Adaptada por Gilberto Braga, o romance A
Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, transformou-se no maior sucesso da
história da telenovela brasileira (as únicas que chegaram perto foram Da Cor do
Pecado e Avenida Brasil). Justifica-se: ele não só conquistou o coração dos
brasileiros, como de cubanos, chineses e outras dezenas de nacionalidades. A
Escrava Isaura foi um dos produtos mais rentáveis da história da Central Globo
de Produções.
Ela chegou a ser reprisada e ainda ganhou
uma nova versão nos anos 2000, dessa vez feita pela Record TV.
A Escrava Isaura foi responsável pelo
sucesso de vendas do livro de Bernardo Guimarães na China. Lucélia Santos,
atriz que protagonizou a personagem central, chegou a receber prêmios nesse
país (e, veja só, numa votação que envolveu 300 milhões de pessoas).
Uma curiosidade: A Escrava Isaura foi
exibida sete vezes na França e cinco na Alemanha. Em Cuba, o governo
interrompeu o racionamento de energia por algumas horas apenas para que as
pessoas pudessem acompanhar a novela.
Filha de uma mulata mucamba com um homem
branco, Isaura cresce na casa de Esther, de quem sempre foi protegida. As
coisas mudam radicalmente com a morte de Esther. Apaixonado por ela, seu filho
Leôncio se apodera da carta de alforria de Isaura e a trata mal em virtude do
amor não correspondido. Isaura torna-se uma escrava e é obrigada a fugir de
Leôncio, além de se tornar uma ferrenha defensora do abolicionismo.
Graças ao grande sucesso de A Escrava
Isaura, Lucélia Santos torna-se uma das atrizes mais solicitadas do país. O
dramaturgo Nelson Rodrigues fez questão de convidá-la para interpretar algumas
das suas personagens femininas. Mais tarde, ela e o ator Rubens de Falco (que
interpretou Leôncio) protagonizaram outra novela de época: Sinhá Moça.
Fonte: Memória Globo
Crédito da imagem: capa da revista Amiga,
da editora Bloch, com os atores Edwin Luisi, Lucélia Santos e Rubens de Falco.
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