voltando mais tarde com
outra identidade. Cristiano é acusado de tentar eliminar a ex-esposa e preso
(na verdade, ele tentava se reconciliar com ela na época do casamento). A
novela termina com a revelação da outra identidade de Simone e a reconciliação
entre o casal.
Parece uma trama simples, mas foi bem mais complicada
do que o texto deixa a entender. Ela cativou o público que garantiu um share de
100% de audiência em alguns capítulos.
Selva de Pedra foi uma das novelas de maior sucesso da
história da TV Globo. Consagrou Janete Clair como autora de novelas (que logo escreveria
Duas Vidas, O Astro, Pai Herói...). Mas muita gente ainda lembra dela por causa
de um pequeno detalhe: a música Rock and Roll Lullaby, de B. J. Thomas.
Fonte: Memória Globo
Crédito da imagem: Rede Globo
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