Quando se fala em Globo Cor Especial, a primeira coisa
que vem à mente de que foi criança durante os anos 1970 é a música de abertura.
É impossível esquecer os versos que começavam com um “Não existe nada mais
antigo, do que cowbou que dá cem tiros de uma vez...”.
O Globo Cor Especial fez parte da infância de muita
gente, principalmente porque era exibido no final da manhã (lembrando que
durante um tempo entrou no ar depois de “clássicos” como Terra de Gigantes e O
Túnel do Tempo). E o que isso significa? Que começava justamente quando muitas
crianças chegavam da escola ou estavam em horário de almoço e, portanto,
costumavam permanecer em casa nesse horário.
O Globo Cor Especial estreou em abril de 1974, mas no
período da tarde. Transmitia desenhos como Ligeirinho, Jackson Five e Abbot e
Costello. O detalhe é que durante um período curto de tempo também transmitiu
seriados, sendo um deles Família Dó Ré Mi. Com o decorrer dos anos, mudou o horário,
passando para o meio-dia, e o catálogos de desenhos, dando especial enfoque às
produções dos estúdios Hanna-Barbera. Assim, a garotada teve o privilégio de
acompanhar Os Flintstones, Scooby Doo, Carangos e Motocas, A Família Adams,
Bionicão, Os Jetsons, Manda-Chuva, Tutubarão, Fantasminha Legal e Super Amigos
(uma versão da “Liga da Justiça” – com Superman, Batman, Aquaman e Mulher
Maravilha, entre outros – produzida pela HB).
A inesquecível vinheta de abertura foi bolada por
Joaquim Egydio de Trez Rios, com música composta por ninguém menos que Nelson
Motta. O interessante é que o logotipo lembrava em muito o logo de uma marca de
cigarros, a John Player Special.
O Globo Cor Especial foi retirado do ar em 1983. A
programação infantil da Globo passou desde então a ser transmitida mais cedo,
primeiramente com o Balão Mágico e logo depois pelo Xou da Xuxa.
Para matar um pouco a saudade desse que foi um dos
programas preferidos da garotada dos anos 70, resolvemos copiar aqui a música
de abertura: “Não existe nada mais antigo/Do que cowboy que dá cem tiros de uma
vez/A vó da gente deve ter saudades/Do Zing-Pow/Do cinto de inutilidades/No
nosso mundo tudo é novo e colorido/Não tem lugar pra essa gente que já
era/Morcego velho, bang-bang de mentira/Vocês já eram!/O nosso papo é alegria”.
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