Podemos seguramente afirmar que os anos entre 1981 e
1990 foram os anos do rock brasileiro, cujas influências iam da new wave ao
punk.
Foram nos anos 80 que surgiram grupos inesquecíveis como
Titãs, Barão Vermelho, Legião Urbana, Ratos de Porão, Blitz e RPM. As duas
últimas se transformaram em verdadeiros modismos. Formado por Paulo Ricardo,
Luiz Schiavon, Fernado Deluqui e Paulo Pagni, o RPM atraiu multidões para seus
concertos. E curiosamente, o seu disco de maior vendagem foi gravado ao vivo.
Cabe
aqui lembrar que o Rotações Por Minuto (significado da sigla RPM) lançou apenas
quatro álbuns de estúdio, sendo dois durante o seu apogeu. Entre um disco e
outro, a banda lançou em 1986 o álbum Rádio Pirata ao Vivo, um trabalho que
ainda hoje é um dos mais vendidos da história do rock brasileiro, com 3 milhões
de cópias.
O
Rádio Pirata ao Vivo foi gravado no Palácio das Convenções do Anhembi, em São
Paulo, entre os dias 26 e 27 de maio de 1986. Esse show foi dirigido por
ninguém menos que Ney Matogrosso. Entre as músicas apresentadas estão Rádio
Pirata (até então, o maior sucesso do RPM), Olhar 43, Alvorada Voraz, Flores
Astrais e London, London. Curiosamente, essas duas últimas são covers do Secos
& Molhados e Caetano Veloso. Graças ao disco, ambas foram tocadas à
exaustão nas emissoras rádios da época.
Rádio
Pirata ao Vivo contém somente nove músicas. São canções que remetem aos anos 60
aos 80, dão uma pequena ideia da qualidade da música brasileira produzida nesse
período. Rádio Pirata mantém o mesmo ritmo da música de estúdio. Flores Astrais
possui uma batida de bateria irresistível. Podemos dizer que até Caetano Veloso
se rendeu à beleza de London London.
Assim
como Cabeça Dinossauro, do Titãs, e As Aventuras da Blitz, da Blitz, Rádio
Pirata ao Vivo é super-recomendado para quem pretende formar uma discoteca
básica dos anos 80. Você certamente não se arrependerá.
Em
tempo: Rádio Pirata é o nome do primeiro disco do RPM.
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